3. A Terra do Sol Nascente (Feat Lucas R.A.P)

Faixa 3 do EP Ruas da Norte

[BTM Verso 1]

Eu nunca fui pontual com a morte

Atrasei nossos encontros

Isso não é ônibus

Então fomos direto ao ponto

Vi quem não sabe nem jogar no papel

E quer dar "caneta"

Vi letras amputadas

Tipo "sem pé nem cabeça"

Vi minhas maiores inspirações

Dando uma de aspirador

E olhos gordos tendo que fazer lipoaspiração

Vi buracos ambulantes cheios de jóias

Ouvi todos os barulhos dessa "mineração"

Eu eternizei meu nome nas paredes,

Pinturas rupestres, eu e a arte inseparáveis,

Tipo siameses

O mal caminho sempre esteve mais sinalizado

Confesso que segui as setas

Vi as cavernas, os vícios reencarnaram,

Nova "Idade da Pedra"

Tranquei e deixei as frustrações em casa

Pra encarar o mundo de "peito aberto",

Não esqueça o colete à prova de bala

Balança que faz barulho, fala,

Refém é tipo chocalho

Garoto, se o mundo te engole e te vomita

Seja grande o suficiente pra engasga-lo

[Lucas R.A.P: Refrão]

"Não posso deixar o mal governar"

Disgovernados não precisam de governo

Depois dessa vão querer me matar

Serei exemplo de coragem no dia de meu enterro

[BTM Verso 2]

Nem "em cima do muro", nem mexicano

Fugindo do "engenho", fugindo dos "cana"

Se seis são a "fonte", essa água, eu encano

Quantos achando que são Mário, "entra pelo cano"

Minas tipo roupas em varal, sempre penduradas

E os cara doido por anel, nem falo de casar

A lógica de bailes é pique bebida

Tipo "agite antes de usar"

Ficar vermelho não é ter "vergonha na cara"

A sorte largou outros, pra dá pra mim

Eu sou o diabo, Prada pra mim

Água benta rasgando as roupas mais caras

[Lucas R.A.P: Refrão]

"Não posso deixar o mal governar"

Disgovernados não precisam de governo

Depois dessa vão querer me matar

Serei exemplo de coragem no dia de meu enterro