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Dogma e Ritual da Alta Magia

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NÃO PULE A INTRODUÇÃO

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Introdução

Nos meus últimos dias eu percebi que muitas pessoas possuem um desejo latente e uma curiosidade indomável de entender, estudar e aprender os ensinamentos de Eliphás Levi em seu livro mais famoso.

Porém, temos aqui um problema claro: A maioria das pessoas não fazem a menor ideia do que esta obra oracular se trata, a quem é interessante o aprofundamento em seus mistérios, o fim último deste escrito e o que ele realmente tem a ensinar.

Por essa razão muitas pessoas que lêem o livro se frustram justamente pelo fato de Eliphás Lévi jogar várias informações ao mesmo tempo e falar várias vezes em códigos, o que leva uma boa parte dos leitores a não compreender quase nada de seu conteúdo ou então, em caso de "total" compreensão, muitas pessoas deixam a leitura furiosas devido as declarações de Lévi em seu livro.

Por isso é interessante nós entendermos algumas coisas, como: "Qual a finalidade desse livro?", "O que ele ensina?", "A quem interessa essa leitura?". Na mesma medida: "Qual finalidade NÃO É a desse livro?", "O que ele NÃO ensina?", "A quem NÃO interessa essa leitura?".

A finalidade deste blog é esclarecer todas essas dúvidas e fazer com que os leitores saiam daqui não apenas com um entendimento base acerca dos assuntos e finalidades do livro como também o fazer compreender se ele deve ou não fazer esta leitura. Dessa forma, não iremos abordar aqui temas tão específicos como cada prática ou princípio ensinados no livro, até que porquê isso levaria muito tempo. Também o fiz de forma simples pois estou com pouco tempo para escrever blogs ultimamente.

Devemos de início compreender que esse livro se trata de toda uma construção bem estruturada (apesar de não perder a abstração do mundo da magia) de um autor com uma noção clara do que é a realidade, as leis da natureza e qual o objetivo de todas as formas de vida. O que isso significa? Que é uma obra com um posicionamento mítico filosófico claro. Uma obra que em seu primeiro capítulo já começa declarando um pensamento filosófico como uma falácia ("Penso, logo existo").

Dessa forma, Dogma e Ritual da Alta Magia não é uma leitura para pessoas que se alinham com pensamentos relativistas demais ("Se você ofende a minha visão de espiritualidade, você está impondo sua crença."), ou que estão alinhadas a pensamentos mítico filosóficos que não estão de acordo com a posição de Eliphás acerca da realidade e suas leis.

E é exatamente por esse motivo que, se você for um espiritualista universalista ou adepto do New Age você não irá absorver o conteúdo deste livro. Poderá ser uma obra a se debater, mas, “O homem que ama suas idéias e que tem medo perdê-las. Aquele que teme as verdades e que não está disposto a duvidar de tudo, antes do que itir qualquer coisa ao acaso, esse deve fechar este livro, que lhe é inútil e perigoso; ele o compreenderia mal e ficaria perturbado, mas ficá-lo-ia muito mais se por acaso o compreendesse bem.” (Capítulo 1).

Obviamente, não somos obrigados a discutir nossas crenças e correntes filosóficas. E isto não deve ser feito à não ser que mais de uma pessoa tenha o desejo e dê o devido consentimento para se começar algum debate. Pessoas que tem tais costumes são justamente uma das parcelas que se adequam ao público-alvo desta obra.

Tendo esclarecido essas coisas, sabemos que o conteúdo da obra carrega posições bem definidas. Comecemos então a sanar todas as dúvidas sobre "Dogma e Ritual da Alta Magia", de Eliphás Lévi!

No que consiste?

Dogma e Ritual da Alta Magia trata-se de uma Leitura Oracular, que pode ser consultado várias vezes para diversos fins por aqueles que seguem as tradições esotéricas.

Contudo, apesar de possuir diversas chaves de interpretação, o livro possui um caminho claro e definido para a iluminação espiritual, de acordo com a visão da tradição ocultista. Consiste em explorar os limites da vida e da morte tendo como objetivo se alinhar com o Intelecto Divino.

A grosso modo, o livro segue toda uma linhagem filosófica baseada nos princípios neoplatônicos (tal como uma parte imensa das correntes esotéricas que conhecemos hoje.). Isso significa que o autor possui uma visão da vida levemente baseada nos princípios do hermetismo clássico:

O ser humano deve buscar o Santo Reino

O Santo Reino é um estágio de plenitude e elevação espiritual obtido após estar amplamente sintetizado com o todo.

Essa sintetização ocorre através de um constante e progressivo caminho de purificação do corpo, da mente e da alma.

Ao chegar no Santo Reino, o ser humano será verdadeiramente feliz.

Após esclarecer todas essas coisas, Eliphás Lévi a a guiar o neófito pelo caminho em direção a este mesmo objetivo e aponta várias que todas as tradições místicas (Como a cabala, o hermetismo, o tarot, as religiões e demais formas de iniciação.) revelam juntas um enorme caminho em direção a este fim (O "Santo Reino"). Ao apresentar essas ideias Eliphás Lévi alerta ainda no primeiro capítulo que toda e qualquer forma de usar sua obra para atingir qualquer outro fim levará o leitor a loucura (E o mesmo teria feito isso de forma proposital, usando o mesmo método de codificação de Jesus Cristo na construção de suas parábolas onde o significado verdadeiro é ocultado, mas de uma maneira que abre margem para interpretações adversas que dependam da própria mentalidade de quem a ouve. Em tese, se você possui finalidades negativas e uma "mente corrompida pelo mal", você irá encontrar significados que alimentam sua ganância e lhe levará a caminhos sombrios rumo a sua própria destruição. Porém, se você tiver intenções boas e uma "mente pura", você entenderá o real significado da mensagem e será capaz de mover montanhas.), fazendo diversos avisos ainda no primeiro capítulo na intenção de afastar certos tipos de leitores de continuar a sua obra.

Eliphás constrói toda uma linha de raciocínio dividida em quarenta e quatro partes (dois grupos de vinte e duas) que equivalem a um arcano maior, uma Sephiroth, uma letra do alfabeto hebraico e outras representações mágicas do número vinte e dois, tal como G. O. M. em seu livro "Os Arcanos Maiores do Tarot". Cada capítulo deve (segundo o próprio autor) ser lido junto de seu correspondente (Capítulo um do Dogma, capitulo um do Ritual, e assim com todo o resto) e explicam diferentes partes da jornada do mago, indo desde seu "chamado a aventura" até a sua total iluminação, que se trata da compreensão de si e da realidade e reconexão com seu interior até alcançar o Sanctum Regnum.

Com isso, temos um objetivo bem claro, não é mesmo? Todavia, não se enganem. Pois esta leitura não é nem um pouco simples.

Público-alvo

Falando cruamente, o livro não deve ser lido por todo e qualquer tipo de magista. Se trata de uma leitura densa e que exige um domínio multidisciplinar em vários ramos das artes ocultistas que vão desde as tradições helênicas, neoplatônicas, cristãs, cabalistas, herméticas ou egípcias até correntes de toda a Ásia. O autor faz questão de usar vários conhecimentos diversos para ocultar uma única mensagem por parágrafo.

Dessa forma, a leitura se torna completamente nichada. É preciso também um conhecimento profundo de teologia católica. Então autores como Tomás de Aquino, Agostinho de Hipona, Cipriano de Cartago e demais patrísticos e escolásticos também se torna indispensável.

Magistas que já tiveram experiências em ordens iniciáticas também representam uma parcela dos que conseguiriam entender uma parte dessa obra (Não o conteúdo completo, caso se trate de um frater muito fanático.). Também magistas contemplativos, que recebem revelações diretas de guias ou divindades espirituais e são familiarizados com as leis do Cosmos.

Junte todas essas coisas e você tem uma visão levemente arcaica do que seria um mago. Parabéns, encontramos o público-alvo de Eliphás Lévi, sacerdotes esotéricos. Pessoas que dedicam totalmente suas vidas às práticas ocultistas de forma semelhante a padres verdadeiramente devotos.

Distorções

Por alguma razão existem muitas informações erradas jogadas ao léu pela internet. Longe de mim usar um bformativo para expôr minhas opiniões, porém, é fato que se olharmos para todo esse contexto e o compararmos com o esoterismo contemporâneo veremos uma mudança drástica.

Existe uma confusão gritante entre vários criadores de conteúdo sobre um certo tema que tem bagunçado a cabeça de muita gente: o Hermetismo. Ao falar de hermetismo, muitas pessoas associam de forma automática a obra "O Caibalion", escrito por supostos três autores anônimos. O livro apresenta uma filosofia espiritual bastante diferente (senão, nada semelhante) da tradição hermética de Hermes Trismegisto. O conteúdo do livro remonta a ensinamentos com algumas semelhanças com certos conceitos neoplatônicos (porém, com severas alterações, como "o mentalismo") e alguns princípios taoístas (vibração, pólos e afins). Nada de errado, apenas uma corrente mágica e filosófica. O grande problema aqui é que por alguma razão escolheram o mesmo nome de uma tradição esotérica grega bastante antiga e sem nenhuma semelhança ou conexão com os ensinamentos dessa corrente. E isso muitas vezes confunde os leitores da obra de Lévi, os fazendo ler o livro de maneira completamente errada e terem uma leitura muitas vezes improdutiva.

Longe de mim começar uma discussão sobre isso aqui, esse não é o objetivo do blog. A questão é que esse é apenas um dos mais variados exemplos de distorções que a obra-título deste post está enfrentando. Muitas denominações e sendas New Age ou reformadas estão se apropriando desta obra e distorcendo seu conteúdo original (O que é um erro severo. Pois reinterpretar um grimório que remonta ao ocultismo medieval é totalmente desnecessário e contraproducente. Não existe lógica por trás disso senão o bom e velho marketing.), resultando em pessoas cada vez mais confusas e um esoterismo em ruínas.

Baseado nisso, podemos discernir aqui que, caso você não seja um adepto do mesmo sistema de magia e da mesma corrente filosófica de Eliphás Lévi (o Hermetismo Clássico. Que consiste em buscar uma vida ascética de adoração a Deus e elevar seu corpo, intelecto e consciência a um estágio superior para este fim.), essa leitura pode não ser edificante para você.

Há também uma óbvia condenação a práticas de magia, culto e adoração bastante comuns entre as mais diversas correntes mágicas e religiosas modernas, como simpatias ou o simples culto realizado sem a total compreensão de como o mesmo funciona em diversas partes do livro (por essa razão os ensinamentos são divididos entre a magia cerimonial (Ritual) e a configuração mental que adepto deve ter para realizar cada uma delas (Dogma).). Eliphás Lévi argumenta que, ao usar a magia para fins mundanos, você se torna um "feiticeiro", que ele mesmo define como um "pervertedor" das leis universais e caminha para a loucura.

Por essa razão, nota-se uma clara incompatibilidade entre os escritos de Lévi e muitos criadores de conteúdo de esoterismo mundo a fora, que por ̶p̶r̶o̶p̶a̶g̶a̶n̶d̶a̶ alguma razão compartilham este livro como uma espécie de "manual" para quem c̶o̶m̶p̶r̶o̶u̶ ̶o̶s̶ ̶c̶u̶r̶s̶o̶s̶ atingiu um nível mais elevado do ocultismo contemporâneo, que não tem as mesmas crenças e não compartilha da mesma lente filosófica do autor, "elevar seu nível de domínio da vida".

Por que ler este livro?

Apesar de suas divergências com práticas bem comuns e condenações, devemos levar em consideração que Eliphás Lévi em momento algum teve a intenção de difamar ou propagar ódio as linhas de pensamento mítico filosófico do povão ou ao cristianismo (Que é um dos primeiros tópicos a serem debatidos ainda no prólogo do livro.). Eliphás viveu sua linhagem espiritual, teve inúmeras experiências, realizou milagres, estudou a fundo os grandes mistérios e era bastante humilde.

Se você amadurece um pensamento, de forma inevitável você irá criar discordâncias com alguém, pois nem todo mundo pensa igual a você. Várias impressões de Eliphás são advindas de sua própria vivência em relação a magia, e justamente por isso e pela quantidade de ensinamentos registrados no livro esta obra é bastante difundida até os dias de hoje.

Dogma e Ritual da Alta Magia pode ser entendido como um "Evangelho" ("Anunciação das boas-novas") do ocultismo clássico. Pois foi escrito com um único propósito: levar o buscador ao caminho da felicidade.

Por esse motivo a obra se torna incompatível com aqueles que buscam a leitura procurando formas de enriquecer ou adquirir quaisquer outros propósitos na magia que não seja o bem supremo de si e daqueles que você ama, mas infelizmente sabemos que a mensagem de um autor é muitas vezes ignorada aos montes. O resultado disso é a obra de um renomado propagador do conhecimento reconhecido mundialmente no mundo da magia ser vendida como um "grimório universal", que serve para os variados fins, desde enriquecer, se preparar para praticar outras magias e qualquer coisa que não seja o único objetivo do autor.

Como se preparar para ler o livro?

De forma direta: Neoplatonismo, Hermetismo Clássico, Conceitos Gnósticos, Teologia Católica, Gematria, Alfabeto Hebraico, Cabala Hermética (Não a ortodoxa), Teurgia, História do Ocultismo e das Tradições Iniciáticas, Pitágoras, Oráculos Caldeus, Rosacrucianismo, Cornélio Agrippa, G. O. Mebes, Alquimia Espiritual, Cristianismo Esotérico, Astrologia Tradicional (não o horóscopo moderno), Paráclito, Jung, Tradição Egípcia, Bruxaria Medieval, Numerologia...

Provavelmente eu esqueci de citar muita coisa. Mas se eu tivesse deixado de listar todas essas tradições e não tivesse deixado as reticências no final eu não seria honesto. Se você se identifica com Eliphás Lévi e busca entender suas obras você precisa de um vasto currículo esotérico não apenas de conhecimento, mas também de vivência. É um caminho longo e que pode durar décadas, caso você não esteja alinhado com estas correntes desde a sua infância. Pode até ser que você simplesmente não precise ou não tenho motivos para se aproximar desta obra e destes círculos. A Alta Magia é um sistema dentre vários outros que existem. E diferente do que podem ter lhe empurrado internet a fora, tá tudo bem não ler ou não buscar associação alguma com isto.

Todavia, se você sente que este é seu caminho, podemos explorar com mais firmeza sua iniciação pela frente. O caminho da Alta Magia é vasto, e por essa razão exige cautela, discriminação e discernimento para nunca perder a noção de quem você é e o que busca. É um caminho de autoconhecimento e por essa razão muitas vezes se torna solitário pela própria introspecção e dificuldade em pessoas que compartilham dessa corrente em se encontrarem.

A Alta Magia não é necessária para se tornar absolutamente nada além de um sacerdote de Alta Magia. Ela junta vários princípios existentes em diversas culturas, mas não é o estágio mais elevado de nenhuma delas. Tenha isso em mente e busque aquilo que lhe faz feliz e lhe conecta com o seu próximo e lhe leva ter uma vida boa e a praticar ações positivas.

Finalização

Espero que tenham gostado e entendido finalmente se esse livro é ou não para você. Jamais se esqueça que nenhum caminho pode ditar aquilo que você é, senão aquele caminho que já está dentro de você e lhe aproxima de sua própria felicidade. Espero que essa tenha sido uma leitura construtiva. Até a próxima!

(Autoral)

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Interessante blog para divulgar o que de fato é o Dogma e Ritual da Alta Magia

De fato, ele é um livro complexo e cheio de detalhes. Quem não tem conhecimento, simplesmente vai ler e fingir que entende

Infelizmente, por ser famoso principalmente pela imagem criada do Eliphas Levi, muitos iniciantes ou curiosos caem na ladainha de começar no ocultismo ou magia através dele

Obrigado pelo blog bem escrito.

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2 Reply 24 days ago

:triangular_flag_on_post: Preciso que coloque o link direto da fonte abaixo do texto. Caso seja autoral, colocar "fonte: autoral".

Caso seja livro, colocar "livro:nome do livro"

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0 Reply 26 days ago

Oi Pablo! Tenho lido seus blogs, permita-me dizer que são muito bons. Obrigado pelo conteúdo que está trazendo, raro ver coisas tão profundas assim aqui na comunidade. Queria te perguntar uma coisa, se você já leu, qual sua percepção geral acerca do Caibalion? Pode ser pessoal e sincera, gostaria de saber o que você pensa sobre o livro.

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1 Reply 26 days ago

Olá, irmão! Agradeço e fico feliz por estar ajudando no seu desenvolvimento! :pray: 🏻

Em relação ao Caibalion, eu só tenho a declarar que é um livro minimamente estranho, mas não totalmente negativo. O motivo é o fato de o livro se afirmar ser algo diferente daquilo que ele realmente é. Basicamente ele mesmo se vende como uma obra que trás conhecimento da filosofia de Hermes Trismegisto (Hermetismo) e ensina espiritualismo universalista, que não tem nada haver com hermetismo. Creio que seus autores escreveram este livro com o propósito de criar um novo movimento (o que acabou funcionando) e recorreram a esse meio para que suas ideias pudessem ser vendidas. Não é de todo mundo mal, porém, se você ler O Caibalion e não for atrás de pesquisar no que consiste o hermetismo original você irá se embaralhar completamente ao ler obras de autores mais maduros que advém de tradições herméticas. Em suma, é um livro bom, mas a forma que foi construído causa muita confusão. Se você trocar "Hermes Trismegisto" por "Lao Tzu"/"Osho" e "leis herméticas" por "lei da atração" não fará diferença nenhuma na sua leitura. Coisas boas podem sim serem tiradas dele, mas mais deve ser levado ao pé da letra. E é uma escrita com "síndrome de pequeno príncipe", similar a livros de autores como Hegel ou Gerda com coisas vagas demais, ensinamentos genéricos que não devem extrapolar um certo limite mas escrito com palavras complicadas e frases que abrem muita margem para interpretações (geralmente uma desculpa para não concluir a argumentação. Você apresenta uma série de premissas e não fala o que elas querem dizer justamente por seu texto parecer profundo.). Eu particularmente não gosto nem um pouco deste livro justamente pelos motivos citados e não recomendo ele pra ninguém. O motivo principal é o fato de ser uma arma na mão de muitos charlatões que notam o efeito dominó que esse livro causa na mente de seus leitores leigos facilmente impressionáveis e am a recomendar ele e a imitar seu estilo de transmitir mensagens. Creio que sua popularidade antes disso se dê a outro problema que existe nesse livro, que é o fato de simplificar demais a espiritualidade e falar exatamente aquilo que as pessoas querem ouvir, como "tenha fé e você terá as chaves do universo nas suas mãos" ignorando completamente todas as implicações, nuances e o verdadeiro significado que existe em torno disso. Todas essas coisas são observáveis, basta você falar mal do livro ou demonstrar minimamente qualquer discordância acerca dele em qualquer grupo de adeptos da espiritualidade moderna e você verá que formarão uma parede de fogo a sua volta por falar 'tamanhas heresias". É uma situação que já chegou ao nível de fanatismo.

Bom, essa é a minha opinião! Espero que tenha lhe sido útil de alguma forma. Se fosse pra eu lhe dar um conselho, eu lhe diria para você ler depois de ter pesquisado o que é de fato a filosofia de Hermes, justamente para não se confundir depois e aí ter suas próprias impressões!!

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1 Reply 26 days ago
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