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Carta Aberta | V1

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[I]Olá, caro leitor, 
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Olá, caro leitor,

Essa carta aberta tem um objetivo fundamental, ser um ambiente seguro e calmo de discussões interpessoais. Portanto, nada aqui é a verdade em sua essência. Não levem as conclusões ou pensamentos como uma realidade total, e sim um pensamento levantando questões gerais.

Olá! sou o Caio, ou Fukui/Erich, como me conhecem no Amino. Provavelmente não me conheça, mas de algum modo o título, a imagem de capa ou outra coisa atraiu sua atenção a este texto. Venho através desta escrita expor um questionamento social que estou tendo. Tinha pensado francamente em deixar esse texto em formato de uma narrativa verossímil, mas acredito que muitos elementos iam atrapalhar a leitura e seu entendimento.

Essa carta é um possível manifesto, que venho pensando seriamente, mas está aberta a indagações, questionamentos e críticas, desde que feitas com coerência, é claro. Sinto que as minhas indagações possam ser sentidas por outros, ou realmente são invenções de minha cabeça. Bem, somente a percussão irá me dar a resposta sobre isso.

Solicito formalmente que usem o espaço dos comentários para expor seus pensamentos. Essa carta é uma coletânea de atos, em que eu exponho pensamentos antropológicos e sociológicos da nossa sociedade. Deixarei as referências bibliográficas no final, para que possam se aprofundar mais. Isto não é um artigo, é uma produção pseudocientífica com minha opinião. Não levem o que fora escrito como verdade ou fato fruto de pesquisa empírica e científica.

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Prefácio

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Este texto foi organizado de uma forma diferente. Cada ato é uma linha de pensamento independente. Como eu disse no começo, essa carta é um manifesto. E, por ser um manifesto, não tem caráter algum de ser totalmente conclusivo. A conclusão real deve ser feita por cada leitor, ou, como eu desejo, ser feita pelos comentários. 3 assuntos serão apresentados aqui. Eles possuem clara conexão, mas não irei ficar dissecando-os. Pelo contrário, quero que os meus leitores façam isso e reflitam sobre. Se o meu ideal falhar, farei uma nova versão deste produto posteriormente. Mas, tenho plena convicção que isso irá ser eficiente no seu propósito. Além do mais, desejo boa leitura a você, meu caro leitor!

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Ato I: Uma Nova perspectiva

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A primeira coisa que venho questionar é: O que os dispositivos eletrônicos estão fazendo com nossa sociedade?

Podemos começar essa discussão por vários lados, mas prefiro começar pelos resultados práticos do uso dos dispositivos eletrônicos. Afinal, todos que estão lendo isso estão usando algum tipo de dispositivo eletrônico. Se não, a internet movida por mandioca e o celular de batata são reais. Poderia sair usando dezenas de artigos, teses e dissertações, mas o texto ficaria de difícil entendimento para muitos que são muito novos, ou ainda não possuem entendimento acadêmico. Deste Modo, prezei por usar o mínimo possível, todavia se eu pretendo manter um certo nível de embasamento, preciso usar alguns textos para embasar aquilo que digo. Isso fica ainda mais claro quando levamos em consideração que irá envolver assuntos de saúde e ciência, o que a meu ver não podem ser expostos com as fontes de vozes da minha cabeça.

Levando isso em consideração gostaria de começar falando sobre os efeitos práticos do uso de dispositivos eletrônicos na saúde, que muitos devem saber, mas continuam usando para entretenimento, manter contato com algum amigo ou ente familiar, desaguar nossas frustrações, algum outro motivo pessoal ou de trabalho/estudos. É evidente em diversos estudos que o uso de dispositivos eletrônicos durante um determinado período gera desconfortos oculares, sentimos isto. A seguinte citação explícita muito bem:

              Além disso, o estudo de Mataftsi et al.

               (2023) investigou o desconforto ocular

               em jovens usuários de telas digitais,

               conhecido como "digital eye strain".

               Eles realizaram uma revisão

               sistemática para avaliar os sintomas

               oculares relatados por jovens que

               usam dispositivos eletrônicos por

               longos períodos. Os resultados

               destacaram a prevalência significativa

               de sintomas oculares, como fadiga

               ocular, olhos secos e irritação, entre os

               jovens usuários de telas digitais,

               sugerindo a necessidade de

               intervenções para mitigar esses

               efeitos adversos. (Santos et al., 2023)

Além das irritações e desconfortos, os autores evidenciam que doenças podem ser geradas pela exposição excessivo, como é o caso da “digital eye strain”, que gera uma série de sintomas como: Visão embaçada ou dupla; aumento da sensibilidade a luz; dor no pescoço, ombros ou costas; olhos secos; dores de cabeça e entre outros sintomas. O estudo conta com muitos outros estudos norteadores sobre essas discussões, incluindo de uma possível correlação entre a geração de miopia em crianças devido ao uso excessivo de dispositivos eletrônicos, que é discutido profundamente dentro do texto. Recomendo fortemente a leitura deste texto para o melhor entendimento do assunto, e concomitantemente com uma compreensão mais profunda sobre nossa relação com estes dispositivos e seus efeitos.

Além do efeito claro sobre nossa saúde ocular e de postura, sinto constantemente que muitas pessoas que usam dispositivos eletrônicos apresentam um problema sério de ansiedade, mas isso nos leva a um outro ponto, o ponto psicológico. E a principal entidade causadora desses problemas de ansiedade é as redes sociais, que geram uma séria de reações em nosso corpo, sendo em um ponto boas e em outros prejudiciais. O artigo de Keles et al. (2020) apresenta uma série de conceitos essenciais para esse debate, ao colocar que

              A mídia social pode ser considerada

               uma "espada de dois gumes". Estudos

               mostram os benefícios de permitir que

               as pessoas expressem seus

               pensamentos e sentimentos e

               recebam apoio social (Deters & Mehl,

               2013; Lenhart et al., 2015; Lilley, Ball e

               Vernon, 2014; O'Keeffe e

               Clarke-Pearson, 2011; Rosen, 2011). A

               pesquisa também indicou uma ligação

               entre o uso da mídia social e

               problemas psicológicos. Uma revisão

               sistemática de 11 estudos medindo o

               uso da mídia social e sintomas

               depressivos em crianças e

               adolescentes mostrou uma relação

               pequena, mas estatisticamente

               significativa (McCrae, Gettings e

               Purssell, 2017). Uma meta-análise de

               23 estudos mostrou correlação entre

               uso problemático do Facebook e

               sofrimento psicológico em

               adolescentes e jovens adultos (Marino,

               Gini, Vieno e Spada, 2018). (Kele et al,.

               2020)

De fato, a presença das mídias sociais e da internet trouxeram muitos benefícios para nossa sociedade atual, mas acredito que tudo isso veio com um preço, o vício. Nós, seres humanos estamos em um processo de desenvolvimentismo e avanços científicos-tecnológicos extremamente rápido. Só de pensar que em um ado não tão distante se demorava dias para descer a serra em direção a Santos, e hoje você faz em 3 horas já demonstra o quanto estamos evoluindo em proporções jamais vistas. Mas, se pararmos para pensar, todo esse “progresso” veio recheado de consequências, que só estamos avaliando-as recentemente. Realmente, é uma maravilha poder me comunicar com um amigo que mora em Santos-SP, outro que mora em Vitória-ES e até aqueles que moram em outros países, como um amigo que tenho em Montréal, Canadá. Contudo, posso lembrar os dias que meus olhos ferviam, os problemas sérios de atenção que tive ou até mesmo o vazio que senti em alguns momentos, como muitos aqui já tiveram, eu acredito.

Isso chega em um ponto que gosto de sempre frisar em discussões que tenho, tudo depende de quanto você o usa. Se você tomar um energético uma vez a cada 3 meses, nenhum resultado de curto, médio e longo prazo vai ter. Todavia, se for aquele tipo de pessoa que toma energético, especificamente Monster, que nem água, certamente seu coração vai começar a demonstrar falhas significativas em um período não tão longo. Isso vale para tudo, até água. Não posso ser ingênuo e apenas dizer: “é só parar e se controlar que você não vai ter problemas”, estaria mentindo para você e a mim mesmo. Não é um processo fácil e rápido ter autocontrole ou capacidade de calibrar seus impulsos, se fosse, não teríamos pessoas presas a vícios, de quaisquer que sejam as fontes.

Acredito que isso é um processo complexo, e que realmente nos afunda em uma areia movediça complicada de sair, mas que se tivermos uma ajuda extra vai ser mais fácil ainda de sair. Por isso esse blog existe. Por isso estou escrevendo esse texto ao invés de estar apreciando a praia nas férias. Ser uma mão, para ajudar aqueles que mais precisam, e não me refiro apenas a problemas com vício. Esse texto se refere a tudo, comecei falando dos dispositivos eletrônicos, pois é um assunto que gosto muito de retratar. Mas, quero que isso se amplifique para todos os cantos possíveis, como a água no Minecraft.

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Ato II: Uma conversa

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Sinto que muitas pessoas estão se aprofundando em um vazio, esse vazio está recheado do completo nada. Já senti algumas vezes, você está fazendo alguma coisa no celular e então começa a pensar “Nossa, podia estar fazendo algo produtivo, ao invés de ficar vendo como fazer uma casa no meio do mato”, realmente, seria muito mais produtivo estar fazendo algum hobby do que ficar atolado no loop infinito do TikTok ou Reels, mas realmente seria “produtivo”?

Estamos em uma sociedade do trabalho, que como muitos pesquisadores avaliam, é uma sociedade do trabalho, sem trabalho. É fato que a sociedade do trabalho está em uma crise sem precedentes, tanto que é fácil você notar que muitos estão prezando a qualidade de vida do que o trabalho extensivo visando crescer financeiramente. O professor de Sociologia do IFCH da UNICAMP (Silva, 1995), em seu artigo “A crise da sociedade do trabalho em debate” retrata um ponto muito importante de André Gorz, que usa expressão "revolução microeletrônica" para descrever esse conjunto de transformações tecnológicas:

              "A revolução microeletrônica inaugura

               a era de abolição do trabalho. E essa

               era deve ser compreendida num duplo

               sentido: a) a quantidade de trabalho

               necessário decresce rapidamente até

               se tornar marginal na maior parte das

               produções materiais e das atividades

               de organização; b) o trabalho não

               implica mais um face-a-face do

               trabalhador com a matéria. A

               transformação desta não resulta de

               uma atividade imediata completa e

               soberana". (Gorz, 1983)

“A revolução microeletrônica” que ele se refere são todos os novos componentes gerados para diminuir o tamanho dos dispositivos, “miniaturizando os componentes” e melhorando a integração dos dispositivos eletrônicos. Essa revolução, para Gorz, é a grande revolução que vem inaugurando o fim da era de abolição de trabalho, que realmente estamos sentido atualmente. Isso fica ainda mais claro quando os debates da escala 4x3 surgem na Alemanha, e depois no Brasil. A produtividade que disse anteriormente realmente é a solução para nossos problemas? Já digo desde já, não.

Muitos fatores se unem e formam o preenchimento daquele vazio, para uns é o amor por Deus, usando de sua fé para preencher aquele vazio. Para outros é ter uma vida de sucesso, conseguir um bom emprego ou criar a própria empresa, conseguir formar uma família e gerar indivíduos com seu DNA. Todos os motivos são válidos e justos, mas o meu ponto não é esse. O meu ponto é: “O que os todos possuem em comum?”. Você pode desenvolver várias suposições, mas o que fica claro para mim é uma coisa muito simples. Todas as pessoas que preencheram o vazio, encontraram algo para ar seu tempo e que realmente gostassem. Essas pessoas cavaram profundamente até achar aquilo que a fizesse bem e é realmente isso que importa, se sentir bem e feliz com o que você tem.

Mas isso é realmente a solução? Encontrar algo que possa ar teu tempo e realmente goste? Sim e não, depende. Ter hobbies, uma vida ativa, alimentação saudável, uma boa relação com amigos e familiares, fé em alguma religião (ou não) e sonhos são pontos essenciais para mim, e isso que garante que eu não esteja preso em meu vazio, mas realmente não é apenas isso. Para mim, o mais importante é você estar bem consigo mesmo, compreender e entender profundamente seu “eu” interior e saber lidar com todos os problemas. Isto, claramente é a minha visão e o método que desenvolvi para fugir deste vazio. Contudo, você que irá se estudar e compreender qual é o método para suprir seu vazio. E advinha, sabe quais são as duas melhores alternativas para descobrir esse método? Conversar com outras pessoas ou reflexão pessoal, que se amplia principalmente para meditação.

E no final deste ato que irei unir tudo que disse aqui, pois nada foi dito sem alguma intenção. Os dispositivos eletrônicos possuem vários benefícios, como fora explicado anteriormente, isto é fato. Todavia, é necessário entender que ele também apresenta diversos pontos prejudiciais, e um deles que quero falar neste final, a exclusão da realidade. Muitas pessoas acabam se afundando intrinsecamente dentro da vida virtual, e acabam esquecendo que existe um universo quase infinito ao nosso redor, e que ele está recheado de milhões de coisas para fazer. E sabe o que o uso excessivo do celular e dessas mídias sociais fazem conosco? Exatamente, nos afastam drasticamente dessa realidade. Não existe muitos estudos ainda dessa complicação, mas diversos cientistas já estão pesquisando e tentando entender essa realidade paralela que existe.

Enquanto a ciência ainda tenta entender, podemos estabelecer uma série de pontos e linhas interessantes. Primeiro, as pessoas no mundo virtual se sentem muito mais confortáveis e seguras em expressar e opinar aquilo que sentem ou pensam. Isso se deve principalmente a facilidade que se têm para expor aquilo que pensa ou sente e não ser julgado ao vivo pelas pessoas. Além disto, as pessoas não estão cara a cara, observando e entendendo todas as reações e expressões das pessoas com quem está conversando. Em outras palavras, não existe um obstáculo em sua frente dificultando expressar aquilo que sente. Existe apenas e unicamente um dispositivo com tela de led e informações à sua frente, nada mais.

Segundo ponto, a vida virtual pode ser facilmente manipulável. Podemos com certa facilidade manipular a vida que mostramos a outras pessoas, alterando fotos, vídeos e nossos reais pensamentos para aparentar uma vida boa e tranquila. E é algo que vem trazendo problemas significativos para diversos influencers, principalmente de Instagram, que acabam ganhando fama em uma vida em que não vivem (não generalizando, por favor). Acredito que existam outros pontos importantes a serem comentados, mas não são o foco desta carta. Acredito que exista um outro grande ponto final que gostaria de debater. Isso ficará visível no Ato III: O Polimento, Gosto e Fato.

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Ato III: O Polimento, Gosto e Fato

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A sociedade atual visa muito a busca pelo perfeito. O perfeito para cada um é relativo, mas em geral se refere a aquilo livre de imperfeições. Mas, o que seria a imperfeição que me refiro? Podemos entrar em diversas áreas. No mundo da estética humana, o “homem” ideal seria a pele lisa, preferencialmente macia; corpo ausente ou com pouca pelagem; Músculos bem definidos, mas não muito exagerado; os dentes brancos, ausentes de sujeiras ou tonalidades diferentes do branco; cabelo bem cortado e alinhado e entre outras questões. Quando se tratamos da “mulher” ideal não se foge muito disto, a pele lisa; corpo sem nenhum pelo; sobrancelhas bem-feitas; cintura larga; seios e glúteos bem-postos; não ter muito músculo; rosto fino; lábios grandes e entre outras características.

O que se pode observar que o que é considerado perfeito e belo, é aquilo ausente de imperfeições. Que apresente uma superfície lisa e polida, sem deformações, vazios ou qualquer tipo de asperidade ou rugosidade. Isso não se refere apenas a estética humana, se refere a tudo em nossa sociedade contemporânea. Os celulares buscam ser superfícies polidas e limpas, agradáveis para o nosso tato. A própria arte busca ser cada vez mais polida, limpa e sem rugosidades. Só observamos os movimentos artísticos, em especial o digital. Onde notamos a ausência de imperfeições nos desenhos, diferente daqueles que são feitos sobre tinta a óleo.

O polido e o liso é algo extremamente presente no texto “Salvação do Belo” de Byung-Chul Han. Trouxe uma pequena citação para complementar do que estava falando:

              Hoje, o próprio belo acaba por ser

               amaciado quando se lhe retira toda a

               negatividade, toda a forma de

               comoção e de vulneração. O belo

               esgota-se no Gosto. A estetização

               revela-se uma “anestetização”. Seda a

               percepção. (...). Hoje, a experiência do

               belo torna-se impossível. Onde o

               agrado abre caminho e se impõe,

               juntamente com o Gosto, a experiência,

               que não é possível sem negatividade,

               fica paralisada. (HAN, Byung-Chul,

               2019)

Neste trecho também se fala sobre algo muito importante. O belo se torna impossível de se experenciar, pois ele se torna condicionável ao Gosto. A opinião se torna objeto de validação inviolável. Isso é extremamente notável em redes sociais como o X (antigo Twitter). Onde cada pessoa apresenta sua opinião, e a introduz como de caráter factual e incondicional. Ou seja, a opinião dada é a verdade absoluta, e aquilo que é contrário é incoerente. Por exemplo, todos conhecem o ator americano Timothée Chalamet. Para uma pessoa ele é o exemplo da beleza masculina contemporânea. Mas, para outra pessoa, ele não representa a beleza masculina contemporânea. Qual estaria certo? Bom, os dois. Pois, a beleza, assim como a arte, é relativa aos olhos de quem a vê. Todavia, o que se observa entre as pessoas, em especial usuários de redes sociais, é uma tentativa sem fim de autoafirmar o seu Gosto. E o Gosto, como é referenciado neste texto e no do Byung-Chul Han, se refere a opinião, a aquilo que lhe agrada.

O que podemos observar, é que o Gosto na nossa sociedade tem se tornado o Fato. Com poderes claros sobre os Fatos de outras pessoas. O que acaba, infelizmente, gerando uma guerra de interesses sem fim. Onde a opinião de um é maior que a opinião do outro, se espalhando como uma avalanche. Não sou o dono da verdade para falar quem está certo ou errado. Muito menos para dizer que isso é algo imaturo. Mas, tenho plena convicção que esses debates estão degradando a nossa união. Não como país, mas como espécie. A divisão retarda o avanço, e não me refiro ao progresso, pois ele é relativo. Me refiro ao avanço para a paz, a equidade e o respeito. A nossa sociedade deve se reler, aprender novamente sobre si. Buscar se conhecer internamente melhor e saber se calibrar. Acredito que com isso seja possível uma melhora significativa.

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Ato IV: Fim do Horizonte

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Espero que esses 3 atos tenham gerado uma reflexão profunda para cada um que lê esse texto. Os comentários deste blog estão abertos para a opinião de cada um. Não tem problema discordar do que eu disse, isso é saudável. Só espero que seu comentário não esteja preenchido de ódio, pois ele não irá ser sustentável para essa conversa. Desde já agradeço por sua atenção. Espero que tenham conseguido refletir um pouco sobre o seu “eu” e a nossa sociedade. Tenha um bom dia, e que a paz atinja os seus corações.

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Referencial Bibliográfico

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DA SILVA, Josué Pereira. A crise da sociedade do trabalho em debate. Lua nova: cultura e política, 1995.

Gorz, André. Métamorphoses du Travail. Paris, Editions Galilée, 1988;

HAN, Byung-Chul. A salvação do belo. Petrópolis: Vozes, 2019.

KANT, I. Crítica da razão prática. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

Keles, B., McCrae, N., & Grealish, A. (2020). A systematic review: The influence of social media on depression, anxiety, and psychological distress in adolescents. International Journal of Adolescence and Youth, 25(1), 79–93. https://doi.org/10.1080/02673843.2019.1590851. o em: 3 jan. 2025.

SANTOS, L. H. C. dos .; PIRES, L. D. P. S. .; LIMA, M. J. de C. .; BEZZERA, I. B.; MACÊDO, A. M. F. .; DIAS, A. J. G. de M. e .; RIBEIRO, L. C.; SANTOS, I. G. de M. .; ALMEIDA JUNIOR, N. A. de .; ANDRADE, P. F. B. de .; SANTOS, I. L. dos . Effects of prolonged use of electronic devices on the ocular health of children and adolescents: A narrative review. Research, Society and Development, [S. l.], v. 13, n. 5, p. e11013545859, 2024. DOI: 10.33448/rsd-v13i5.45859. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/45859. o em: 3 jan. 2025.

A foto da capa e estética do texto são autoria do autor, ficam se reservados todos os direitos.

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