11.Cérbero

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Dante

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Memórias no caderno

É tudo novo

Tipo tudo é pouco

Tudo de novo

Ciclos, incógnitas

Os chamava de amigos

Hoje chamo hipócritas

Eu já não sinto medo

Afinal provei das sombras muito cedo

Eu tinha medo do futuro

Agora eu enxergo a cor do mesmo

E vejo luzes no escuro

Eu vim de outro plano

Tô ficando insano

Acho que sempre fui louco

A vida torna conforto em sufoco

É tipo a dor do soco

Ou a surpresa do troco

Tipo Cérbero as sombras são meu hábitat

Mudança faz parte

Me parti em doze pedaços

Que voltaram em seis meses

Me responda o que é visão

Vi que era cego quando fiz amizade com a solidão

Se minha mente é esse submundo qual a solução?

Falsos profetas vieram

Virei Hades e hoje eles pagam pelos luxos que tiveram

Enquanto o sol nascer

Enquanto a lua aparecer

Não poderá se esconder a verdade

Não há nada tão eterno quanto versos sem vaidade

O tempo a

Assim como o medo

Submundo é seu maior segredo

Se eu vim das sombras pra que fugir delas?

Esse mundo prende e eu vim abrir celas

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Luke

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Os meus sentimentos eu fragmentei

Os desejos ocultos alimentei

Desabafei tudo em poesia pra poder desfragmentar

Eu sou o mesmo de antes, só preciso pensar qual lado vou alimentar

Tudo é questão do seu ponto de vista

Basta saber o que você quer enxergar

Se o mundo é movido por energias, basta saber qual cê quer exalar

Seja você mesmo nesse mar de egos artistas

Nos meus piores dias abracei a solidão

Nos meus melhores dias eu tava a um o da escuridão

Dei risada da minha desgraça, me chame de coringa

Sou uma carta que trás riso e desespero, sou coringa

O sorriso é falso, mas as lágrimas nunca mentem

A maioria não sabe o que se a e se metem

Muita luz cega, a escuridão trás uma sensação de força e acomodação

Vi que estava no fundo da escuridão quando eu quis buscar a libertação

A frieza desse mundo tem esfriado minhas expectativas

Uma alma sem esperança berra

Me sinto sangrar, pois estou em guerra

Caminhando em meio a multidões com olhos sem cores eu reparei o quanto elas parecem viver no mundo de Coraline

Compondo cifras

E me perdendo por cifras

Escrevi códigos, em busca que alguém possa decifrar

Mina cê me faz de yin yang só de me iludir ao fingir me amar

Céu tão cinza, a terra parece um inferno

Será que o céu é mais fresco?

Cansei de me sentir fraco

Isso tudo são narrações de uma guerra que ruge do meu interno

Minha vida tem sido tão oca

Por isso que desejo sua boca

Hoje eu tô com semblante a sorrir

Ontem ce me me ajudou a resistir

Minhas letras são minhas torturas

Minhas mágoas ilustram as minhas tristezas

Em um mundo tão frio, deixei meus sentimentos em cinzas

Isso é só um pouco das minhas ilusões e loucuras

Sentimentos irreais

Loucuras reais

Pensamentos naturais

Luke, escrevendo coisas sobrenaturais

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