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Compreenda o Rap

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Korch??? 01/18/18
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Hi Guys, Espero que estejam… na verdade não espero nada.

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Compreenda o Rap-[BC]Hi Guys, Espero que estejam… na verdade não espero nada. 
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┃✑ O que é Rap

┃✑ Entendendo o Rap

┃✑ Anos 80: auge do Rap e mudanças

┃✑ Movimento Rap no Brasil

┃           SUBCATEGORIAS

┃✑ I. Perseguido eu já nasci, demorô

┃✑ II. Suspeitos Profissionais

┃✑ III. A maioria aqui se parece comigo

┃✑ IV. "Até no lixão nasce flor"

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➠ O que é Rap

A termo RAP significa rhythm and poetry (ritmo e poesia). O RAP nasceu na Jamaica na década de 1960. Este gênero musical foi levado pelos jamaicanos para os Estados Unidos, mais especificamente para os bairros pobres de Nova Iorque, no começo da década de 1970. Jovens de origens negra e espanhola, em busca de uma sonoridade nova, deram um significativo impulso ao RAP.

O rap tem uma batida rápida e acelerada e a letra vem em forma de discurso, muita informação e pouca melodia. Geralmente as letras falam das dificuldades da vida dos habitantes de bairros pobres das grandes cidades. As gírias das gangues destes bairros são muito comuns nas letras de música rap. O cenário rap é acrescido de danças com movimentos rápidos e malabarismos corporais. O break, por exemplo, é um tipo de dança relacionada ao rap. O cenário urbano do rap é formado ainda por um visual repleto de grafites nas paredes das grandes cidades.

No começo da década de 1980, muitos jovens norte-americanos, cansados da disco music,  começaram a mixar músicas, e criar sobre elas, arranjos específicos. As músicas de James Brown, por exemplo, já serviram de base para muitas músicas de rap. O MC (mestre-de-cerimônias) é adjuvante pela integração entre a mixagem e a letra em forma de poesia e protesto. É considerado o marco inicial do movimento rap norte-americano, o lançamento do disco Rapper’s Delight, do grupo Sugarhill Gang.

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➠ Entendendo o Rap

Geralmente, o rap é cantado e tocado por uma dupla composta por um DJ (disc-jóquei), que fica responsável pelos efeitos sonoros e mixagens, e por MCs que se responsabilizam pela letra cantada. Quando o rap possui uma melodia, ganha o nome de hip hop.

Um efeito sonoro muito típico do rap é o scratch (som provocado pelo atrito da agulha do toca-discos  no disco de vinil). Foi o rapper Graand MasterFlash que lançou  o scratch e depois deles, vários scratchings começaram a utilizar o recurso: Ice Cube, Ice T, Run DMC, Public Enemy, Beastie Boys, Tupac Shakur, Queen Latifah, Eminem, Notorious entre outros.

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➠ Anos 80: auge do rap e mudanças

Na década de 1980, o rap sofreu uma mistura com outros estilos musicais, dando origem a novos gêneros, tais como: o acid jazz, o raggamufin (mistura com o reggae) e o dance rap. Com letras marcadas pela violência das ruas e dos guetos, surge o gangsta rap, representado por Snoop Doggy Dogg, LL Cool J,  Sean Puffy, Cypress Hill, Coolio entre outros.

Nas letras do Public Enemy, encontramos mensagens de cunho político e social, denunciando as injustiças e as dificuldades das populações menos favorecidas da sociedade norte-americana. É a música servindo de protesto social e falando a voz do povo mais pobre.

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➠ Movimento Rap no Brasil

O rap surgiu no Brasil em 1986, na cidade de São Paulo. Os primeiros shows de rap eram apresentados no Teatro Mambembe pelo DJ Theo Werneck. Na década de 80,  as pessoas não aceitavam o rap, pois consideravam este estilo musical como sendo algo violento e tipicamente de periferia.

Na década de 1990, o rap ganha as rádios e a indústria fonográfica começa a dar mais atenção ao estilo. Os primeiros rappers a fazerem sucesso foram Thayde e DJ Hum. Logo a seguir começam a surgir novas caras no rap nacional: Racionais MCs, Pavilhão 9, Detentos do Rap, Câmbio Negro, Xis & Dentinho, Planet Hemp e Gabriel, O Pensador.

O rap começava então a ser utilizado e misturado por outros gêneros musicais. O movimento mangue beat, por exemplo, presente na música de Chico Science & Nação Zumbi fez muito bem esta mistura.

Nos dias de hoje o rap está incorporado no cenário musical brasileiro. Venceu os preconceitos e saiu da periferia para ganhar o grande público. Dezenas de cds de rap são lançados anualmente, porém o rap não perdeu sua essência de denunciar as injustiças, vividas pela pobre das periferias das grandes cidades.

A estética e o conteúdo de toda grande obra depende diretamente do seu meio. Salvando raríssimas exceções é o cotidiano que faz o artista. É um lugar comum que uma maioria esquece de adotar na avaliação de qualquer produto relacionado a expressão artística urbana.

O Brasil não é país para iniciantes. Defender o rap sempre foi correr na contramão. Mas é necessário fazê-lo — mesmo assistindo uma fatia considerável do país protestando contra violência enquanto repreende quem tenta mostrar a sua própria leitura do que ela é.

Dê um grito quem nunca ouviu a história de que o “rap é música de bandido”. Uma breve história do movimento pode ajudar a entender como isso surgiu.

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I. Perseguido eu já nasci, demorô

O rap nasceu na rua e cresceu na rua.

Todos os grande nomes do hip hop apontam São Paulo como a cidade-sede do movimento. O ano não é exato, mas o espaço temporal é a década de 1980. “Funk falado” era um dos nomes dado ao rap antes da sua popularização entre os próprios integrantes do movimento hip hop que faziam parte da cena paulista — uma maioria formada por b-boys que procuravam um espaço para dançar.

Galeria 24 de maio, estação São Bento e Praça Roosevelt foram os primeiros pontos de encontro e (tentativa) de expressão de todos os interessados pelo rap.

A expansão, porém, não traz só bons frutos — principalmente para um movimento que precisa ocupar espaços. E é regra de qualquer sistema opressor: só é possível calar quem faz barulho. E com o rap conquistando um público e formando sua própria identidade nacional (graças a nomes como DJ Hum e Thaíde), os DJ’s, b-boys e amantes do movimento avam a sofrer com o preconceito em novas proporções.

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II. Suspeitos profissionais

A repressão não era exatamente uma novidade para quem fazia a correria nesses espaços. Mas raspar o cabelo (ou deixar crescer o black power), usar boné e calça larga ou à transformar qualquer um em suspeito profissional.

Entre as tantas histórias que influenciaram o início do rap no Brasil (o bom público no show do Public Enemy em 1984 e o considerável sucesso de Pepeu, por exemplo), a influência definitiva veio do disco Hip-Hop Cultura de Rua.

Essa coletânea lançada em 1988 foi uma produção de Nasi e André Jung — integrantes do Ira!. Thaíde, MC Jack e DJ Hum foram alguns dos nomes lançados nesse álbum que marcou a geração que crescia no meio do movimento hip hop. Usando bases de sucessos norte-americanos na criação das batidas, as músicas apresentavam o rap para o grande público de forma definitiva

O gênero foi disseminado rapidamente pelas periferias paulistas e a troca de influência foi natural: a música recebeu uma carga de realidade, o cotidiano foi influenciado pelo rap.

Consciência Black vol. 1 foi o segundo grande álbum da história do rap nacional. Essa coletânea mudou a imagem e a posição do rap no país. Duas das oito canções do disco são Tempos Difíceis e Pânico na Zona Sul. Quem assinava as músicas eram, respectivamente, Edi Rock e um grupo chamado Racionais MC’s.

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III. A maioria aqui se parece comigo

Mano Brown, Edi Rock, Ice Blue e DJ KL Jay. O resultado dessa soma é uma revisão (não-intencional) da forma como o rap era feito até o momento. O que o Racionais MC’s fez é, de fato, um espelho do cotidiano de uma maioria.

Ninguém havia tocado o dedo na ferida da forma como foi feito. Não havia crítica relacionada ao racismo e miséria como aconteceu em Holocausto Urbano. Não havia nenhuma imagem tão visual da infância/juventude pobre em São Paulo como em Raio X do Brasil.

Foram as canções Fim de Semana no Parque e Homem na Estrada que elevaram o grupo ao reconhecimento em âmbito nacional.

O que veio depois disso, através do Racionais, é grande demais para um único texto. Em 1997 surgiu uma das obras definitivas da história do rap nacional: Sobrevivendo no Inferno. O disco vendeu aproximadamente 500 mil cópias — graças a clássicos como Fórmula Mágica da Paz, Capítulo 4, Versículo 3 e Diário de um Detento.

Quem ainda não conhece essa última, agora. Não há tópico mais atual. Esse é um dos melhores relatos de conhecimento público sobre o Massacre do Carandiru. O peso na voz de Mano Brown narra no tom certo o que foi um dos maiores absurdos cometidos por autoridades no sistema prisional brasileiro.

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Dois ladrões considerados aram a discutir.

Mas não imaginavam o que estaria por vir.

[…]

Era a brecha que o sistema queria.

Avise o IML, chegou o grande dia.

Depende do sim ou não de um só homem.

Que prefere ser neutro pelo telefone.

Ratatatá, caviar e champanhe.

Fleury foi almoçar, que se foda a minha mãe!

IV. “Até no lixão nasce flor”

A importância de grupos como o Racionais MC’s não é mensurável. O número de jovens vindos de realidades marginais que tiveram suas vidas influenciadas pelo rap não pode ser comparado com a influência de outros gêneros musicais.

Isso não é diminuir as composições com caráter político de 1960, o Tropicalismo no fim dos 60’s e início dos 70’s ou a força do rock nacional de 1980. Mas, diretamente, nenhum desses movimentos fez o que o rap fez.

Foi o rap que deu voz para comunidades periféricas que não eram sequer consideradas até ali; foi também o rap que injetou autoestima em milhares de jovens pobres que não tinham nenhum tipo de representação ou espelho.

A influência do rap é definitiva. Embora ele não influencie todos da mesma forma (o que é ótimo), a força é brutal. Gostaria de conseguir imaginar quantos jovens negros de periferia encontraram identificação e paz de espírito ouvindo Mágico de Oz do Racionais ou No Brooklin de Sabotage.

O rap é o retrato fiel do verdadeiro cotidiano brasileiro.

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