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ㅤ ㅤㅤ 𝆛𝆛𑁍 𖽶
ㅤㅤㅤㅤㅤ ㅤ Cap
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٬ㅤ▇▇ ୧ ꭐ𝖾ᥣ𝖼ɔꭑɘ ୨ ▇▇ㅤ٫
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ㅤㅤㅤㅤ ㅤ᥀ㅤᦼ̸̲͠ᥝ̱͡ᥝ𝅄 ꕑ̨.ㅤ 𝐈𝐧𝐭𝐫𝐨.𝐝𝐮𝐜̧𝐚̃𝐨 ㅤ.ㅤ𖤩ㅤ,

Há histórias que não apenas contam algo elas nos atravessam. Não por serem épicas, mas por serem humanas. The Last of Us Part II não é apenas sobre zumbis, violência ou sobrevivência. É sobre perdas que não se curam, feridas que o tempo não apaga, escolhas que redefinem o que somos. Ellie não é uma heroína no sentido tradicional. Ela é espelho, ferida exposta, alguém que tentou seguir em frente costurando os pedaços, mas descobriu que alguns cortes jamais cicatrizam. Este blog não é apenas sobre ela. É sobre mim. É sobre você. É sobre todos que já carregaram o peso de continuar quando tudo dentro gritava para parar.
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ㅤㅤㅤㅤ ㅤ᥀ㅤᦼ̸̲͠ᥝ̱͡ᥝ𝅄 ꕑ̨. Reflexão inspirada no final de The Last of Us II.ㅤ𖤩ㅤ,

Esses dias eu estava revendo o final de The Last of Us Part II, aquela conversa entre o Joel e a Ellie. Uma conversa simples, quase ageira, pois acontece já no final do jogo, quando tudo já foi vivido, quando todas as dores já se revelaram. E, mesmo assim, me tocou profundamente.
A Ellie diz:
“Minha vida teria algum valor... e você tirou isso de mim.”
Essa frase curta me pegou de jeito. Não sei o que você está ando hoje, mas todos nós buscamos um propósito. Às vezes no trabalho, nos estudos, em fazer o bem ou simplesmente em ser alguém melhor. E o que mais nos dói é não saber onde encontrar esse propósito. Alguns acreditam que o propósito está em alcançar sucesso e estabilidade. Outros creem que está na fé, em levar luz a outras pessoas. E há quem, como Ellie, encontre propósito até mesmo na morte. Quando ela descobre que Joel escolheu salvá-la em vez de permitir que sua morte salvasse a humanidade, ela sente que seu propósito foi arrancado. Mas propósito não é algo que se encontra pronto é algo que se descobre ou se cria. É algo que vive dentro da gente, mesmo quando a gente não percebe. Vivemos em um mundo imediatista, onde tudo tem que acontecer rápido: sucesso, independência, conquistas. E nessa corrida, é fácil se sentir perdido. A verdade é que a felicidade, o sentido... não estão lá fora. Eles sempre estiveram dentro de nós. Mas somos ensinados a provar nosso valor através de conquistas materiais casa, carro, status. E, nisso, esquecemos de olhar para nós mesmos. Ellie se prendeu tanto à ideia de que deveria morrer para salvar o mundo, que esqueceu de viver. Não estou dizendo que a vida dela vale mais que a do mundo todo, mas o que ela esqueceu foi que o valor da vida está em quem a vive. Joel tirou a chance de muitos, é verdade. Mas deu a ela a dádiva mais rara de todas: a chance de seguir viva e descobrir o próprio caminho. O resto... caberia apenas a ela.
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ㅤㅤㅤㅤ ㅤ᥀ㅤᦼ̸̲͠ᥝ̱͡ᥝ𝅄 ꕑ̨. Ellie cresceu em um mundo devastado.ㅤ𖤩ㅤ,

Num mundo consumido pelo silêncio da ruína, Ellie aprendeu a sobreviver antes mesmo de entender o que era viver. A infância lhe foi negada, os sonhos foram enterrados junto com os que amava. Cada o em frente era um adeus não dito, uma memória arranhada pelas perdas. O que restou não foi coragem foi a dor moldando seus contornos. Ela não se tornou forte... apenas resistente o suficiente para continuar quebrando, dia após dia.
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ㅤㅤㅤㅤ ㅤ᥀ㅤᦼ̸̲͠ᥝ̱͡ᥝ𝅄 ꕑ̨. Cada perda deixou marcas.ㅤ𖤩ㅤ,

A cada perda, uma cicatriz. A cada despedida, um vazio novo. A esperança que antes acendia pequenas luzes no escuro foi sendo corroída até se transformar em medo medo de amar, medo de confiar, medo de perder de novo. O que era amor virou obsessão, e o que antes era proteção virou uma armadura feita de culpa e desespero. Ellie já não sabia mais onde terminava sua dor e começava seu instinto de vingança.
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ㅤㅤㅤㅤ ㅤ᥀ㅤᦼ̸̲͠ᥝ̱͡ᥝ𝅄 ꕑ̨. Ellie não lutava apenas contra o mundo.ㅤ𖤩ㅤ,

O verdadeiro inimigo não eram os infectados ou os que cruzavam seu caminho... era ela mesma. Carregava nas costas o peso de ter sobrevivido, como se viver fosse uma dívida impagável. Culpava-se por respirar quando tantos já não podiam. E essa culpa era a faísca que alimentava sua sede de vingança. Não por justiça mas por um senso de equilíbrio que o mundo nunca mais poderia oferecer.
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ㅤㅤㅤㅤ ㅤ᥀ㅤᦼ̸̲͠ᥝ̱͡ᥝ𝅄 ꕑ̨. A vingança prometia redenção.ㅤ𖤩ㅤ,

A promessa da vingança era sedutora: fazer com que tudo fizesse sentido, colocar fim ao caos interno com sangue alheio. Mas no final, Ellie descobriu que não há alívio na destruição. Cada ato de violência apenas a despedaçava mais. Nenhuma dor imposta ao outro trazia o que se foi. Nenhuma vida tirada preenchia os buracos deixados pelas vidas perdidas. E assim, ela se tornou parte da mesma escuridão que jurou combater.
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ㅤㅤㅤㅤ ㅤ᥀ㅤᦼ̸̲͠ᥝ̱͡ᥝ𝅄 ꕑ̨. Quantas vezes você insistiu na dor?ㅤ𖤩ㅤ,

Quantas vezes você já insistiu na dor como se fosse uma ponte para seguir em frente? Como se sentir tudo intensamente fosse a única forma de não esquecer? Ellie tentou encontrar sentido na guerra que travava dentro de si... mas algumas batalhas não têm vencedores, só cicatrizes. E talvez, apenas talvez, o verdadeiro caminho não seja vencer mas aprender a existir mesmo quando os pedaços não se encaixam mais.
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ㅤㅤㅤㅤ ㅤ᥀ㅤᦼ̸̲͠ᥝ̱͡ᥝ𝅄 ꕑ̨.ㅤ 𝐅𝐢𝐧𝐚.𝐥𝐢𝐳𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 ㅤ.ㅤ𖤩ㅤ,

Talvez viver seja isso: carregar as ausências, dançar com a dor, encontrar pequenas luzes nos dias nublados. A Ellie seguiu, mesmo ferida, mesmo incompleta e talvez esse seja o maior ato de coragem de todos. Nem sempre há respostas. Nem sempre haverá redenção. Mas enquanto estivermos aqui, respirando, ainda há tempo de criar novos significados. E se tudo parecer perdido… lembre-se: alguns pedaços não voltam mesmo, mas a gente pode aprender a viver com o que restou.
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Comments (4)
:sob: :sob: :sob: :sob: :sob:
cmc jgr hoje e já quero esfolar a abby
Que blog é esse :pensive: :heart:
"O maior medo da Ellie era ficar sozinha… e talvez o nosso também. No fundo, todos queremos alguém que segure nossa mão quando o mundo lá fora desmorona."