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A escolha do autossacrifício

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Ꭺrisu March 15
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Prometa que vai segurar minhas mãos e nunca mais soltar. Tenho que mandar você embora. Vamos nos encontrar de novo, acredite em mim.

Serei o vento e a chuva no mundo humano.

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Quem somos, de onde viemos e para onde vamos? Essas perguntas, muitas vezes, parecem não ter importância para a maioria das pessoas. No dia a dia, seguimos a rotina: trabalhamos, trocamos sorrisos, discutimos, compramos, nos alimentamos e dormimos, cada um em seu próprio caminho, navegando por emoções diversas. Nos aventuramos, nos atormentamos e repetimos esse ciclo sem fim. Mas a vida é exatamente isso: uma imensa jornada. Quantas vezes esperamos a chance de realmente aproveitar essa experiência? O tempo é curto, e todos temos um dia marcado para partir. Poderíamos nos permitir ser um pouco mais ousados. Apaixonar-se, escalar montanhas, perseguir sonhos. Não há mal nenhum em buscar um pouco mais de coragem. Acredito que o Céu nos concedeu a vida para podermos criar nossos próprios milagres. Se não forem milagres, que seja sorte. A sorte é uma coisa preciosa; nem todos têm a felicidade de encontrar o amor durante a vida, nem todos podem compartilhar seus dias com quem realmente ama. Às vezes, encontramos pessoas especiais que mudam nossas vidas e tudo ao nosso redor. Outras vezes, nos deparamos com a dura realidade de que a oportunidade que recebemos pode ser o presente mais bonito nas mãos de outra pessoa. Algumas situações exigem coragem, enquanto outras pedem sacrifícios. E é através dos sacrifícios que compreendemos o valor das coisas; sacrificar-se é um ato de amor.

Nessa vertente em que o autossacrifício é abordado, gostaria de tecer algumas palavras sobre Big Fish & Begonia. Se houver uma razão nobre, uma justificativa para o que acontece na trama, eu aceito! Isso torna a história ainda mais bela e cheia de significado. Então, eu lamento pelos personagens sacrificados, choro bastante e depois guardo suas memórias no lugar mais seguro do meu coração, para nunca esquecê-los. Essas narrativas são as mais especiais para mim, não devido ao drama, mas pela mensagem que muitos não conseguem perceber. Talvez eu esteja apenas em um momento de melancolia ou romantizando a tristeza, mas de verdade, acredito que não devemos descartar uma história apenas porque seu final é triste ou porque um personagem querido falece; isso não diminui a qualidade do enredo. Muitas vezes, esses elementos são cruciais para o desenvolvimento de qualquer obra, seja por meio de um sacrifício pelo bem maior ou como um impulso para a trama principal.

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Big fish & Begonia é uma animação chinesa a qual possui uma narrativa rica e visualmente impressionante, o filme oferece uma experiência verdadeiramente mágica ao público, além de sentimentos mistos pelos personagens. A jornada começa com a voz de uma anciã que narra uma história de um mundo extraordinário, acreditando que ele realmente existe. Essa introdução evoca a sensação de contos que nossos avós costumavam contar antes de dormir, criando um ambiente relaxante e curioso ao espectador. Em seguida, somos apresentados a uma cena mágica de um menino flutuando em um oceano surreal, que nos leva a um mundo subaquático no qual conhecemos a protagonista, Chun. Embora muitos filmes de fantasia busquem tornar suas narrativas o mais identificáveis possível, este se destaca por seus visuais deslumbrantes e animação meticulosa, lembrando-me de como fiquei maravilhada com o cenário fantástico e colorido (depois ei raiva). No universo de Chun, ao completar 16 anos, cada criança deve visitar o mundo humano para entender como seu reino afeta o deles, funcionando como um intercâmbio cultural. No entanto, assim como em outros contos de fantasia, Chun recebe advertências sobre os perigos de se envolver com humanos. E, claro, como em tantas histórias, ela ignora esse aviso. O que é curioso é que, apesar das semelhanças com outras narrativas, o filme consegue estabelecer uma conexão emocional entre o público e a amizade de Chun com Kun, um humano que sacrifica sua vida para salvá-la. Isso se deve ao fato de Chun ser retratada como uma personagem extremamente empática, fazendo com que o público se identifique e sinta as emoções que ela expressa. A aventura se desenrola quando ela decide retribuir o sacrifício, dando metade de sua vida para salvar Kun, um ato que desencadeia o caos em seu mundo. A partir desse ponto, o filme se concentra na busca de Chun por restaurar o equilíbrio em sua realidade. Nesse sentido, a trajetória da protagonista não é solitário; ela conta com a amizade de Qiu, que a apoia em sua missão. Outro tema central que se destaca é o amor não correspondido que o Qiu sente por Chun. A evolução da relação entre eles é muito bem retratada, mostrando como eles cresceram juntos, quase como irmãos. No entanto, Qiu desenvolve sentimentos românticos por Chun, gerando um conflito emocional, especialmente quando ela não retribui esses sentimentos. Essa construção do relacionamento permite que o público sinta a dor da desilusão. Além disso, o vínculo de Chun com Kun também permanece inacabado. Embora Kun tenha vivido como um peixe no universo paralelo ao dos humanos, ao retornar ao seu próprio mundo, ele acaba esquecendo sua jornada e a amizade que compartilhou com ela. Mesmo assim, Chun continua esperançosa, estendendo a mão para Kun quando eles se encontram no mundo humano, mas fica a dúvida se ele guarda alguma lembrança da aventura que viveram juntos.

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O tema do autossacrifício é central nesse filme, conferindo-lhe uma intensidade emocionante. Contudo, a mensagem não se resume a um sacrifício sem propósito; trata-se de reerguer-se e renascer como uma fênix, símbolo de transformação e renovação. Os responsáveis pela criação da obra parecem ter criado essa narrativa com a consciência de que seria uma oportunidade única de fazer algo tão especial. Ao abordar a vida e a morte, um tema atemporal, eles garantiram que o filme tivesse uma relevância duradoura. Consigo imaginar que, mesmo após se arem muitos anos, crianças e adultos ainda estarão sentados juntos, encantados com essa animação colorida. Além dos personagens principais, Big Fish & Begonia apresenta figuras interessantes e excêntricas, o que sempre traz um frescor à narrativa. No entanto, senti que alguns personagens secundários não foram totalmente explorados. Um exemplo são os anciãos da vila, que percebem que algo está errado com seu ambiente, como a neve fora de época e chuvas salgadas. Eles permanecem em estado de suspeita, mas não fazem muito para aumentar a tensão da história, se tivessem mostrado os anciãos auxiliando na missão de Chun para salvar Kun, o enredo teria se beneficiado de mais emoção e suspense, algo que senti falta. Além disso, mais tarde, eles confiam somente na tentativa inexperiente de Qiu para abrir o portal para o mundo humano, tornando a questão das mudanças ambientais um pouco subestimada e desnecessária. A beleza da animação, no entanto, fez com que essas pequenas falhas no enredo não me incomodassem tanto. A essa altura eu estava em prantos pelo Qiu. No clímax da história, Qiu sacrifica sua vida para restaurar a existência de Chun e ajudar ela e Kun a retornarem ao mundo humano. No entanto, ele acaba não recebendo a mesma chance de retorno. Enquanto os outros personagens que perecem encontram uma forma de voltar ao ciclo da vida por meio da reencarnação, ele não tem essa oportunidade. Para manter a coerência com o tema, ele promete a Chun que um dia eles se reencontrarão. Para ser sincera, gosto quando algumas questões ficam em aberto, então, imagino que eles irão se encontrar em outra existência. Pelo menos, é assim que imagino. A criança dentro de mim ainda acredita em finais felizes. Essa animação é uma experiência agridoce, que te faz ar por incontáveis sentimentos, entre eles raiva, tristeza e melancolia. Certamente, qualquer criança se encantaria com esse filme devido às imagens, cenário e por ser bem colorido. Basicamente, o seu visual é bastante funcional e bonito, mas em termos de complemento e profundidade fica ao acaso.

Por outro lado, ao se falar sobre as decisões que Qiu tomou, fica claro que, sem a existência de Chun, para ele, aquele mundo seria desprovido de alegria, levando-o a questionar o propósito da vida. Esse é o seu ponto de inflexão, assim como o de Chun, cuja trajetória foi irrevogavelmente transformada ao visitar a Senhora das Almas. De forma semelhante, sua vida também sofreu uma reviravolta. No fundo, essa Senhora é como um cadeado que os mantém presos a seu destino; não há como retroceder. À medida que a música se intensifica, percebemos que o mundo paralelo está sendo consumido. Nesse instante, parece que os deuses realmente existem e que finalmente se exaustaram, causando desequilíbrio naquele lugar. Na inundação que atinge o mundo, o preço a pagar se torna evidente, e a perda é exposta. Essas são as consequências da decisão egoísta de Chun de desafiar as leis da natureza. Com o equilíbrio rompido, o próprio mundo balança à beira do colapso. Os outros não têm outra opção a não ser deixar de lado a ideia de destruir Kun e, em vez disso, se concentrar em guiar seu povo para um lugar mais seguro. É nesse momento que Chun compreende o verdadeiro preço de sua escolha — a dor e o sofrimento que causou. Pela primeira vez, ela percebe que, ao ir contra as leis naturais, abandonou seus amigos, sua família e condenou seu mundo. Essa é a realidade que ela está percebendo tarde demais. Ademais, uma cena especialmente tocante é a de Ting Mu, sendo considerado perdido na enchente. Sua irmã mais nova implora para que ele volte, assim como a irmã de Kun fez. Quando Chun tenta ajudar seu povo a construir uma ponte para a montanha mais alta, é rejeitada e expulsa. O ódio da mãe de Ting Mu, motivado pela dor, é palpável. Para os demais, há uma aceitação triste de que ela deve partir; ela se perdeu e traiu a todos. As repercussões emocionais são profundas, mas ainda assim, isso é apenas uma amostra do que está por vir. As últimas palavras de Qiu encapsulam suas escolhas. Ele ama Chun o suficiente para não apenas salvar sua vida, mas também deixá-la partir, enviando-a ao mundo humano, onde ela pode encontrar a felicidade. Ele sabe que isso significará sua própria destruição, então, sacrifica tudo por ela, entendendo que a vida perderia seu brilho sem a presença dela. Essa é a tragédia de Big Fish & Begonia. A decisão de Chun custou a vida de seus amigos e familiares, dois seres que amavam, alterando o mundo de forma irreversível — tudo porque ela não conseguia aceitar suas próprias falhas e a inevitabilidade de acidentes terríveis. A morte é parte da ordem natural das coisas.

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Embora apresente uma narrativa intricada repleta de significados profundos, o universo de Big Fish & Begonia incorpora elementos lúdicos que podem ser apreciados por qualquer faixa etária, refletindo também as mensagens contidas nas interações de seus personagens. A animação explora temas como: a dificuldade dos seres humanos em aceitar a morte como parte inevitável da vida, as origens da humanidade, a busca por redenção após cometer um erro, as repercussões de nossas ações e decisões, o amor incondicional, os sacrifícios que devem ter propósitos genuínos, e o valor da amizade e solidariedade, fundamentais para a construção de um mundo mais harmonioso e pacífico. O conceito de equilíbrio é uma constante ao longo da animação. A natureza possui uma razão de ser; não é intrinsecamente boa ou má, mas segue um fluxo natural. Quando interferimos nesse fluxo, as consequências podem ser devastadoras. Obrigada por lerem.

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