A Umbanda está Morta? (Reflexão)

Olá, queridos e queridas.

Alguns de vocês já devem saber minha trajetória de trabalhos durante minha vida, mas não vou me aprofundar sobre o que já trabalhei e deixei de trabalhar, mas sim o que está para acontecer (Novamente).

Para quem não sabe, esse ano completou 12 anos que comecei a trabalhar na Umbanda.

E sinceramente, o amor e a caridade pelo meu ponto de vista não existe mais, a tão amada Umbanda deixou suas raízes e virou comércio, títulos e orgulho para pessoas que tem cargo em terreiros e hoje na minha visão, deixou de ser uma pr !ática de amor e caridade.

Não posso falar sobre isso de todas as casas, mas a maioria sim, deixou sua essência, e trabalhando a 12 anos na umbanda, eu nunca cresci financeiramente ou espiritualmente.

Tudo que conheço e aprendi sobre o a religião foi por estudo próprio. Cursos de teologia, livros e até mesmo e-book.

Mas aí vocês vão me perguntar; Mas Exú, por que está dizendo isso?

Vou deixar dois tópicos aqui pelos motivos que não acredo na maioria das casas de umbanda hoje em dia.

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O Amor que a Umbanda prega:

O mais engraçado desse tópico, acho que quem trabalha ou já trabalhou na Umbanda, já percebeu que os próprios filhos e irmãos da casa falam pelas costas de um dos outros, e até mesmo tem inveja de entidades ou médiuns que trabalham de maneira excepcional na Umbanda, independente da linha, um médium que trabalha bem, sempre será alvo de línguas e olho gordo, e não só dos irmãos da casa, mas até mesmo os pais e mães de santo dentro do terreiro.

Sim, já presenciei e já ei por diversas vezes por essa situação.

Como sempre digo, Orixá não é signo, e entidade trabalha do mesmo jeito que aquela entidade ou egregora que vocês chamam de falange trabalham igual, cada alma é uma alma, trazem sim características da falange, mas se vocês acham que recebem o própria entidade, o primeiro de toda falange, prefiro não citar isso para não ser ofensivo.

Então se não existe amor dentro do terreiro entre os irmãos da casa, quem dirá haverá amor ao próximo?

Segundo tópico:

Todo mundo sabe que a Umbanda diz praticar a caridade, sim, todos podem praticar a caridade. Mas a caridade tem um custo, um valor, e sempre sairá do Bolso de alguém.

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Porque questiono isso?

Muitas casas tem mensalidade, os valores depende de cada casa, e tem mesmo casas que não aceitam valor nenhum e somente que o médium leve o que sua entidade for usar para trabalho.

Mas sabe aquele médium que começa a trabalhar, seus caminhos são abertos, e quando estão lá no alto deixam de pagar a mensalidade ou ao menos comparecem nas giras?

Ou quando comparecem na gira, sempre é na esquerda?

Eu costumo dizer que esses médiuns que só aparecem na gira da esquerda devem pensar que a esquerda é política e só falta o Exú e a Pombagira fazer aquele sinal que não vou mencionar para não quebrar as diretrizes da comunidade e fazer algum tipo de apologia.

Fora os médiuns que acham que as entidades tem vícios.

Levam um marafo, uma cartela, olha lá o champanhe das moças e quando a entidade chega bebe até o que dos outros cavalos que levaram. Isso sempre sai do bolso de alguém.

É como sempre eu digo:

Não tire da sua boca para alimentar outra boca que um dia lhe faltará.

A caridade tem um preço, amigo.

E a maioria das vezes sai dos filhos da casa que realmente querem trabalhar ou até mesmo do Pai ou Mãe de Santo por irresponsabilidade de outros filhos da casa.

Então sim, sou de acordo que a umbanda tem de pedir mensalidade para que os cavalos (pessoas) trabalhem dentro do terreiro e se desenvolvam.

Porque ninguém sabe o custo que tem e as obrigações que são feitas antes de se iniciar uma gira.

Então sim, a caridade tem um preço, e normalmente sai do bolso de alguém e de vários.

Finalizando esses dois tópicos, vamos direto para a questão de eu voltar a trabalhar na umbanda.

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Para quem não sabe sou médium de Clariaudiência, e sendo Maria Padilha das Almas a minha guia chefe, o buraco é muito mais embaixo.

Só quem tem a mediunidade de Clariaudiência sabe o que é viver o inferno dentro do próprio Ori (Cabeça)

E se você não sabe o que é Clariaudiência, no mínimo deveria estudar os tipos de mediunidades.

Porque estou citando isso sobre a minha mediunidade? Sabe o que é pisar num terreiro, e ouvir a voz de uma entidade pedir ajuda e proteger a casa, e dar seu nome sem nem ao menos saber que que a casa leva o nome dessa mesma entidade? Ou seja, a entidade chefe da casa me pediu ajuda para proteger a casa.

E eu nunca vou negar ajuda a alma nenhuma, independente se for chefe da casa ou algum espírito que procura ser socorrido, e nem mesmo aos quiumbas e espíritos obsessores que até mesmo esses precisam de ajuda.

Você que está lendo esse blog deve pensar, esse cara é maluco.

Não me importa se me acham de doido, maluco, arrogante, eu não me importo. Eu não vivo a banda dentro de terreiros, eu vivo o plano físico e os outros planos o tempo todo. Minha caridade é meu coração, meu amor é por Padilha, mãe e minha noiva e claro, minha mãe de Santo, e as pessoas que me conhecem e me adoram.

Sempre me perguntam; Gustavo, onde é seu terreiro?

Minha resposta sempre é que meu terreiro é na rua, na encruzilhada, na mata, ao meio dia, a meia noite, na calunga, no plano físico e no umbral.

Porque aceitei essa missão? Por conta da mãe da casa, que é uma senhora de fé e muito conhecimento, que mesmo como mãe de Santo, apanha muito da vida, e sem mencionar os obsessores.

E quando digo obsessores, não estou falando de almas desencarnadas não.

Como diz o Mestre Israel da casa do Clã:

Os maiores obsessores são os encarnados.

Porque do título? É uma pergunta que faço a vocês!

A Umbanda está Morta?

Blog autoral.