A Ressurreição da Fênix

⊹ ࣪ ˖ ་. ་˚⊹ ࣪ ˖ ་. ་˚⊹ ࣪ ˖ ་. ་˚⊹ ࣪ ˖ ་. ་˚⊹ ࣪ ˖ ་. ་˚⊹ ࣪ ˖ ་. ་˚

❀⭒𖥔༄ ❀⭒𖥔༄ ❀⭒𖥔༄ ❀⭒𖥔༄ ❀⭒𖥔༄

Em um tempo antigo, quando o mundo ainda sussurrava segredos entre montanhas e florestas, havia uma criatura lendária chamada Auriel, a Fênix. Sua plumagem era um espetáculo de chamas douradas e vermelhas, tão brilhantes que pareciam roubar o próprio sol. Auriel vivia no topo do Monte Érido, um pico envolto em névoas onde o céu parecia tocar a terra.

Auriel não era apenas bela; ela era guardiã de um equilíbrio sagrado. Conta a lenda que, a cada mil anos, a fênix sacrificava sua vida em uma explosão de fogo para renascer das cinzas, trazendo renovação ao mundo. Seu renascimento aquecia os corações dos mortais, reacende florestas devastadas e purificava rios envenenados. Mas, em certo ciclo, algo mudou.

Uma sombra caiu sobre a terra. Um mago sombrio, chamado Zorath, cobiçava o poder da fênix. Ele acreditava que, ao capturar Auriel antes de seu renascimento, poderia roubar sua imortalidade. Com feitiços antigos e traiçoeiros, Zorath criou uma gaiola de ébano encantada, capaz de aprisionar até mesmo o fogo vivo da fênix. Na noite do milésimo ano, quando Auriel começou seu ritual de chamas, Zorath lançou seu feitiço. As chamas da fênix enfraqueceram, e ela foi puxada para a gaiola, suas asas brilhantes apagando-se em escuridão.

Sem o renascimento de Auriel, o mundo começou a murchar. As florestas perderam suas cores, os rios secaram, e o ânimo dos povos desvaneceu. Mas a fênix, mesmo aprisionada, não estava derrotada. Em seu coração ardia uma centelha de esperança. Ela sussurrava para os ventos, e suas palavras chegaram a uma jovem chamada Lira, uma pastora que vivia aos pés do Monte Érido.

Lira, guiada por sonhos flamejantes, escalou o monte até encontrar a caverna onde Zorath mantinha Auriel. A gaiola de ébano pulsava com magia negra, mas Lira, movida pela coragem e pela conexão com a fênix, enfrentou o mago. Com um cajado simples e sua determinação, ela quebrou o feitiço da gaiola, não com força, mas com um canto puro que ecoava a luz da fênix.

Quando a gaiola se partiu, Auriel explodiu em chamas gloriosas, incinerando a escuridão de Zorath. O mago, consumido por sua própria ganância, desapareceu em cinzas. A fênix, livre, voou alto, e seu fogo varreu o mundo, trazendo vida nova. Árvores floresceram, rios cantaram, e os corações dos povos se encheram de esperança novamente.

Antes de partir para seu ninho no céu, Auriel tocou Lira com uma pena flamejante, deixando nela uma marca dourada. “Você carregará minha luz”, disse a fênix. E assim, Lira tornou-se a primeira Guardiã da Chama, prometendo proteger o ciclo da fênix para sempre.

E até hoje, dizem que, quando o mundo parece perdido, a fênix renasce, lembrando a todos que da destruição nasce a esperança, e que o fogo da vida nunca se apaga por completo.