A crença das bruxas nos Deuses
Os Deuses existem muito antes dos cristãos criarem o próprio Deus deles, e para manter seus fiéis, veio a versão dos Deuses da bruxaria como os santos do catolicismo que hoje tomam conta até mesmo de datas em nosso calendário.
Nossos Deuses são descritos com vários nomes, tendo cada um algo em especial.
Por isso cada bruxo tem uma ligação maior com um Deus em especifico.
Acreditamos, por exemplo, que quando algo muito ruim, negativo, está nos atrapalhando, é preciso trabalhar com um Deus das trevas, um Deus poderoso que entenda a maldade do mundo, como a conhecida Deusa Hécate.
Assim como quando precisamos lidar com assuntos de família, ou até mesmo uma ajudinha para conseguir a sonhada maternidade, corremos em busca de uma Deusa Mãe, da fertilidade, que tenha a piedade e o amor incondicional pelos seus filhos, assim como a Deusa Frigg.
Dentro de tantos panteões existem vários Deuses e Deusas, com qualidades e defeitos e suas singularidades.
Cada panteão tem uma história da criação do mundo e de como surgiram os Deuses. O panteão celta, por exemplo, explica que diferente do panteão grego e romano, eles não possuíam hierarquias.
Os deuses celtas não viviam em comunidade como no Olimpo, mas habitavam fontes, montanhas e etc, onde não só habitavam os deuses, mas também todas as criaturas sobrenaturais e até os mortos.
É comum ver bruxos venerando Deuses de vários panteões, o que pode ser válido desde que utilizados em rituais separadamente, com cuidado e sabedoria. Mas nem todos concordam com isso.
Alguns dizem que misturar esse tipo de energia pode trazer graves consequências.
Há bruxos que não acreditam exatamente em Deuses e Deusas, não sentem a necessidade de venerá-los. Acreditam apenas nos seres da natureza e na força que eles têm sobre o mundo.
Cultuar fadas, elfos, gnomos..., ou a natureza em si já basta para que se sintam bem e realizados na magia.
Somos uma religião politeísta, que consiste em crer em várias divindades, tanto masculina quanto feminina.
Essas divindades chamadas de Deuses nos acompanham desde o inicio dos tempos.
Cultuamos os Deuses como forma de nos aproximar deles. Preces e meditações, oferendas e rituais nos levam a um contato maior com nossas divindades.
Nos conectamos tanto à eles, que nos sentimos parte do mesmo ser e da mesma força.
Nossos Deuses não são imaginários, intangíveis. Eles estão presentes em cada sensação vivida, em cada ato nosso.
Falamos com eles e ouvimos seus sussurros, sentimos sua presença em cada rito, em cada respirar, em qualquer lugar que olhamos.
Muitas vezes não só os ouvimos como também os vemos ao nosso lado, prontos para nos ajudar, nos chamar a atenção e mostrar o caminho correto a se seguir.
Quando a conexão é forte e verdadeira, todas as formas são possíveis para que eles estejam ao nosso lado. É sentido dentro e fora de nós o poder que um Deus tem quando vamos ao seu encontro.
Nós não acreditamos que seja verdade, nós SABEMOS que assim é!
Cultuamos nossos Deuses e fazemos isso como parte do nosso dia a dia. Ao olhar um pássaro cuidando de seus filhotes no ninho, já sabemos que os Deuses se fazem presentes.
Acreditar que eles estão a nossa volta é lembrar que o Deus e a Deusa se encontram em cada ciclo da vida para se amar e nos trazer a esperança de um novo recomeço faz parte da vida de um bruxo.
Cada bruxo tem um ponto de vista diferente em relação aos Deuses, mas sabemos que eles são parte da criação do Universo, e o Universo é a união perfeita do Deus e da Deusa.
Quando dizemos que cultuamos algum Deus como Odin, ou Hórus, ou até mesmo o Deus Ares, nos referimos a uma das várias fases do Deus.
Assim como quando dizemos cultuamos a Deusa Afrodite ou Nyx ou a Deusa Hathor, também nos referimos a uma das várias faces da Deusa.
Eles são apenas duas energias, dois seres, com variedades de faces para assim representar um panteão, um ou mais poderes e características.
Uma forma de se focar naquilo que precisamos trabalhando com um Deus/Deusa em especifico.
Todos esses milhões de Deuses tem algo a nos ensinar, e um deles com certeza fará parte de sua vida. É preciso estudo e pesquisar para descobrir com qual temos mais afinidade. Mas no tempo certo tudo acontecerá.
Nossa crença é confirmada cada dia mais, no decorrer de nossas vidas pagãs. As forças da criação, conservação e destruição fazem parte do ciclo da vida e da natureza.
A Grande Deusa é então a criadora, a nutridora e a destruidora de tudo que nos rodeia, com seu consorte ao seu lado em alguns momentos. Assim vemos o sentido de tudo a nossa volta.
Basta o surgimento de uma nova ideia e é possível mostrar o toque dos Deuses em nossa vida.
Quando pedimos inspiração, força ou qualquer outro desejo, temos a benção vinda de formas inexplicáveis, mas sentidas; e é assim que um bruxo tem a certeza de que seu Deus ou Deusa lhe ouviu e lhe atendeu.
Tudo é um ciclo, com um inicio, meio e fim, sendo tudo iniciado novamente (conhecida como a roda do ano).
E é assim que vemos a Deusa e o Deus na bruxaria, que são amantes até a morte do Deus, e que depois de um período retorna como o filho tão desejado, para que após seu desenvolvimento, volte a ser o consorte da Deusa Mãe.
Na Wicca basicamente se acredita no dualismo, que é o conceito religioso e/ou filosófico que ite a coexistência de dois princípios necessários, de duas posições ou de duas realidades contrárias entre si.
Ou seja, a maioria das bruxas acreditam no Deus e na Deusa.
O dualismo se resume ao casal divino, que é um dos conceitos mais antigos na história religiosa da humanidade.
Deus Pai foi simbolizado como o Sol, sua consorte era simbolizada como a Lua ou a Terra. Havia ainda a ideia de um filho, que se misturava ao próprio conceito do pai, que vivia na terra (sua mãe) e é uma parte viva de seu pai.
A Deusa é muito mais importante para os wiccanos do que o Deus, pois ela é a mãe, ela governa a fertilidade e os sentimentos.
Há inúmeros panteões pagãos e todos eles refletem essa adoração pelo feminino.
A maioria dos bruxos, mesmo aceitando a existência de outros Deuses, acreditam que a Deusa é a criadora de tudo e todos, inclusive do Deus Cornífero, que nesse caso é seu filho e consorte.
Essa crença se dá a partir do principio de que é a mulher que dá a luz a criança, permitindo o inicio da vida da mesma.
Ela gera, dá a vida, cuida e alimenta o bebe que através da vida dela vem ao mundo. Sendo assim, foi uma Deusa quem criou tudo, dando inicio a vida de todos os seres.
Essa Deusa é mãe, esposa, criadora, destruidora. É pelas mãos dela que tudo acontece. Ela foi a primeira divindade cultuada pelo homem e sua fertilidade representa também a fertilidade da terra.
Isso tudo foi afirmado já desde a época pré-histórica, onde inúmeras imagens foram encontradas em cavernas.
Uma das mais famosas é a Vênus de Willendorf: seu corpo parece uma grande massa disforme da qual se destacam um gigantesco par de seios e uma proeminente barriga grávida.
Ela não tem pés nem braços, e seu rosto está coberto.
Sabemos que, assim como yang yin, existe uma dualidade em tudo, duas energias opostas para uma complementar a outra. Mas assim como a velha duvida “Quem veio primeiro, o ovo ou a galinha?” foi preciso um existir primeiro para que o outro pudesse vir complementar a criação do mundo.
Enfim, o que importa é o respeito que todo bruxo precisa ter com o planeta em que vive e em relação à crença de outros bruxos.
E que cada um siga seu caminho com sabedoria e dedicação.
Fonte: Ayla Amarantha
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