⎯⎯ㅤㅤ𝐇 𝖀 𝐍 𝐓 𝐄 𝐑

#Koshiki

𝑂 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑗𝑜 𝑒́ 𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠𝑢𝑟𝑎́𝑣𝑒𝑙, 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑖𝑛𝑡𝑖𝑣𝑜,

𝓮 𝓷𝓸 𝓯𝓲𝓷𝓪𝓵, 𝓹𝓮𝓻𝓶𝓪𝓷𝓮𝓬𝓮𝓻𝓪𝓲𝓼 𝓬𝓸𝓶𝓲𝓰𝓸.

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·⠀⠀ʏ ᴏ ᴜ ' ʀ ᴇㅤᴛ ᴇ ʟ ʟ ɪ ɴ ɢㅤʏ ᴏ ᴜ ʀㅤ" ʙ ʟ ᴇ s s ᴇ ᴅ "ㅤ·

𝒂𝒏𝒅 𝑰 𝒂𝒍𝒘𝒂𝒚𝒔 𝒌𝒏𝒐𝒘 𝒕𝒉𝒆 𝒕𝒓𝒖𝒆

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ𝂅 Começar por onde acabou foi o que me significou como "humano" — falho, porém humano. Outrora, desejei imensamente entender-te por inteiro, e não somente os fragmentos que deixaste cair pelo caminho — aqueles que, para ti, não fariam falta — e completaste tudo o que faltava em mim.

Minhas mãos encontram-se agora repletas de feridas, das quais negas ser o motivo pelo qual hei de sangrar. Olhar-te além do mórbido castanho das tuas orbes, que apenas me permitiam vislumbrar — dizem-me, em sussurros árduos: "sois mais do que apenas um em um milhão, e jamais poderias viver sem isto." Serás como o verme em tua derme: consumirei-te, devorarei-te por completo, levando de ti tudo o que antes não te faria falta, e agora perceberás que vives neste ciclo de redenção e consumação.

Procurarás... e não encontrarás. Desejarás... mas não sonharás com aquela que agora é o ar que respiras. Alimentei-te à obsessão, com este veneno podre, vindo de uma alma alva.

Prometeste-nos. Tu foste minha luz — e agora, amo-te mesmo distante, nas sombras. Moldaste-me à tua maneira, fizeste-me teu reflexo, e espelhei em ti tudo o que mais doía. Eternizou-se ali um laço que seria eternamente memorável, com nós mal de atados, onde me prendeste firmemente com a corda escarlate que somente o reflexo da alma pode ver — e eu fiquei. Mantive-me em cárcere, e tornaste-te minha liberdade.

Prometeste-me devassas, levaste-me ao êxtase com tua ignorância. E, despida de luz, mastiguei-te dentro de mim, como quem agora implora por mais. Crava os teus dentes em minha sensível epiderme, e torna-me tua. Unicamente tua. Simplesmente porque é assim que é — e porque é assim que deve ser.

Não me tornaste incapaz de voltar ao jardim onde te levei sem precisar de permissão do céu. Tomaste-me para ti de forma bruta — e não senti medo disso.

Terei-te dentro de mim como uma maldição que adentrou as veias e correu sedenta pelo sangue — sujo, repleto de hábitos ruins. Senti isto cegamente enquanto me apunhalavas e me colocavas novamente sob meus joelhos, fazendo-me implorar por castidade.

Agora, não há mais necessidade de buscar entender. Pertencemo-nos no que nos torna o que somos hoje — e lembrarás disso. Buscar-me-ás em outros lírios, em outros mares rasos que também buscarão o que há de mais profundo em ti — e novamente me encontrarás. Pois tornamo-nos mais do que um só. Fundimo-nos além do ouro em derme frágil, além das gotículas de água salgada que cairão sobre o solo frio — agora quente, eternamente marcado.

Lembrarás de minha alma manchada, e da tua alma — agora clara. Nada verás senão o delírio de uma lembrança rasa, mas que levarás contigo e da qual não poderás se desfazer. Pois já não podes deixar a ti mesmo. Odiarás o que vês — e eu continuarei a te mostrar o que há de melhor em mim: aquilo que chamo de lealdade.