Imaginário - Arqueiro

Imaginário

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"Se vira, cê tá só no momento.."

E no meio de gente fria,

Queria pensar em nada

No meio das cobras,

Mentiras, não valem nada

Negócios ou família, que diferença faz?

O dinheiro é o que manda, importa quem tem mais

𖤍

E se mais um morreu,

O próximo sou eu

E se hoje doeu,

Amanhã eu sou mais eu,

Quero sentir a brisa, do olho do furacão

Quero livrar minh'alma,

Das presas do coração

Quero sentir o fogo,

O fulgor e a emoção,

De ter a minha mente,

Mandando no coração..

𖤍

Dilatando a pupila,

Escondido na neblina

Pensamentos tão pesados

Carregados pela vida

𖤍

Escondendo os meus olhos

Escondendo meus demônios

Porquê o infinito é finito

Sou eu quem me imito, me invento

𖤍

Se eu sou o bastante,

Tempo dura um instante

O jogo é duro e vai avante, adiante

Sou imaginário

Escolhido pra viver, transitando entre o horário

De chegar, e de ir,

Tô pronto pra decidir, onde vou ficar

𖤍

Vou pra onde quiser,

Sou livre pra correr a pé

Pra ralar o pé

Falar com a "ralé",

Eu tô de pé

𖤍

Imaginário, sou imaginário

Pra matar a paixão

O ódio é necessário,

Imaginário, sou imaginário

𖤍

Fiz a caneta chorar,

E meu teclado rachar

Fazendo o meu mundo mudar

Pra tentar me encaixar,

Eu não vou mudar

𖤍

Me imagino diferente cada vez que acordar,

Eu não vou mudar

Me imagino mais ausente, cada vez que tentar, me aproximar

Me imagino de outra forma que eu possa me amar,

Ou me desgostar, pra me encontrar

𖤍

Não preciso que você me defina,

Levando a vida sem nenhuma emoção,

Nenhuma razão,

Fico no escuro por medo da iluminação,

Tô sem ação,

Me a a próxima, situação

O filme foi escrito errado,

Tá faltando atuação,

Meu fardo é pesado,

Mas meu peito tá cansado, dessa situação

𖤍

Imaginário, sou imaginário

Pra matar o ódio,

O amor é necessário,

Imaginário, fui imaginário

Me mudei pra sempre,

E me guardei num relicário

𖤍

Maldito estagiário,

A vida é uma empresa, fui demitido

Por ser estelionatário,

Eu sou hilário, sociopata louco no sistema carcerário, que o meu ado

Me mantém acorrentado

Talvez eu seja otário

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"...Talvez?"

𖤍

Talvez não nessa, homessa

Hora essa, que horas são?

Hora de guardar o baralho,

As apostas foram feitas, em outra ocasião

E eu me aperto, tô ando um aperto,

Ele tá perto,

Sabe que eu me perco quando encontro o que parecia certo,

Não foi por mal, pareceu normal,

𖤍

Eu parecia normal,

Presente ou ado,

Eu servi pro pecado,

Não era o caminho, que estava errado,

Eu tava sozinho, com gente do lado,

Tive que aprender a voar,

Pra poder me libertar, do meu próprio casco,

Meu medo de existir,

De não mudar de forma,

Quase me levou pra forca

Mas foi o que me deu força,

Pra não ser tão vago,

Pra não ser encontrado

𖤍

E as paredes afiadas,

Agora estão armadas,

Com novas palavras,

Me cortando como facas,

E gritando sem parar,

Só quero paz

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E minha cama de espinhos,

Me mostrou novos caminhos

Pra uma vida sem loucura,

Mas vou ter que ir sozinho

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Uma vida sem mágoas, levadas pelas águas

E a volta do Caronte

Triunfando pelas vidas

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Caronte...Chegou na hora certa, não?

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