Hades & Caronte - Dante & Arqueiro

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Hades & Caronte

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Arqueiro

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ando por testes

Não me vi honrar os mestres

Perdi até as vestes

Sinto que é equivocado

Todo o peso de um lado

Seguidos pelo estado

Ou mesmo seguindo quem tá do lado

Mas não o nem reo

O retrato da falta de tempo e o excesso de espaço

Dante

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Olhe ao redor esse mundo é uma troca

Pra espécie pensante a mente é uma toca

Cada um escolhe um lado pra focar

Enquanto tento não morrer e ficar

No fone um som pra eu ar

Com palavras que vão me guiar

Talvez eu possa me elevar

Na voz de quem eu insisto em levar

Rumo a tudo que posso alcançar

Arqueiro

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Então volta, retorna e rebobina

Descobri que a poesia, não a de uma sina

Perdi a cena, lembrei do mar na calmaria

Mais amena, pessoas oram por mim, é pura pena

Relembra do sistema, que vai raspando

No meu tema, perdi o foco, perdi meu padrão

E como se eu ligasse, gira mundão

Dante

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Minha poesia é meu darma

Minha calma

Me reconcilia com a vida pra não pular

Tenta ver o lado de cá

Usam

Dicas que param seu tentar

Se o objetivo é avançar

Pensa em quem pode escapar

Dessa fábrica de androides biológicos

Seguindo propósitos ilógicos

Diferentes de si mesmos

Iguais aos modelos

Não preciso nem vê-los

Já capto a essência na voz

Capaz de enxergar o início do após

Arqueiro

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Falando em Darma, lembrei do Karma

E do sorriso, que me desarma

Então desperta, e se deserta

Eu vou pra festa

É o que me resta

Já chega dessa

Tão tão na testa

Não me testa

E só me trata, não me maltrata

Fala comigo, mal chega e vaza

Deixou sequela, a falta dela

Dante me corta, e me ajuda

Que minha letra

Ta igual Sutura

Dante

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Já mandei esquecer as festas

Somos furtos

E frutos de um surto

Mestres da auto tortura

Achei a solução pra sutura

Que me mantem tão desmotivado

Hoje em dia durmo com o bloco do lado

Então nunca tô desarmado

Corpo e mente desarrumados

Concebido por jovens despreocupados

Moldado por idolos não idolatrados

Então lembra dos espíritos que te destacam na multidão

Que a alma de quem te faz é o que faz canção

Arqueiro

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Não, não vai preciso de algo a mais

Convivendo com fatos irreais, alucino

Com a loucura dos meus pais, sentidos

Principais não são mais

Eu ando afastando pessoas do meu campo

E depois me lamentando

Tô chorando no meu canto

Perdido no meio agora tenho dois caminhos

Eu perdi meu receio e depois acabei sozinho

Dante

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No canto escuro que fui me esconder

Seu canto impuro te dará poder

Dinheiro sujo lhe trará prazer

Te ordeno, faça valer

E ao meu ver

Fazemos tudo pra crer

Que isso muda com o saber

Mas tu já devia saber

Que não se trata da vida mudar

Mas sim quanto cê vai ar

Arqueiro

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ar? Já não basta aguentar?

Querem decidir até o que vou rimar

Controlar, censurar

Minha faísca vão riscar

E me apagar

Vão queimar meu caminho

E o meu rumo querem tomar depois me largar sozinho

E derrubar aquele ninho

Sou arinho

Que aprende a rimar quase sozinho

Empurrãozinho

Eu vou voar

Dante//

Já aguentei mais do que posso falar

Já viram demais eu me desequilibrar

Agora diga se já viu minha voz cessar

Me encontro no meio dos espelhos

Já tive meus olhos vermelhos pensando que isso ia ajudar

Meus olhos de Hades já se permitiram chorar

Ah se alguém me ouvisse na noite em que escrevi submundo

Teriam conhecido meu eu mais profundo

Perséfone de volta ao monte

E eu me equilibrando na barca de caronte

Te comandam então seja parte do afronte

Vão tentar te calar

Planejam te caçar

Já deu pra entender

Não podem prever o poder que reside em você

Arqueiro

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Descobri que sou Caronte

Eu te encontrei mas não sei onde

De baixo do Olimpo há só aquele monte

Caronte carente escondendo o que sente

Nem mesmo a pintura mostra o que é realmente

E na minha barca cansado de levar gente

Vou levando a gente

Ao inferno mais recente

A essência tá na alma e reflete na nossa mente

Dante

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Ainda sinto o peso do ego que eu tentei matar

Tá querendo pular então vai

Na beira do precipício cê retrai

Perante aos deuses se trai

Me faça o favor de ver o auto retrato

Da janela pro céu é só um salto

Assim como da janela pro asfalto

Arqueiro

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Da sacada contemplando o asfalto

Me seguro, te assusto quase como num assalto

Recebo salva de palmas

Já tô salvo

Recebo cota de almas

Tô cansado

Nem sempre do vilão é o que se trata

Já que o herói também já portou a faca

Servo se mata

Letra retrata

O vazio da carcaça

Sempre abstrata

Olhos de Hokusai dentro da lata

Então se mata

Não se maltrata

Mas lembra daquele ódio e reafirma

Então se livra joga na pista e deixa um carro atropelar, ar por cima

Dante

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Conflito que evito

Convido a mim mesmo e assisto

Aflito com o ódio na vida

Cuido do que vem de lá

Cuide do que vem de cá

Nesse mundo não vou encontrar o que procuro

Mas se você pudesse enxergar a cor do futuro

Não ia ter tanto medo do escuro

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#Caronte

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