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My ★★★★★ review of War for the Planet of the Apes on Letterboxd

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“Eu não comecei esta guerra. Eu lhes propus paz.”

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War for the Planet of the Apes eleva os efeitos visuais e os dilemas morais-sociais dos outros dois filmes (Rise e Dawn) a um patamar totalmente diferente. Enquanto seus dois antecessores se destacam nos quesitos técnicos, o terceiro filme demonstra ir além, desenvolvendo mensagens sobre guerra, paz e compaixão. Mais um fato que merece destaque é a maneira, exímia, diga-se de agem, pela qual o desenvolvimento de Caesar é concluído, finalizando com maestria um dos personagens e líderes mais emblemáticos da ficção científica. Para entender melhor a magnificência de War for the Planet of the Apes, precisamos revisitar os dois primeiros filmes da trilogia moderna para entender como ele consegue superar as qualidades visuais e textuais mesmo de Dawn, tido por muitos como o melhor dos três.

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A Origem.

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No primeiro filme, a obra estabelece os elementos principais: a relação de Caesar com os humanos, sua origem, como seu desejo de dar uma vida melhor aos macacos surgiu e como, por isso, ele se tornou o líder que conheceríamos nos filmes subsequentes. Além disso, estabelece, de uma forma sutil, a Gripe Símia que eliminaria a humanidade em sequência. A propósito, acho interessante como a forma que o filme estabelece a origem do vírus infectando humanos é muito pequena, nem precisando tirar o foco dos macacos para tal, e isso se torna incrível quando posteriormente sabemos que algo tão "minúsculo" assim se tornou uma grande pandemia, responsável pela diminuição da população humana em Dawn of the Planet of the Apes.

O filme, em geral, é o mais fraco da trilogia — não por ser ruim, ele é ótimo —, mas isso só mostra como a crescente dos filmes é exponencial. A questão é que Rise of the Planet of the Apes não se destaca em subtextos, mesmo que permaneça espetacular em quesitos técnicos de CGI e roteiro. Não que o filme não possua suas mensagens — ética científica e os maus-tratos animais fazem presença —, mas não tem a sutileza dos que viriam em seguida. Essa simplicidade que torna o filme bastante honesto, quase nunca indo além do que vemos; só que isso também é um mérito, dado que o filme abusa da linguagem visual no núcleo dos macacos para tornar mais verossímil (linguagem de sinais, gestos, olhares; podemos entender tudo que eles sentem sem que verbalizem, mesmo os sentimentos mais sutis).

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O Confronto.

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O segundo filme da trilogia captura as críticas morais-sociais (ética científica e maus-tratos animais), representadas de maneira franca no primeiro, e transforma em uma narrativa sobre vingança, ódio e o que esses sentimentos fazem conosco, sejamos humanos ou macacos. Do mesmo modo, também introduz novas críticas além das mensagens: o preconceito e como sempre existirão aqueles que não conseguem superar a própria escuridão (ou perdoar).

Em Dawn of the Planet of the Apes, Caesar ganha uma camada ainda mais profunda quando precisa entender a mente de Koba, macaco apresentado brevemente no primeiro filme, que não consegue superar seu ódio por seres humanos e perde seu senso de empatia com os outros macacos, por isso, Koba toma atitudes extremas, como tentar matar Caesar, para controlar a população símia e levá-la à guerra, sem considerar as perdas do seu próprio povo. Podemos ver ecos desse ódio de Koba, após anos em laboratório sendo torturado por cientistas, quando mata e prende indivíduos da sua própria espécie, governando pelo medo, diferente de Caesar que governava com compaixão, empatia e altruísmo — como podemos ver quando ele evita a guerra a todo custo pois tem ciência das perdas que teria.

Até onde Koba foi por vingança é uma jornada cruel e, ironicamente, humana, porque representa o que o rancor faz conosco, como superá-lo é muito mais difícil do que parece e como ele nos leva a perder camadas importantes do que nos torna bons seres: nos torna totalmente egoístas. A cena final é particularmente interessante, quando Koba mostra que também está disposto a tomar atitudes insinceras só para alcançar seus objetivos ("Macaco não mata macaco"), mas quando Caesar entende isso e responde com a frase que fez muitos surtarem: "Você não é macaco".

O núcleo humano em Dawn ganha uma camada diferente de Rise, mas também reflete sobre temas parecidos: existirão pessoas boas e aquelas que apenas querem cumprir seus objetivos egoístas (monetários no primeiro, carnificina no segundo) e também como uma relação entre humanos e macacos seria possível em outras ocasiões. Essa amizade possível entre as duas espécies, representada tanto em Rise quanto em Dawn, serve para elevar o horror da guerra no terceiro filme.

Outro ponto importante é a resolução final de Caesar nesse segundo filme, mostrando como ele carrega o peso das decisões do seu povo, mesmo que tenham sido decisões falhas. Caesar se mostra um líder que não se esconde e que não tenta justificar os atos errados de Koba no momento em que aceita a guerra; não por querer, pois sabemos que ele a evitava, mas por dever.

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A Guerra.

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War for the Planet of the Apes transforma todos os temas previamente desenvolvidos em Rise e Dawn em uma narrativa que une vingança, guerra, paz, sacrifício e a maneira como podemos ser iguais àqueles que julgamos cegos pelo ódio e fanatismo.

Quando a humanidade se vê quase totalmente eliminada pela Gripe Símia, Caesar aceita a guerra — no final do segundo filme — e agora batalha contra o restante dos humanos para proteger seu povo. Caesar, comivo como sempre, ainda busca a paz com os humanos, tentando consertar os erros do seu antigo soldado, Koba, ao libertar alguns soldados humanos que atacaram uma das bases dos macacos, visando enviar uma mensagem à figura do "Coronel", que conheceríamos no segundo ato.

A princípio, podemos ver como Caesar não se orgulha de ter matado Koba, mas sabe que fora necessário, estabelecendo como ele ainda é assombrado pela figura do macaco vingativo e que isso ainda o corrói por dentro. Quando nosso líder é traído por um dos gorilas do seu povo e uma invasão dos militares resulta na morte de sua esposa e filho mais velho, Caesar entra numa jornada de ódio e vingança, ecoando os atos cegos de Koba no segundo filme.

Pela primeira vez, o líder toma atitudes egoístas, abandonando seu povo que migrava para outra localidade, longe dos humanos, para buscar vingança contra a figura do Coronel. Inicialmente, Caesar deseja ir sozinho, mas Rocket, Maurice e Luca, macacos que o acompanham desde o primeiro filme, recusam-se a deixá-lo, refletindo a lealdade que ele conquistou como líder ao libertar seu povo duas vezes antes — dos humanos em Rise e de Koba em Dawn.

Durante a jornada, o núcleo humano agora ganha uma camada nova que contrasta com os atos horrendos cometidos pela humanidade na guerra. Somos apresentados a Nova, uma garota gentil infectada pela nova variante da Gripe Símia (que a impede de falar) e como a compaixão de Maurice por ela a salvou de um destino cruel nas mãos dos próprios humanos, que começaram a eliminar àqueles infectados com a versão evoluída do vírus — representando como alguns de nós, humanos, tomariam atitudes drásticas em tempos de crise, algo trabalhado durante todo o filme.

A caminhada em busca de vingança é carregada pelo fantasma de Koba, que o assombra e o faz questionar como, no fim, não é tão diferente dele, e que basta existir a faísca inicial para acender a chama do rancor e da vingança. Autodestrutivo, de certo, Caesar percebe o peso dos seus atos egoístas quando alcança a base do Coronel e descobre aque seu povo foi capturado, escravizado e submetido à tortura. A partir disso, um dilema sobre compaixão é realizado diretamente e indiretamente com a figura do Coronel, com Caesar precisando se reerguer após ver seu povo submetido a uma situação tão cruel.

Assumindo seu papel como o líder que é, Caesar se reergue e enfrenta o general para conseguir alimento e água para seu povo, que corria o risco de morrer graças à desidratação e à fome, mostrando como se culpa por aquilo. Outro ponto que reflete a culpa de Caesar é quando a figura de Koba o assombra novamente, dizendo como todos vão morrer e, mesmo que não seja dito diretamente, entendemos que o macaco líder se culpa por isso. Resgatando a figura de Koba e a transformando em contraste direto com o próprio Caesar, este personagem ganha camadas ainda mais fortes de humanidade (ou macacoidade), o transformando não só num grande líder, mas numa figura complexa de várias dimensões, com suas falhas e erros.

Os três filmes ganham uma dimensão totalmente diferente quando o que reergue Caesar é o ato comivo de Nova, que o alimenta e dá água, junto dos outros macacos, que mostram apoio e lealdade ao seu líder em um simbólico ato de todos simbolizando "macaco junto, forte" — uma representação que Caesar faz desde o primeiro filme.

Caesar não começou a guerra, mas ele a termina. Não em um ato de violência, mas com compaixão. Ele liberta seu povo, mas ainda não é o suficiente para libertá-lo do ódio. Ele busca terminar o que queria: matar o general, mas, aqui, ganhamos uma perspectiva mais profunda ainda sobre os temas de compaixão e ódio. O Coronel, antes retratado de maneira unilateral como um mero antagonista fanático e traumatizado, é infectado pela variante do vírus e fica mudo. Quando Caesar o encontra, tenta apertar o gatilho, mas algo o impede. No final, Coronel não era uma figura tão monstruosa, a boneca de pano deixada por Nova na jaula de Caesar é suficiente para levá-lo a uma profunda depressão ao lembrar de seu filho, aquele que precisou matar porque acreditava proteger a humanidade matando os infectados. Diante disso, sem nem mesmo poder falar, entendemos como o Coronel quer morrer, mas o grande líder não aperta o gatilho. No fim, eles não eram tão diferentes, ambos haviam perdido seus filhos e tinham se perdido em ódio e no desejo de vingança. Nenhum deles poderia falar sobre compaixão antes — até que Caesar quebra isso quando não se rende a esse desejo e deixa que o antagonista escolha seu próprio destino em uma das cenas mais marcantes da trilogia.

O sacrifício final de Caesar não é movido por ódio pela humanidade, mas por compaixão pelos seus iguais. Ele destrói a base dos humanos para salvar seu povo, mas ele ainda sente o peso disso, que vem metaforicamente e literalmente como uma avalanche. Ele termina a guerra iniciada pelo ódio de Koba com seu amor pelo seu povo, os guiando para uma nova casa em que não precisariam mais de toda aquela carnificina.

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Conclusão.

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Eu adoro como a jornada do Caesar é bem desenvolvida em vários segmentos definidos por cada filme, como ele se transforma em um líder que não é simplesmente bom, mas bi, tri, quadridimensal. Ele é, de certo modo, mais humano do que algumas das pessoas apresentadas durante a franquia. Algo que particularmente gosto é como ele se cega por um ato ruim da humanidade, esquecendo do quão boas algumas pessoas podem ser, mas recobra a fé graças a Nova no terceiro filme e até mesmo naquele retratado como monstro: o Coronel. Assim, o filme vai além da honestidade de Rise e da jornada dualista sobre ódio e perdão em Dawn, transmutando-se em uma jornada épica, trágica e que nos ensina como todos esses sentimentos vivem dentro de nós, bastando uma pequena brasa para iniciar o incêndio.

A trilogia é planejada de maneira exímia, plantando sementes para os acontecimentos seguintes desde o primeiro filme, utilizando todos os temas desenvolvidos em cada filme e expandindo no próximo, fechando todas as pontas soltas com uma qualidade técnica crescente nos efeitos visuais e dando início, meio e fim à jornada pessoal de um dos líderes mais bem construídos e multifacetados da ficção científica. Com suas mensagens que quebram os limiares entre as espécies, a jornada de Planet of the Apes é não só uma história de ficção científica, mas sim sobre o que nos torna humanos, sobre a guerra e como a paz é, muitas vezes, uma possibilidade que ignoramos pela raiva, pelo preconceito ou pelo desespero que nos cega.

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É uma das minhas trilogia preferidas! E juro, como esses filmes conseguiram reviver uma sequência que estava totalmente perdida e catastrófica? A atuação do Andy como Caesar é surreal, o CGI do filme (tirando o primeiro) não envelheceu nem um pouco mal. Bizarro saber que aquilo nn é um macaco de vdd. Adorei o blog!! Parabéns!!

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0 Reply 1 day ago

Rapaz, tava revendo os filmes e só de ver o blog tive que comentar KKKK Que triologia maravilhosa em vários aspectos, recomendável demais 🤧 :heart:

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0 Reply 1 day ago

Responder para: ⠀⠀⠀six show && amai⠀⠀⠀

Poxa, em comparação achei mais leve mesmo, acho que por eu ter os personagens anteriores e tão marcantes na mente ainda. Só espero que não estraguem o que vier :pray:

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