Deuses e Demônios no Universo de Lilith
Um demônio (ou demónio, ou ainda, daimon ou daemon) é originalmente um ser divino, força semelhante aos gênios da antiga mitologia árabe - os Djinn, onde seus poderes eram grandiosos por inspirar poetas e adivinhos.
Originalmente a palavra daemon é grega e significa “Divindade” ou simplesmente “Espírito”.
Mas ao longo dos anos sua descrição mudou.
E hoje, completamente corrompido em sua origem, é descrito como um espírito do Mal, além de tornarem-se espíritos do folclore, da mitologia e da religião no mundo inteiro.
E, como tal, hoje encontram-se em todas as formas e tamanhos.
Vários Deuses Ancestrais, em seus arquétipos avernais (faces escuras), tiveram suas imagens deturpadas durante a história das religiões.
Porque esta era a forma de controle das forças políticas e religiosas: afastar o equilíbrio para dominar o Sagrado.
Lilith é com certeza a Deusa Ancestral transformada em demônio mais famosa.
E este é o principal motivo para o seu maior ato de amor diante da humanidade.
A Grande Mãe Fantasma, portadora da consciência das Civilizações Antigas de Gaia e geradora do Princípio Feminino, desce ao mundo avernal.
Não apenas como forma de gerar a revolta que lhe trará de volta, mas para sustentar o equilíbrio à luz que irá separar o homem do Sagrado que lhe habita.
A história de Lilith (contemos onze mil anos) lhe trata como uma presença ambígua, ou seja, com infinitos poderes e sentidos.
Amante dos lugares selvagens e desabitados, presente na evolução do ser humano desde o despertar de sua consciência. “Li” era a palavra sumério-acadiana (sete mil anos) que designava a “tormenta de pó” ou “nuvem de pó”, um termo que também se aplicava aos fantasmas, cujas formas eram realmente de uma nuvem de pó que se alimentavam do próprio pó da terra.
Lilith chegou a ser associada ao aspecto obscuro da Deusa Inanna e com sua irmã Ereshkigal (três mil anos), Rainha do Mundo Subterrâneo.
No mito hebreu, Lilith acumulou sem descanso todas as associações à noite e à morte.
É possível que a imagem hebreia de Lilith se baseie nas imagens de Inanna-Isthar como Deusa das Grandes Alturas e de Grandes Profundidades.
Não podemos esquecer de que o feminino sempre irá representar o obscuro, pois somos filhas da Lua e nossa energia é receptiva, enquanto a energia masculina sempre representou o dia na energia dos filhos do Sol.
Com esta base, outra versão da Criação de Lilith na mitologia hebreia para desconfigurar a essência do feminino conta que Yahvé fez Lilith, como a Adão, porém no lugar de usar terra limpa “tomou a sujeira e sedimentos impuros da terra e deles formou uma mulher.
Como era de se esperar, essa criatura resultou em um ser maligno”.
Certo é que desta forma destruiu-se o equilíbrio da polaridade, já que nas lendas hebreias o obscuro, ou avernal, sempre significou o maligno.
A “Lílít” do texto hebraico se manifesta da mesma forma na versão grega de Septuaginta (versão da Bíblia hebraica em grego, traduzida em etapas entre o terceiro e o primeiro século a.E.C., na Alexandria.
Dentre outras tantas, é a mais antiga tradução da bíblia hebraica para o grego, no tempo de Alexandre, o Grande).Lilith é também associada a “Lamia” na Vulgata latina de São Jerônimo.
A Vulgata é a tradução da Bíblia do grego para o latim em 384, que foi realizada por São Jerônimo a pedido do papa Dâmaso.
Através dela as “Lamias” ficam conhecidas como monstros voadores noturnos, que sempre aparecem sob o aspecto de pássaros.
O Sagrado foi lentamente destruído pela busca de poder. Sem a dualidade, afastando o Sagrado Feminino, e com a polaridade corrompida na transformação do avernal em algo impuro e maligno, para que o poder se instalasse.
Nos afastamos do mundo descencionado e porconsequência da matéria.
Desequilibramos a Cruz de nossa evolução e nos afastamos do Sagrado.
O culto ao ascencionado causou este desequilíbrio, já que para a evolução e elevação espiritual necessários da Era de Peixes a humanidade foi conduzida ao caminho da dor.
Mas não importa para onde se olhe, o Sagrado está presente na história da evolução humana tentando preservar sua essência, ou suas faces.
Sempre haverá uma Deusa do Amor, assim como um Deus da Guerra, por exemplo.
Não importa o panteão ou o período histórico, as faces do Sagrado se repetem. Sendo assim, o Sagrado Feminino também espelhou sua face por nossa caminhada.
E Lilith, particularmente, acrescentou infinitos atributos, somando poder e essência, e preservando sua origem e geração.
Quando comecei a reunir pesquisas sobre o seu Universo, percebi que seus atributos, elementos e características estavam além de sua imagem atual.
Lilith surgiu da fumaça de uma Era, contendo em si primeiramente o elemento Ar - a Deusa Fantasma da Consciência.
Mas também contém a força geradora do Mar, pois a partir dela é que as águas geradoras nos doaram a vida - a Grande Mãe das Profundezas.
Possui o impulso da fé através do Fogo, na serpente que se ergue do centro de Gaia - a Grande Serpente ígnea de cura.
E a ligação humana baseada nas forças da Terra - na Deusa que nasce das entranhas de nosso planeta.. Impossível caminhar por sua história e não fazer tais associações.
Fonte: LUCIANA MACHADO E WAKANDA LAYUTH MAHTAB - Universo de Lilith
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