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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⚠️ Alerta de gatilho: alusão a violência doméstica contra a mulher.

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[UC] —   ·  𝐓𝗋α𝗂ᑯⱺ𝗋 ᑯ𝖾 𝐒𝖾υ 𝐒α𐓣𝗀υ𝖾.   🩸
 Ao longo das explorações vikings, inúmeros territórios

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—   · 𝐓𝗋α𝗂ᑯⱺ𝗋 ᑯ𝖾 𝐒𝖾υ 𝐒α𐓣𝗀υ𝖾.   🩸

Ao longo das explorações vikings, inúmeros territórios foram deflorados pela força daqueles bizarros exércitos que vinham do mar. Machados, sæx e tatuagens rúnicas, carregando tanto significado que todos — sem exceção — pareciam irmãos filhos da mesma mãe. Mais do que parceiros na guerra, os vikings eram família.

Mas não eram todos os possuidores das exatas mesmas ambições. Rollo era uma alma jovem na época em que invadira Paris ao lado do irmão de sangue e de seus irmãos-de-escudo. Naquele período pensaram eles estarem conectados às mensagens dos deuses, buscando o domínio dos mais fracos e do deus falso juntos, sem que o complô com os de fora fosse uma opção. Mas Rollo não queria mais simplesmente dominar ou viver a margem de seu irmão, Håkon, o rei do povo com quem lutava. Ele, como qualquer homem, almejava pelo poder mais do que era capaz de descrever em palavras. Queria fazer parte de algo maior, representar o seu povo e ser visto com benevolência e grandiosidade.

Incapaz de superar Håkon, encontrou grandeza na traição. Rollo não se demorou para juntar-se aos ses em Paris. Depois de tantos saques e domínios, um acordo enfim fez sentido para ele: ajudar estrategicamente e em campo o exército, em troca de terras, o título de conde e da mão de uma das filhas do rei. Eleonora Villeneuve-Moreau era ainda jovem e bonita demais, uma pretendente de valor inegável, e para além do título... Rollo sempre quis uma esposa para que pudesse, enfim, superar o amor que tinha pela mulher de seu irmão.

Ajoelhou-se, não apenas diante do rei, mas da figura de seu falso deus, sendo batizado como um deles. Ao virar as costas para os deuses nórdicos e ao próprio povo, Rollo conquistou a vitória da França sob os vikings, tornando-se nobre e se casando com Eleonora. Mas seus irmãos não deixaram este fato caído no esquecimento. Carregando a fúria de gigantes, eles usaram o sangue que fervia em suas bocas e o peso do luto pela morte de centenas dos seus, como combustível para a vingança. Juntaram-se em um grupo de antigos necromantes, donos de histórias e conhecimento sobre uma muito ancestral maldição criada antes mesmo da existência de seus avós: Maledictus.

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 Ao longo das explorações vikings, inúmeros territórios

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—   · 𝐀 𝐕ⱺƶ ᑯⱺ𝗌 𝐓𝗋αíᑯⱺ𝗌.    :star:

A maldição feita não era um simples feitiço ou pacto que poderia ser quebrado com arrependimento ou dor. As marcas deixadas eram eternas, seladas por um ritual abaixo da mão justiceira dos deuses. Oraram por Loki como nunca antes — e os outros deuses, famintos, se inclinaram para assistir; sacrificando homens e crianças em busca do sangue manchado e inocente, em busca da desgraça que queriam gerar ao traidor. A Lua de Sangue brilhou a favor deles, criando um selo inquebrável, uma condenação esculpida nos ossos e fibras da linhagem de Rollo. Não amaldiçoaram seu nome, sua fortuna, sua honra; amaldiçoaram a sua natureza.

A partir dali, a linhagem de Rollo estava eternamente ligada a figura de uma figura indomável e selvagem, cada vez maior e mais faminta com o ar dos anos. Não era feita de escamas ou pelos, mas de penas, como bem souberam quando a primeira a se transformar foi a filha do casal. Chamaram-na Colette, comemorando a influência de Rollo sobre a vitória sa. Colette nasceu com fome, transformando-se na harpia com marcas amaldiçoadas ao longo de seu couro cinzento; não só na infância, mas na vida toda. Harpias eram vingança, o peso das escolhas feitas e a tempestade punitiva dos deuses, nada mais perfeito. O povo não desconfiou, o rei nunca soube, e Colette não foi a última harpia a nascer. Não houve cura ou fuga, apesar de todo o esforço de Rollo. Assim, seguiu-se a Maldição dos Villeneuve-Moreau que, em algum momento, tornaram-se apenas "Moreau".

Algumas gerações fugiram da maldição. Outras foram consumidas, pelo ódio da caça às bruxas ou pela própria natureza. Como Colette, os Moreau em algum momento deixavam de ser homens, e se tornavam somente harpias gigantescas, de mais de dois metros, capazes de carregar homens e mulheres como simples presas. Houve fuga, houve consumo, mas nunca, em hipótese alguma, trégua. Esse laço sangrento chegou, em algum momento, a Penélope Moreau.

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 Ao longo das explorações vikings, inúmeros territórios

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—   · 𝐂𝗂𝖼ᥣⱺ ᑯ𝖾 𝐕𝗂ⱺᥣê𐓣𝖼𝗂α.    :triangular_flag_on_post:

Penélope foi filha de uma maledictus que vinhera antes dela. Sua mãe se transformava naquela grande harpia, e sempre tivera medo de ter filhos. Queria que a linhagem amaldiçoada de sua família acabasse consigo, assim como séculos de opressão e silêncio, pelo medo ou pela pressão de se encaixar naquilo que era esperado de centenas de bruxas. Mas não se conteve ao apaixonar-se. O homem era nascido-trouxa, implorou para ter uma filha, mesmo sabendo que ela talvez vinhesse com a maldição da mãe.

A criança nasceu, forte, grande, carregando em si as marcas que todas as outras antes dela também carregaram: penugem sobre as orelhas, pupilas estreitas e marcas negras ao longo da pele, como o padrão dos pelos de uma águia. Se transformou cedo, antes mesmo de aprender a falar. E por algum tempo, Penélope foi tratada como uma bruxa comum, não pelo pai, mas pela mãe. O pai não a olhava com bons olhos, tampouco falava com ela, o que piorou quando a mãe enfim se libertou da forma humana e voou, para sempre, para longe. Penélope aprendeu a crescer na margem da sociedade, escondendo quem e o que era de toda forma possível. Sua forma de escapar de um pai violento e misógino foi por meio de mais violência, mais misoginia. Mas não foi assim no começo.

Fugiu para a Itália, onde conheceu Ettore Mancini, homem e trouxa, ausente de magia. Se apaixonaram ao longo dos dias em que aram juntos, ela morando na estalagem dos pais dele, dormindo no quarto acima do de Mancini. As noites quentes da Itália eram para nadar e ficar com os amigos de Ettore, quando Penélope se sentia viva e inteira sob tanto amor, aquele amor que nunca tinha sentido. Eram flores todos os dias, buques vermelhos e chocolate com formato de coração; o café da manhã era gratuito na estalagem; os pais elogiavam seus cabelos ruivos e olhos verdes como a grama mais clara. Ela amava, era seduzida pela ideia de se casar e prender Ettore Mancini para sempre! Foi isso que fez, no final das contas, ao voltar para a França. Seu pai aprovou o casório, desesperado para livrar-se da responsabilidade por Penélope. A mulher teve com ele três filhos, mais três portadores da maldição: Remi, o mais velho; Olívia, sua gêmea; e Dante, o mais novo.

Mas depois de contar a sua verdadeira natureza (na primeira inevitável transformação da menina Olívia), a violência começou. Penélope não escapava de Ettore nunca, nem de suas palavras, nem de seus empurrões, apertos e ameaças constantes de violência física e exposição. Ela tinha medo do ódio que vinha além dele, não ava a ideia de que todos os seus filhos seriam criados a partir do medo. Mas se sentia incapaz — financeiramente e pela pouca idade — de criar três crianças, então se foi, sozinha.

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 Ao longo das explorações vikings, inúmeros territórios

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—   · 𝐋𝗂ᑲ𝖾𝗋𝗍αçãⱺ. 𝐒𝗂ꭑ! É ⱺ 𝖿𝗂ꭑ..    🗡

Mais uma vez, Olívia cresceu com um pai violento. Por vezes, sua mãe vinha, iva às agressões que presenciava. Mas não eram contra todos, não contra Remi ou Dante. Ele não os odiava por serem monstros, mas sempre ressaltava como ela era nojenta e deplorável por existir, por aquela aquela coisa faminta por carne. Batia sempre que se transformava. E não era apenas a violência com a sua "espécie", mas com o fato de ser bruxa, com o fato de ser mulher. Dante era o seu preferido, por não ser bruxo e tampouco amaldiçoado.

No começo, Dante era fofo. Era um bebê, que muitas vezes quem cuidava era a menina. Odiava quando chorava e não queria dormir durante a noite, não reclamava... Entendia a necessidade do bebê. Mas quando ele fez idade o suficiente para compreender que, naquela casa, a hierarquia o favorecia perante a irmã, se tornou mais um ser de opressão ali dentro. A mandava calar a boca, como o pai fazia; às vezes a beliscava quando não queria que brincasse com seus brinquedos, como o pai fazia; frequentemente também ria quando fazia algo de errado ou se feria, como o pai fazia. Mas Olívia não aguentava mais, e quem poderia culpá-la? Aquilo precisava acabar.

Lâminas e pele humana nunca se deram muito bem. Foi com uma faca e o pescoço de seu irmãozinho, que tudo acabou. Seu pai descobriu, tarde demais para que a vida do menininho não fosse ceifada. Ele não a quis mais, dispensando para que fosse viver com a mãe e o outro irmão. Não era perfeito, mas lá Olívia tinha Remi, e Remi tinha Olívia. Eles não eram mais Moreau, mas a maldição ainda estava lá... E ficaria, até o fim dos tempos.

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