A história de como conheci sua mãe.

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#PicoléSellers

#UwUOverdose

#BoraBill

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𝗧𝗲𝗱 𝗠𝗼𝘀𝗯𝘆: Eventualmente, com o tempo, nos tornamos nossos próprios sósias. Sabe, essas pessoas completamente diferentes que por acaso se parecem com a gente.

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𝐈 𝐍 𝐓 𝐑 𝐎 𝐃 𝐔 𝐂̧ 𝐀̃ 𝐎

A história de como conheci sua mãe.-⠀ ⠀⠀⠀⠀ ⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀ ⠀⠀⠀⠀ ⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀ ⠀⠀⠀⠀ ⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀ ⠀⠀⠀⠀ ⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀ ⠀⠀⠀⠀ ⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀ ⠀⠀

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É nostálgico lembrar da era de ouro dos Youtubers de Minecraft lá em 2015; tantas séries machinimas movidas por personalidades emergentes que até hoje cativam novas crianças — algumas não mais, infelizmente. Dentre as séries mais marcantes do período, uma das minhas favoritas da infância foi "Namorada Perfeita", do AuthenticGames, principalmente pela sua estrutura narrativa me deixava ansioso não pelo final, mas sim pela jornada. Crianças, o que o pequeno Six de 10 anos atrás não sabia era que "Namorada Perfeita" era baseado em outra série: "How I Met Your Mother", um sitcom de 9 temporadas sobre como Ted Mosby conheceu a mãe de seus filhos. Aqui, a mesma estrutura que nos cativa pela jornada e não pelo resultado aparece: desde o começo sabemos que o protagonista consegue encontrar o amor da sua vida e ter filhos com ela, porque a série é narrada justamente da perspectiva de um pai contando a história de sua vida para seus filhos, mas o que nos interessa é como, quando, o porquê e principalmente tudo que ele precisou aprender para chegar até ali, em sua sala de estar com seus dois filhos contando todas as suas memórias. Neste conteúdo, vocês serão minhas crianças, e eu o pai contador de histórias.

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𝗖𝗼𝗺𝗼 𝗲𝘂 𝗰𝗼𝗻𝗵𝗲𝗰𝗶 𝘀𝘂𝗮 𝗺𝗮̃𝗲.

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Então vocês, leitores, me perguntam: "Nossa, Six, como a história de um pai contando para os filhos como conheceu a mãe demora 9 temporadas?" E a questão é que nem eu sei. No momento em que escrevo este blogue, ainda me encontro em meados da sexta temporada, mas não me contive em mesmo assim escrever um pouco sobre como essa série me pegou, pois, como eu disse: o que importa nela não é o final, mas sim a caminhada e as lições aprendidas. A princípio, confesso que não gostei do sitcom, não por achar sem graça, mas simplesmente porque o protagonista, Ted Mosby, me irritava com seu jeito desesperado por um amor. No entanto, a partir da segunda temporada, as coisas ficam mais óbvias: as histórias DEVEM soar vergonhosas e narrar acontecimentos estúpidos, pois os erros cometidos pelo protagonista foram os grandes responsáveis para torná-lo naquele homem que seus filhos conhecem e, consequentemente, casar-se com a mãe deles. Forjado pelos erros da experiência, ele conta a seus filhos sua história na esperança de que aprendam as mesmas lições valiosas sem que em pelas mesmas dores.

A história é obviamente contada através de um tom cômico na maior parte do tempo, mas não perde seu brilho na dimensão séria e emocional do enredo. Acompanhando Ted e sua história de amor, percebemos que não é simplesmente uma história sobre ele, e sim sobre ele e seus amigos, os tios de seus filhos, àqueles que o fizeram rir, chorar, se irritar e que o apoiaram mesmo no fundo do poço. Dessa forma, outra lição importante permeia toda a série: a importância das amizades e como elas dissipam nosso desespero, nos colocam nos trilhos quando fraquejamos e nos lembram dos nossos erros para que não cometamos novamente. "How I Met Your Mother" é uma obra que trata essencialmente sobre a complexidade das relações e como o diálogo é importante, seja em amizades ou em romances, e também como essas conexões têm inúmeras variáveis imprevisíveis, simbolizando como concepções idealistas do amor e amizade podem te cegar para a verdadeira beleza delas.

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𝗖𝗼𝗺 𝗼 𝘁𝗲𝗺𝗽𝗼, 𝗻𝗼𝘀 𝘁𝗼𝗿𝗻𝗮𝗿𝗺𝗼𝘀

⌗. ⠀⠀𝗻𝗼𝘀𝘀𝗼𝘀 𝗽𝗿𝗼́𝗽𝗿𝗶𝗼𝘀 𝘀𝗼́𝘀𝗶𝗮𝘀.

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How I Met Your Mother, entre todas as lições, me ensinou algo que sempre vou lembrar: com o tempo, eu vou sempre mudar. Com o tempo, eu vou sempre me tornar meu próprio sósia; alguém completamente diferente e que por acaso se parece comigo, e eu adoro isso, pois é algo que sempre aconteceu, eu sempre mudei, mas não percebia. Um post recente do meu grande amigo, Askeladd, evocou em mim novos pensamentos através desse escopo de mudança: já parou para pensar o quanto você mudou em 5 anos? O quanto sua escrita evoluiu, o quanto cresceu emocionalmente e intelectualmente? O quanto melhorou nos seus desenhos? Muitas vezes, podemos até nos sentir estagnados, mas as mudanças ocorrem quando vivemos a vida como ela é, aproveitando cada experiência, positiva ou negativa, e aprendendo com elas.

Até mesmo Barney, meu personagem favorito, famoso por seus discursos contra qualquer tipo de romance ou casamento, se apaixona durante a série, mostrando que mesmo a mais bela das flores pode sim florescer na pedra mais fria; mostrando que, sim, somos capazes de mudar, e vamos mudar. A força transformadora do tempo também é exaltada em diversos outros contextos dentro da série, como na frase de Ted direcionada aos seus filhos: "Mas o tempo é engraçado... e às vezes um pouco mágico. Ele pode pegar uma decisão estúpida e transformá-la em uma coisa totalmente diferente.". Dessa forma, a história dos 5 amigos vai além da proposta que dá nome ao show: a série conversa com cada um de nós de um jeito diferente, mas sempre seguindo a mesma proposta de um pai ensinando lições valiosas para seus filhos ao contar como conheceu sua esposa, assim, mostrando que grandes histórias não são forjadas apenas em coisas boas, mas também nas coisas ruins, nas decisões estúpidas, nos pequenos acasos e no cultivo de boas amizades, que, assim como o amor, devem ter seus pontos altos e baixos para que aprendamos seu valor.

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𝗦𝗲 𝘃𝗼𝗰𝗲̂ 𝗻𝗮̃𝗼 𝗲𝘀𝘁𝗮́ 𝗮𝘀𝘀𝘂𝘀𝘁𝗮𝗱𝗼, 𝗲𝗻-

𝘁𝗮̃𝗼 𝘃𝗼𝗰𝗲̂ 𝗻𝗮̃𝗼 𝗲𝘀𝘁𝗮́ 𝘀𝗲 𝗮𝗿𝗿𝗶𝘀𝗰𝗮𝗻𝗱𝗼.

𝗘 𝘀𝗲 𝘃𝗼𝗰𝗲̂ 𝗻𝗮̃𝗼 𝗲𝘀𝘁𝗮 𝘀𝗲 𝗮𝗿𝗿𝗶𝘀𝗰𝗮𝗻𝗱𝗼,

⌗. 𝗲𝗻𝘁𝗮̃𝗼 𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝘃𝗼𝗰𝗲̂ 𝗲𝘀𝘁𝗮 𝗳𝗮𝘇𝗲𝗻𝗱𝗼?

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Sendo honesto, eu nunca fui o maior fã de comédia romântica e sempre deixei isso explícito, mas, como a série nos ensina, o tempo transforma. Certa vez, decidi assistir "10 Coisas Que Eu Odeio Em Você" e, pela primeira vez em 18 anos de vida, me emocionei com uma comédia romântica. A partir disso, alguns meses se aram e meu interesse pelo gênero cresceu silenciosamente. Com o amanhecer de fevereiro deste ano, inaugurei o "Romcom February", em que meu plano era assistir somente a comédias românticas até o final do mês, mas eu não esperava que chegasse a março ainda assistindo ao gênero.

How I Met Your Mother, de uma forma belíssima, destruiu os planos que eu havia feito, pois consumiu todo o tempo que eu dedicaria a filmes. Mas, sinceramente, acho que nem cem filmes me ensinariam tantas das lições aprendidas com essa história.

Foi como se eu estivesse renovado, minha ótica havia mudado e as coisas pareciam tão mais simples, sabe? Eu entendi que deveria correr riscos e viver cada vez mais experiências, sejam elas boas ou ruins, algo que eu já tinha em mente, mas colocava em prática com menos assertividade: antes de HIMYM, eu atuava como um observador da minha vida e lidava com o que ela me ofereceria, hoje, eu vivo como a engrenagem principal, sempre em movimento. De forma irônica, graças a uma série tão aconchegante, eu saí do meu ninho e abri minhas asas em direção à uma vida mais arriscada, mas mil vezes mais bela.

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𝐅 𝐈 𝐍 𝐀 𝐋 𝐈 𝐙 𝐀 𝐂̧ 𝐀̃ 𝐎

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Mesmo que cômica, toda história traz suas próprias lições, e How I Met Your Mother faz isso com exímia maestria e domínio do seu roteiro. Mesmo as sacadas mais bobas de Marshall e as teorias comicamente absurdas do Barney trazem consigo lições importantes sobre nossa vida e nossas relações interpessoais. Para nós, jovens adultos (acredito que a maioria daqui seja), é uma série que pode ser essencial sem a menor das dúvidas. Não se deixe enganar por ser classificada como uma comédia romântica, pois essa história vai além dos tropos e escopos genéricos e se desenvolve numa teia de lições e aprendizado que explora a complexidade das relações, nos permitindo entender que, às vezes, tudo que precisamos é prestar atenção nas histórias e lições de nossos país, pois elas não vêm do total nada, mas sim de histórias vividas e arrependimentos incontáveis.

É ótimo como a série nos transforma nas próprias crianças: sentadas no sofá, ouvindo e assistindo essas histórias, entendendo as lições e aprendendo com elas. Essa maneira que a série explora a dimensão sensorial é um dos principais pontos fortes, porque chega a ser difícil não se sentir totalmente confortável apreciando as interações dos atores que, diga-se de agem, têm uma química fenomenal em todos os episódios, sendo quase impossível não ter apego por eles.

Por fim, espero que o compartilhamento da minha experiência pessoal com o seriado possa influenciar mais pessoas a assistirem e se encantarem com esses personagens tão cativantes. Nós, adolescentes ou jovens adultos, muitas vezes nos sentimos atrasados em relação aos outros, seja profissionalmente ou romanticamente, mas essa série nos permite entender que não, não estamos, e que tudo tem seu tempo quando você vive a vida em toda sua plenitude.

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