𝐀 𝐭𝐨𝐫𝐦𝐞𝐧𝐭𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚...

ᴍɪɴʜᴀ ᴀʟᴍᴀ ᴇ ᴇᴜ ρт. 02

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Após um dia de muito trabalho e acontecimentos cansativos, chego em casa e após um banho que almejo desde que entrei, planejo descansar para aguentar o próximo dia.

Deito minha cabeça no travesseiro, esperando que o cansaço me pegue e embale em um sono profundo sem sonhos... Mal imaginava que estava longe de ser verdade, em meio ao silêncio da madrugada eu sinto que algo esta em minha casa, quando de repente ouço os ao longe, o barulho tão familiar de saltos de grife tocando o chão a cada ada, é ela, não resta dúvida de que ela está de volta.

Com o coração acelerado e o corpo tenso, percebo que a visita inesperada não é algo que eu possa ignorar. Os os, agora mais próximos, ecoam pelo corredor em direção ao meu quarto. A escuridão da noite parece mais densa do que nunca, tornando cada som ainda mais perturbador.

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Lentamente, viro-me na direção da porta, tentando discernir qualquer movimento na penumbra. E lá, em meio à escuridão, vejo um vulto feminino de longos cabelos escuros e um vestido impecável. É ela, a mulher que partiu, mas que nunca realmente saiu dos meus pensamentos.

Ela se aproxima da beira da cama, com um sorriso misterioso e olhos que parecem conter segredos insondáveis. Não há palavras entre nós, apenas o entendimento de que algo mudou desde a sua partida. O que ela quer? Por que voltou?

Em vez de revelar uma figura enigmática, ela se torna uma presença sombria que se deleita em minha insegurança e medo. Seus olhos são agora janelas para minha alma, e ela conhece todos os meus defeitos, cada fraqueza e insegurança que eu tentei esconder.

Em silêncio, ela começa a sussurrar todas as minhas falhas, ecoando meus pensamentos mais sombrios. Sinto-me paralisada enquanto ela revela as profundezas dos meus medos mais profundos. A noite se desenrola como um pesadelo, onde não há escapatória e nenhum refúgio para minha própria mente atormentada.

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Nesta escuridão perturbadora, enfrento um monstro que conhece minha alma tão bem quanto eu. Sua volta não é um reencontro, mas uma revelação de todos os meus demônios internos que eu tentei em vão manter escondidos. Ela é o eco das minhas inseguranças, uma presença aterrorizante que me assombra até o amanhecer.

À medida que ela se aproxima de mim na escuridão, começo a perceber a verdade perturbadora. Os traços de seu rosto se transformam, distorcidos e desfigurados, até que finalmente reconheço o monstro diante de mim. Não é ela; sou eu. Minha própria sombra, uma manifestação retorcida de minhas inseguranças, emerge para me atormentar.

Cada palavra cruel sussurrada, cada visão horrível que ela compartilha, é uma representação sombria das minhas próprias dúvidas e medos. Neste pesadelo sombrio, confronto a realidade de que tenho sido meu pior inimigo, projetando minhas fraquezas de forma monstruosa.

Ela é a sombra que me perturba, uma criatura que anseia me ver sofrer, porque ela é a manifestação de minha autocrítica e autodesprezo. Neste encontro aterrorizante, devo lutar contra o monstro que eu mesma criei, enfrentando meus demônios internos para encontrar uma maneira de superar essa sombria autoimagem.

Continua...

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