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Isso evoca memórias. Ao viajarmos lado a lado, a alma é levada a uma época distinta. Um período em que o mundo estava ao nosso alcance, pronto para ser explorado. Quando cada experiência deixava sua impressão radiante e fresca. Ao limpar a poeira de cada lembrança, todos vocês surgem claramente diante de mim. ei minha vida aguardando o dia em que estaríamos juntos novamente. Sou grato a ti, Frieren. Foi graças a ti que esse herói aposentado pôde embarcar em uma última jornada.
— Himmel
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É inegável que a maioria das pessoas já teve contato com fábulas infantis em algum momento de suas vidas, seja na infância ou na vida adulta. Essas narrativas, repletas de lições e ensinamentos, conseguem nos fazer refletir sobre moralidade. Para aqueles que ainda não as conhecem, recomendo explorar as célebres fábulas de Esopo, uma coletânea clássica de contos da Grécia Antiga. Embora sejam amplamente reconhecidas, essas histórias retratam interações entre personagens humanos e animais, mostrando como são afetados por vícios e medos. Independentemente do desfecho de cada fábula, todas elas culminam em uma moral que nos convida à reflexão sobre nossas próprias ações. Essa relevância continua a ressoar através do tempo, com muitas das frases e lições de Esopo ainda influenciando nosso comportamento e revelando um ciclo interminável da condição humana, que, apesar de reconhecer a necessidade de mudança, muitas vezes hesita em alterar suas próprias atitudes. As fábulas representam uma visão singular e estoica da sociedade, utilizando a violência como solução para problemas que, em sua essência, permanecem sem respostas claras. Isso levanta questionamentos sobre a validade desse ciclo: até quando continuaremos a viver assim? E, mesmo que essa busca pela liberdade pareça ilusória para alguns, quando poderemos realmente sonhar com um futuro no qual ela seja tangível? Por mais que as obras que consumimos retratem a busca por liberdade e transformação de diferentes maneiras, muitas vezes se apoiam em justificativas que tentam validar seus meios, envoltas em uma moralidade que desafia nossa compreensão do mundo. As fábulas nos mostram o que queremos ver, mas não necessariamente o que precisamos entender. Como leitores e espectadores, aceitamos as lições evidentes que essas histórias oferecem como meras facetas de um universo vasto, que, em essência, nos mantém atados a uma visão limitada. Contudo, é importante ressaltar que este texto não se limita a discutir fábulas, mas, sim, a explorar ciclos, liberdade, esperança e a condição humana, temas que se manifestam de diversas formas em mangás e animes. Embora o caminho dos grandes homens, que buscam mudanças de maneira impetuosa, possa parecer sedutor, a figura do herói também exerce um forte apelo e uma gentileza inigualável. Entretanto, nessa incessante busca por direitos iguais e liberdade, a nobre intenção original pode se perder, distorcendo o propósito que a motivou. Diante disso, sinto uma curiosidade profunda e um desejo irresistível de adentrar esse universo complexo, explorando tudo que ele tem a oferecer. Desejo não somente aprender, mas compreender o que leva um personagem a se tornar um herói de sua própria história, mesmo que, através de reveses, ele acabe rejeitando esse título. Seria esse o verdadeiro propósito do heroísmo? Ou apenas mais um conceito exagerado dos bravos guerreiros?
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Introduzido logo no início da narrativa, Himmel se destacou como um dos principais guerreiros de seu grupo, enfrentando e derrotando o Rei Demônio, uma entidade cruel que aterrorizava o reino e suas redondezas. As ações desse tirano resultaram em imenso sofrimento e traumas para a população, que vivia com o constante temor dos ataques que devastavam suas terras. Sem um vislumbre de esperança para o fim das atrocidades do Rei Demônio, a humanidade depositava sua fé nos valentes homens e mulheres que se aventuravam em busca da vitória, acreditando com fervor que um dia a tormenta cessaria. Himmel, um jovem de origens humildes que já havia enfrentado dificuldades em seu vilarejo, tornou-se um guerreiro respeitável, determinado a confrontar o monstro. Ele reuniu um pequeno grupo, composto por uma maga elfa, um sacerdote e um anão, e juntos partiram em direção ao seu objetivo. Ao longo de suas jornadas, repletas de desafios e triunfos, Himmel demonstrou uma confiança inabalável em seus companheiros, mantendo-se leal a eles até o fim. Após uma década de aventuras, o momento tão esperado chegou: o grupo liderado por Himmel encontrou o covil do Rei Demônio e, em uma batalha épica pela paz, pôs fim ao reinado de terror do vilão. Ao retornarem triunfantes à capital, foram recebidos com celebrações em reconhecimento a seus feitos heroicos. Himmel e seus amigos puderam, então, abandonar os perigos da vida de guerrilheiro e desfrutar da serenidade que os dias de glória lhes proporcionaram. Embora tenha encerrado sua jornada de maneira digna e gloriosa, iniciando uma nova fase tranquila e repleta de boas memórias, os ecos das aventuras vividas ao lado de seus companheiros sempre permaneceram com ele. Cinquenta anos depois, o grupo se reuniu para cumprir uma promessa antiga: contemplar a chuva de meteoros juntos. Na sua última jornada, Himmel teve a chance de se despedir cercado por aqueles que amava, revivendo momentos que moldaram sua existência ao longo dos anos. Assim, ao realizar seu desejo final sob o brilho dos meteoros, Himmel, o valoroso herói, exalou seu último suspiro em paz, encerrando sua trajetória de forma serena e iluminada.
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A presença recorrente de determinados temas e figuras mitológicas em diversas culturas, sonhos e obras artísticas sugere a existência de estruturas psicológicas universais. Imagine um vasto mar subterrâneo que interliga todos os seres humanos, independentemente de suas culturas, períodos ou experiências pessoais. O mar representa o inconsciente coletivo, um conceito fundamental na psicologia analítica desenvolvida por Carl Jung. Ele propôs que, para além do inconsciente individual, no qual guardamos lembranças e experiências reprimidas, existe um nível mais profundo da psique que abriga os arquétipos, os quais são imagens primordiais, símbolos e padrões de comportamento universais, legados dos nossos anteados e compartilhados por toda a humanidade. A noção de inconsciente coletivo pode parecer estranha inicialmente, mas Jung encontrou evidências em várias áreas. Narrativas e símbolos semelhantes emergem em culturas completamente distintas ao redor do mundo. Heróis que enfrentam dragões, deusas maternas, figuras emblemáticas e o tema da jornada do herói são somente alguns exemplos. Seria isso somente uma coincidência? Jung argumentava que esses temas universais refletem arquétipos presentes no inconsciente coletivo. Ele acreditava que os sonhos eram uma porta de o ao inconsciente coletivo, revelando arquétipos e conteúdos que ultraam a experiência individual. Obras de arte e literatura, desde as pinturas rupestres até os romances contemporâneos, expressam temas e símbolos arquetípicos. Jung via a arte como uma manifestação do inconsciente coletivo, capaz de conectar o indivíduo a algo maior que ele mesmo. Nesse contexto, Jung afirmou: "Assim como o corpo humano é um verdadeiro museu de órgãos, cada um com sua longa evolução histórica, deveríamos esperar encontrar também, na mente, uma organização análoga". Isso significa que herdamos não somente características biológicas, mas também uma herança psicológica. Assim como nosso corpo, nossa mente contém modelos de comportamento e personalidade, conhecidos como arquétipos. Em sua obra, Jung descreve esses arquétipos como padrões de comportamento com significados universais, manifestos na mitologia, sonhos e, atualmente, em animações e afins. Segundo ele, todos carregamos múltiplos arquétipos que contribuem para a formação da personalidade, sendo comum que um arquétipo se destaque como dominante, enquanto outros dois ocupam um papel secundário.
Um exemplo desse conceito de Jung é que, em "Sousou no Frieren", o enredo dedica um tempo considerável a explorar a razão pela qual o feitiço favorito de Frieren é o feitiço das flores, contrastando com a desvalorização que a série demonstra em relação a essa magia. Esse momento revela muito sobre cada personagem. O apreço de Frieren pelas flores é, ao mesmo tempo, simples e profundo; ela as ama porque têm o poder de alegrar as pessoas. O feitiço das flores foi legado a Frieren por Flamme, uma maga lendária que se encantava com a beleza das flores. Entre os muitos feitiços extraordinários que Flamme dominava, ela tinha um carinho especial pelo aparentemente insignificante feitiço que cria um campo de flores. Isso é notável, especialmente considerando seu desprezo pelos demônios e sua dedicação à guerra e à erradicação do mal. O presente mais significativo que Flamme deixou não foi um feitiço de combate, mas sim o das flores. Ao adotá-lo, Frieren presta homenagem à sua mentora, levando consigo um fragmento de sua essência, mesmo quando Flamme se transforma em lenda. É seguro afirmar que Frieren não seria a mesma maga sem esse legado. Por mil anos, Frieren manteve esse feitiço e o utilizou novamente ao encontrar Himmel. Esse momento foi, sem dúvida, transformador para ele. Um menino tímido e solitário em uma floresta escura teve seu primeiro encontro com uma elfa bela, e sua prioridade era confortá-lo. Entre todas as ações possíveis, ela decidiu presenteá-lo com um campo de flores. Isso teve um impacto profundo, a ponto de anos depois ele recordar vividamente daquela experiência. Podemos considerar que Himmel, cuja principal preocupação era sempre a felicidade das aldeias que visitava, não teria se tornado o mesmo herói sem esse gesto. Na verdade, foi essa memória que o levou a escolher Frieren para se juntar ao seu grupo. O feitiço das flores foi responsável pela formação da equipe heroica, que por sua vez derrotou o Rei Demônio em uma batalha épica. Não podemos afirmar que outros grupos teriam conseguido o que Himmel e seus companheiros realizaram, mas é inegável que o feitiço das flores foi o elo que os uniu. As flores demonstram ter uma função real e palpável. Porém, qual é a visão da Serie sobre isso? Para ela, o feitiço das flores é inútil e sem sentido, uma vez que simplesmente não consegue compreender. Serie também se mostra perplexa e irritada quando Fern, uma aluna de Frieren, solicita a ela um feitiço para lavar roupas. A elfa não poderia nunca entender o valor e o conforto que um feitiço de limpeza pode proporcionar. Mas quanto tempo da vida de Fern foi perdido com tarefas de lavanderia? Quanto tempo e alegria Fern adquiriu ao dominar um feitiço para isso? Como alguém tão desconectada das necessidades cotidianas, como Serie, poderia compreender? Isso levanta a questão sobre o que ela considera um feitiço útil. Qual seria o feitiço mais "prático" para ela? Essa é uma pergunta que o anime não responde de maneira direta, mas é improvável que Serie tenha hesitado se Fern tivesse pedido um feitiço de combate. A Associação Continental de Magia, que Serie fundou, só permite que os magos mais perigosos cheguem ao topo. Os testes de classificação para magos de primeira classe são extremamente arriscados, e todos os magos desse nível que conhecemos até agora são especialistas em matar. Para ela, um feitiço útil é aquele que pode causar morte. E essa é a razão pela qual Frieren e Serie se desentendem tanto, porque ela é uma maga da guerra, enquanto Frieren é uma maga da paz. Elas nunca conseguirão se entender. Serie poderia ter derrotado o Rei Demônio, sem dúvida. Mas ela nunca teria parado para atender às necessidades das pessoas em seu caminho; não teria sido como Himmel. Diariamente, essas pessoas enfrentavam a realidade de roupas sujas, tristeza por perder alguém querido, a dor da guerra e voltavam para seus lares em meio à lama e à ruina, algo que Serie nunca poderia compreender. No entanto, mesmo a sociedade ando por momentos difíceis, algumas pessoas lembravam dos heróis que fizeram o seu melhor para mudar o destino e o mundo. As pequenas ações de Himmel, mesmo após sua partida, resistirão ao tempo e serviram de influência para as futuras gerações. Mesmo aqueles que não o conheceram ou que nasceram depois de sua existência, aprenderam a valorizar os pequenos gestos e a fazer a diferença, seguindo o o do herói lendário. As futuras gerações, mesmo sem conhecer quem Himmel era ou o que ele representava, ainda vão se basear nessa sua bravura e suas boas ações.
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Himmel se destacou como um personagem memorável na narrativa, cativando rapidamente aqueles que não o conheciam, graças às recordações que Frieren mantinha de seus momentos juntos. Sua influência positiva na vida da protagonista a motivou a seguir um caminho significativo, transformando "Sousou no Frieren" em uma história impactante e emocional. A trama se sobressai pela sua abordagem fantasiosa e irreverente, explorando temas profundos e sensíveis de forma inteligente. Embora a narrativa possua várias camadas que lhe conferem uma relevância filosófica e um encanto especial, ela enfatiza a forma como os personagens lidam com questões de vida e morte. Sua história pode ser contada e interpretada de várias maneiras, e, em última análise, todos os detalhes convergem para um ponto central: a conexão mágica e natural desse universo. A protagonista, ao longo de sua jornada, também se esforça para aprimorar suas habilidades mágicas e aumentar sua empatia em relação aos amigos que foram cruciais para seu crescimento. A princípio, Himmel pode parecer um personagem comum, que completou sua jornada heroica sem deixar uma marca significativa na trama. No entanto, suas ações tiveram um papel fundamental nas mudanças que afetaram as gerações futuras, especialmente na vida de Frieren, que não valorizou plenamente seu relacionamento com ele durante suas aventuras. Himmel, sempre atento a ela, buscou proporcionar bons momentos e se destacou por sua natureza gentil e cuidadosa, zelando pelo bem de todos. Quando Frieren reconheceu finalmente os gestos dele, sentiu a tristeza por não ter se aproximado mais do amigo e pela oportunidade perdida de uma interação mais profunda. Por isso, ela decidiu que sua nova jornada seria uma chance de reescrever sua história, atribuindo mais significado aos momentos que realmente importavam e relembrando os instantes ao lado de seu antigo companheiro. Sem dúvida, Himmel foi um elemento crucial que uniu ado e presente na série de mangá, estando sempre presente em cada ação da elfa e servindo de inspiração para sua transformação. Sua vida foi retratada de maneira única, o que a tornou ainda mais emocionante ao ser narrada.
No entanto, como se deve narrar a trajetória de alguém que viveu em constante fuga de sua própria história? Essa questão não deve ser encarada apenas como uma retórica, mas, sim, como um ponto importante no cerne da obra de Frieren. Entretanto, a animação, hesitante e excessivamente solene, acaba relegando essa provocação a um mero pano de fundo. Embora haja uma tentativa de dissecação de um ícone, a obra se conforma com um acabamento superficial. O que poderia ser uma exploração profunda das fissuras e paradoxos que cercam Himmel se transforma em um retrato excessivamente seguro e quase estéril, como se temesse abordar os aspectos que realmente o humanizam. Assim, a dúvida persiste: como contar a história de alguém que fez da evasão sua maneira de existir? Ele era conhecido como herói, mas gostava mais de ser chamado de viajante. Alguém que, ao encarar sua biografia, escolhe escapar. Quando questionado, ele devolve outra pergunta. Não se trata apenas de resistir à narrativa, mas de rejeitá-la como forma de identidade. Nesse contexto, relatar a história do grande herói Himmel se torna uma contradição em si mesma; é tentar fixar algo que, por sua essência, se dissolve. Ele não viveu sua história: ele a desconstruiu, fragmentou e sabotou. E é exatamente aí que reside o dilema (ou talvez o encanto): qualquer tentativa de narrá-lo corre o risco de trair aquilo que ele se recusou a ser. A grande contradição pode ser essa: ele deseja celebrar a ruptura, mas teme o colapso. Quer mostrar a fuga, mas se contenta em segui-la à distância, como alguém que observa uma estrela-cadente sem se atrever a tocá-la. O resultado é uma das narrativas mais belas, mas também profundas e emocionalmente ressonantes, centrada em um personagem comum que fez a diferença em seu mundo. Himmel era um homem simples, moldado pelas circunstâncias da vida, repleto de falhas, mas que, mesmo assim, teve a coragem de fazer o que considerava certo, transformando-se no grande herói, título esse que preferia não usar, mas que aceito em dados momentos, essa bravura, coragem e determinação o fizeram ser ainda mais especial, compartilhando sua experiência com todos. Sem dúvidas, Himmel viveu o momento e as suas aventuras, não como um mero espectador ou como alguém que tinha um dever a cumprir. Ele apenas viveu. Desfrutou das companhias, aproveitou as aventuras, participou e contribuiu para que mais pessoas pudessem ter esperanças e acalento em sociedade em colapso. Fez o que tinha que fazer para o bem de todos. Embora rejeitasse o título que carregava, Himmel tinha todas as qualidades de um genuíno e valoroso herói. Não foi escolhido como o herói da lenda ou conseguiu a espada sagrada, mas se tornou um por mérito próprio e honra. Assim como na descrição de Jung, Himmel também possui o próprio conceito heroico.
1. O Inocente:
Himmel era otimista, sonhador e esperançoso. Esse conceito confere a ele uma certa ingenuidade, evitando conflito ao máximo, o que pode resultar em estagnação. Seu desafio era a necessidade de agradar e pertencer, e seu principal objetivo era a felicidade.
2. O Sábio:
Lógica, verdade e discernimento também eram suas qualidades. A busca pela verdade por meio do conhecimento era seu traço distintivo. Ele tende a ser metódico e detalhista, e seu maior desafio é ficar preso em minúcias enquanto age pouco.
3. O Aventureiro:
Liberdade, ousadia, independência e coragem. “Há tanta vida lá fora” poderia ser seu lema. A busca por uma vida autêntica e livre de rotinas é marcante nesse contexto. Seu maior medo é a conformidade, e seu desafio é lidar com um idealismo que pode levar à insatisfação constante.
4. O Rebelde:
Uma personalidade que gosta de questionar, provocar e desafiar normas. Seu principal objetivo é transformar o que já não serve, e seu maior desafio é lidar com uma inclinação à autodestruição.
5. O Mago:
Intuitivo, visionário e criativo. Esse conceito não se apega a questões lógicas e objetivas. Está relacionado a crenças e espiritualidade, buscando compreender as leis do universo. Seu desafio é evitar a manipulação, o idealismo excessivo e a solidão.
6. O Herói:
Protagonismo, coragem e vitalidade. A figura do herói busca provar seu valor por meio de ações grandiosas e corajosas, sempre em prol do bem maior. Geralmente, tem uma causa ou bandeira. Essa figura é frequentemente explorada na obra ou enredos, representando guerreiros, lutadores e vencedores. Seu maior desafio é lidar com a arrogância e a ambição.
7. O Amante:
Intensidade, intimidade e sensualidade. São pessoas com grande senso estético, atraentes e motivadas pelo desejo de conexão. Não se limitam ao amor romântico, mas valorizam todas as formas de amor. O principal desafio é não perder sua identidade em meio ao intenso desejo de agradar os outros.
8. O Comediante:
Conhecido como o arquétipo do bobo da corte, seus princípios são a diversão, leveza e espontaneidade, sem receios em relação ao julgamento alheio. Seu principal talento é trazer alegria ao mundo, e seu desafio é não se manter na superficialidade e aprender a gerenciar melhor seu tempo.
9. O Realismo
O comum e a simplicidade. Aqui, o foco não é se destacar, mas pertencer a algo ou um objetivo. Não busca impor suas convicções, mas deseja desenvolver virtudes comuns e ser útil. Frequentemente representado como o bom vizinho ou o guerreiro responsável, sua falta de ambição é, ao mesmo tempo, seu desafio.
10. O Prestativo:
Altruísmo, proteção e compaixão. “Ame ao próximo como a ti mesmo” é um de seus lema. Seu maior desejo é cuidar e ajudar o maior número de pessoas possível, e seu desafio é não absorver as dores do mundo e não sufocar os que estão ao seu redor.
11. O Governante:
Liderança, excelência e solidez. A responsabilidade é uma característica marcante desse conceito, que geralmente se destaca em ambientes com regras claras. Há uma necessidade de controle e poder, e seus desafios incluem aprender a delegar e ser flexível.
12. O Criador:
Imaginação e inovação. Sempre em busca de harmonia e reconhecimento, este arquétipo é semelhante ao explorador, buscando novas soluções para situações ultraadas. Costuma ser perfeccionista e relutante em aceitar a mediocridade. Seu desafio é a inconstância e a tendência a pensar mais do que agir.
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Em uma sociedade na qual força e poder frequentemente dominam, Himmel nos revela que o verdadeiro legado de um herói não se resume apenas às vitórias nas batalhas, mas nas pequenas demonstrações de bondade e gentileza que ele compartilha ao longo de sua jornada. A gentileza não requer grandes esforços ou grandes batalhas, mas tem o poder de transformar vidas. Assim como Himmel, podemos optar por deixar o mundo um lugar melhor, não apenas através de grandes conquistas, mas por meio de gestos simples que realmente fazem a diferença. Enquanto uma pessoa fria pode ser esquecida, a gentileza perdura além do tempo. Como você gostaria de ser lembrado no futuro? Como uma pessoa comum ou pelos seus gestos gentis? Obrigada por lerem.
ּ ㅤ ּ ♡̷̸ 𝄒
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Himmel :blue_heart: :blue_heart: :blue_heart: :blue_heart: 🤧