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:milky_way: | Introdução | :milky_way:
Em um vilarejo escondido entre montanhas enevoadas, onde as estrelas pareciam dançar mais perto da terra, viviam dois jovens: Lívia, a filha do ferreiro, com olhos que guardavam o brilho do amanhecer, e Theo, um viajante errante que carregava nos ombros o peso de um segredo. A história deles não era feita de promessas fáceis, mas de olhares roubados e silêncios que diziam mais do que palavras.
:dizzy: | O Encontro | :dizzy:
Lívia trabalhava na forja, moldando o ferro com mãos firmes, mas seu coração sonhava com o além. Theo apareceu numa noite fria, com um violino surrado e uma história que ninguém conhecia. Ele tocava melodias que faziam o vilarejo parar, e Lívia, pela primeira vez, sentiu o mundo desacelerar.
— Você já pensou em fugir? — perguntou ele, os olhos fixos nas estrelas.
— Para onde? — respondeu ela, o coração acelerado.
— Para um lugar onde o céu nos deixe ser livres.
Os dois começaram a se encontrar às escondidas, na clareira onde o riacho refletia a lua. Lívia contava histórias do vilarejo; Theo, lendas de terras distantes. Mas havia algo que ele não dizia: uma maldição o prendia. Ele era um viajante eterno, condenado por um pacto antigo a nunca permanecer em um lugar por mais de um ciclo lunar. Se ficasse, a morte o reclamaria.
🌙 | O Amor Proibido | 🌙
O amor cresceu como uma chama impossível de apagar. Eles trocavam bilhetes escondidos em troncos de árvores, dançavam sob o luar, e cada toque era uma promessa que desafiava o destino. Lívia sabia que Theo escondia algo, mas o amor a cegava.
— Fique comigo — implorou ela numa noite, as mãos entrelaçadas.
Theo apenas sorriu, triste. — Não posso, Lívia. O céu não me deixa.
O vilarejo começou a desconfiar. O pai de Lívia, um homem rígido, proibiu-a de ver o forasteiro. Mas o coração não obedece a ordens, e os encontros continuaram, cada vez mais desesperados, cada vez mais intensos.
:sparkles: | O Fim Inevitável | :sparkles:
O último ciclo lunar chegou. Theo revelou a verdade a Lívia, com lágrimas que refletiam as estrelas. — Se eu ficar, morrerei. Se partir, levarei metade do seu coração.
Lívia, com a coragem que só o amor dá, segurou o rosto dele. — Então me deixe ir com você.
Mas a maldição não permitia. Theo tinha que partir sozinho, ou o destino dela também seria selado.
Na última noite, eles subiram a montanha mais alta do vilarejo. Theo tocou sua melodia mais triste no violino, e Lívia chorou, prometendo que o encontraria em outra vida, em outro céu. Quando o amanhecer chegou, Theo desapareceu com o vento, deixando para trás apenas uma estrela cadente que cruzou o horizonte.
:star2: | O Final Emocionante | :star2:
Anos se aram, e Lívia nunca se casou. Ela se tornou a contadora de histórias do vilarejo, falando de um amor que desafiou o céu. Todas as noites, ela subia a montanha e olhava as estrelas, como se procurasse Theo entre elas.
Numa noite especial, quando uma chuva de meteoros cruzou o céu, Lívia sentiu um vazio se desfazer. Ela fechou os olhos, e uma brisa suave trouxe o som distante de um violino. No alto, duas estrelas brilhavam mais forte, tão próximas que pareciam se tocar.
Lívia sorriu, com lágrimas escorrendo. — Até as estrelas que não se tocam encontram um jeito de brilhar juntas.
E, naquela noite, o vilarejo jurou ter ouvido uma melodia que não explicava, como se o céu, por um instante, tivesse cedido ao amor.
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