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— Roxy - Lua Negra

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#Autoral

    䨻䨻   ꤡ†. 𝗚𝗿𝗲𝗲𝘁𝗶𝗻𝗴𝘀, 𝗰𝗵𝗶𝗹𝗱 !

    𝖶𝖾𝗅𝖼𝗈𝗆𝖾 𝗍𝗈 𝗍𝗁𝖾 𝗢𝗽𝗲𝗿𝗮 𝗼𝗳 𝗗𝗲𝗮𝘁𝗵. ⛧

☪            ☾             ☾            ☾

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𝘝𝘰𝘤𝘦̂ 𝘴𝘢𝘣𝘦 𝘮𝘦𝘶 𝘯𝘰𝘮𝘦, 𝘮𝘢𝘴 𝘵𝘦𝘮𝘦 𝘦𝘮 𝘰 𝘱𝘳𝘰𝘯𝘶𝘯𝘤𝘪𝘢𝘳...

──      ּ       ּ        ⚝         ₍ ☪ ₎         ⚝        ּ      ּ      ──

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⚝ ⠀ ⠀⠀⠀☾ ⠀ 𝂅    𝐈𝗇𝗍𝗋𝗈𝖽𝗎𝖼̧𝖺̃𝗈    𝂅 ⠀ ☾ ⠀⠀⠀⠀ ⚝

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⏝      ︶⏝⠀⠀⠀⠀٬⠀ ♱ ⠀٫⠀⠀⠀⠀⏝︶      ⏝

٬   Boa tarde/noite, pessoal. Tudo bem com vocês? Espero que sim. Bom, hoje eu vim trazer mais um blog, dessa vez sobre o personagem "Roxy" e uma surpresa que está por vim. Sem mais delongas, vamos lá!

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𝖭𝗈 𝗆𝖾𝗎 𝗌𝗁𝗈𝗐, 𝗏𝗈𝖼𝖾̂ 𝖼𝗁𝗈𝗋𝖺𝗏𝖺 𝗉𝗈𝗋 𝗗𝗲𝘂𝘀.

──      ּ       ּ        ⚝         ₍ ☪ ₎         ⚝        ּ      ּ      ──

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٬   "Roxy, o demônio da solidão eterna, surgiu nas sombras da Segunda Guerra Mundial, em 1939. Com uma presença sinistra, ele se aproximou de sua próxima vítima com uma doce mentira, sussurrando promessas de amizade e companheirismo. Mas por trás da máscara de bondade, Roxy escondia um desejo insaciável de destruir.

Ele encontrou sua presa em uma família inocente, que logo se tornou refém de sua crueldade. Com um sorriso diabólico, Roxy iniciou a "Ópera da Morte", uma sinfonia de terror e desespero que ecoaria para sempre nas mentes daqueles que sobreviveram.

A família, outrora cheia de amor e esperança, foi consumida pela escuridão de Roxy. Ele os manipulou, os torturou e os destruiu, deixando apenas cinzas e dor em seu rastro. E quando finalmente terminou sua obra macabra, Roxy desapareceu nas sombras, deixando para trás apenas um sussurro: 'Eu estou sempre aqui, esperando pelo próximo'."

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𝖠 𝖾𝗌𝖼𝗎𝗋𝗂𝖽𝖺̃𝗈 𝖽𝗈 𝗆𝖾𝗎 𝗈𝗅𝗁𝖺𝗋, 𝖿𝖺𝗓 𝗈 𝗶𝗻𝗳𝗲𝗿𝗻𝗼 𝗰𝗼𝗻𝗴𝗲𝗹𝗮𝗿.

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٬   Em 1889, inúmeros mistérios permeavam o mundo sem serem desvendados. Contudo, nossa narrativa se concentra em Alice e Bob, um casal que decidiu compartilhar suas vidas.

٬   Alice, uma mulher notavelmente doce e desprovida de malícia, irradiava uma aura de paz capaz de confortar todos ao seu redor. Bob, por outro lado, era um homem de bom coração, mas com um comportamento oscilante. Em certos momentos, manifestava raiva, agressividade e intenções sombrias. Em algumas ocasiões, chegava a agredir Alice, que, por sua vez, jamais retaliava.

No entanto, o nascimento de uma criança mudaria o rumo dessa história.

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٬   Na madrugada de 19 de agosto, às duas horas, nasceu Alex. O bebê, vindo ao mundo na calada da noite, possuía a beleza da Lua, mas também carregava consigo o mistério do lado sombrio dela — onde a luz convive com a escuridão. Com o ar dos anos, Alex testemunhava sua mãe ser maltratada por Bob. Cansado de tanta dor, decidiu protegê-la. E o fez, ferindo o próprio pai, friamente.

Esse ato ou a perturbar sua mente. Ele sabia que proteger sua mãe era algo natural, mas não condizia com sua idade de apenas quatro anos. Ainda assim, Alex o fazia por amor. Sabia que Alice estava grávida, e mesmo não tendo força suficiente, decidira permanecer ao lado dela.

— NÃO ENCOSTE NA MINHA MÃE! — repetia Alex sempre que defendia Alice.

Seus olhos, castanhos escuros, refletiam uma escuridão profunda. Seu semblante oscilava entre tristeza e raiva. Embora se espelhasse em seu pai, recusava-se a aceitar esse destino — como se essa recusa lhe trouxesse algum alívio. No entanto, era chamado de monstro, fraco, covarde e inútil. Isso o fez nutrir ódio pelo mundo e pela sociedade. Mas, como a Lua perfeita, ele escolheu ignorar tudo e todos, vivendo assim para evitar arrependimentos... ou pelo menos tentava.

Porém, com o nascimento de seu irmão mais novo, seu mundo ganhou novo valor — e novos motivos para viver.

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٬   Em 11 de março, às três da tarde, nasceu John. Seu nascimento trouxe uma aura de luz e felicidade para toda a família, especialmente para Alex, que esteve ao lado da mãe durante todo o parto. Seria esse o ponto de virada na vida de Bob? Seria, enfim, a paz alcançada?

Aos três anos, John presenciava constantemente as brigas entre seu irmão e seu pai, enquanto Alice tentava acalmá-los. Mas seus esforços eram em vão, pois os conflitos sempre giravam em torno do mesmo motivo: Alex tentando proteger a mãe e o irmão.

Diferente de Alex, John não desejava ferir ninguém. Queria, apenas, entender por que havia tanta dor naquela casa. A energia que emanava de John era calma como um riacho em uma manhã de primavera, fluindo suavemente entre as pedras. Em seus gestos, não havia maldade, apenas empatia — levando muitos a dizer que John era o próprio Sol.

Aos quatro anos, John demonstrava um comportamento gentil, educado e afetuoso. Mesmo assim, era agredido por seu pai sem motivo aparente. Alex, sempre presente, o protegia. Em um dia particularmente doloroso, John se aproximou da mãe e, entre lágrimas que desciam por suas doces bochechas, perguntou:

— O que é o amor, mamãe? Eu vou sentir isso um dia... ou vou ser malvado como o papai?

Alice, com ternura, acariciou o rosto do filho e respondeu:

— Você sentirá, meu filho. Mas isso depende de quem você escolhe ser. Seu pai não é malvado... algo está errado com ele. Eu, você e seu irmão vamos salvá-lo um dia.

Com um sorriso doce, ela completou:

— Escute bem: você será um garoto incrível, conquistando amigos e iradores não apenas pela sua beleza, mas por ter um coração generoso. Por favor, nunca mude. Permaneça assim para sempre.

Essas palavras aqueceram o coração de John e criaram um momento único entre mãe e filho. Conforme crescia, sua bondade e generosidade surpreendiam a todos — especialmente Alice. Era como se John realmente carregasse o brilho do sol em seu sorriso. Seus olhos castanhos brilhavam como o amanhecer, iluminando até os dias mais sombrios.

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Alex e John assemelhavam-se ao yin e yang: onde havia luz, havia escuridão — e onde havia escuridão, havia luz. A jornada deles estava prestes a começar. E desta vez, enfrentariam a sociedade juntos.

Com o tempo, Alex e John aram a encarar a vida lado a lado. Sempre que enfrentavam desafios, Alex era quem protegia o irmão. No entanto, havia algo diferente em John. Ele não aceitava a violência como solução.

— NÃO TOQUEM NO MEU IRMÃO, SEUS MERDAS! — gritava Alex, em defesa.

— JÁ CHEGA, ALEX! — exclamava John, segurando o irmão enquanto ele tentava se soltar.

— Você não percebe que eles querem te machucar?! — vociferava Alex, lutando para se libertar.

Os agressores, já sendo espancados por Alex, fugiam apavorados. Ele então encarava John, ainda em fúria.

— POR QUE ME PAROU?! JOHN, VOCÊ VAI TER QUE FAZER ISSO UM DIA—

Mas antes que ele terminasse a frase, John o agarrou pela gola da camisa, gritando com lágrimas nos olhos:

— EU NUNCA SEREI ASSIM, NEM QUERO! VOCÊ ACHA QUE TUDO SE RESOLVE COM VIOLÊNCIA, MAS NÃO VÊ QUE EU NÃO GOSTO DISSO! VOCÊ ESTÁ SE CORROMPENDO COMO ELES! PARA COM ISSO, E ACEITE QUE EU NUNCA SEREI COMO VOCÊ!

Alex ficou em silêncio, surpreso com as palavras. Sem saber o que dizer, apenas o abraçou, sussurrando:

— Desculpa…

Naquele instante, Alex finalmente compreendeu a verdadeira natureza de seu irmão. John era calmo como o mar — difícil de perturbar. Mas mesmo sua raiva nunca queimava: como o Sol, ele era intenso, mas sabia aquecer sem machucar.

Mesmo sem amigos na escola, mesmo tendo perdido um amigo para a morte, John jamais demonstrou raiva ou desejo de vingança. Isso porque Alice sempre esteve ali, ensinando-os a viver com amor, força e empatia.

Foi nesse momento que Alex tomou uma decisão:

Aceitaria seu irmão como ele era. E, independentemente das consequências, cuidaria dele. Sempre.

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Seis anos depois...

Alex agora tinha 19 anos e Jhon, 17. Ambos estavam no ensino médio, mas suas reputações não poderiam ser mais diferentes.

Alex era conhecido como o valentão da escola — sempre metido em brigas, pegava todas as garotas e andava com ar de superioridade. Porém, havia algo que surpreendia a todos: ele tirava notas excelentes. Um valentão inteligente — assustador para alguns, intrigante para outros.

Já Jhon era o completo oposto. O nerd da escola. Todas as garotas queriam sair com ele, mas ele recusava todas, sem exceção.

— Como sempre digo — respondia ele calmamente —, nenhuma delas chamou minha atenção.

Tudo mudou no dia 7 de março de 1934. A escola inteira murmurava sobre a chegada de uma nova aluna. Havia boatos de que ela era filha de uma bruxa, o que deixou alguns assustados. Alex riu dos rumores. Jhon, por outro lado, ficou curioso — curioso o suficiente para querer conhecê-la.

— Pelo visto já tá se interessando por alguém — provocou Alex com um sorriso malicioso.

— Claro que não. Como eu disse, ninguém chamou minha atenção — respondeu Jhon, levantando-se da cadeira.

Mas ao sair da sala, Jhon tropeçou no batente da porta e, sem querer, caiu... sobre alguém. Num gesto rápido, virou o corpo para que a pessoa não se machucasse com o impacto. Ao abrir os olhos, deu de cara com a nova aluna — literalmente.

Ela estava em cima dele, corada, com os olhos castanho-claros fixos nos dele. Seus traços eram delicados e seu rosto, bonito, tingido de um leve tom rosado. Mas o que mais chamou a atenção de Jhon foi o cabelo preto, cacheado, que caía até sua cintura como uma cortina de noite estrelada.

Eles se encararam por longos três minutos sem dizer uma palavra. O tempo pareceu parar.

— Dois segundos e já tá pegando a novata? Que recorde, hein, irmão — debochou Alex, rindo da cena.

— Alex, cala a boca! — Jhon rebateu, envergonhado.

A garota se levantou rapidamente, caminhando envergonhada até o fundo da sala. Jhon ficou alguns segundos sem reação, então se levantou e empurrou Alex, que caiu no chão.

— Alex boboca... — murmurou, saindo da sala de rosto vermelho.

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٬   Com o ar dos meses, o amor entre os dois cresceu, silencioso e poderoso. Eles trocavam bilhetes em códigos próprios, se escondiam entre os corredores apenas para se olhar por mais alguns segundos. Quando chovia, dividiam o mesmo guarda-chuva, rindo juntos enquanto molhavam os sapatos. Em noites frias, trocavam livros, poemas, histórias.

Alex, que sempre notava tudo, não dizia nada. Mas sabia. Sabia que o irmão estava apaixonado. Ele viu, em silêncio, as dezenas de rascunhos que Jhon escrevia para pedir Margaret em namoro.

Até que, numa noite estrelada, Jhon finalmente tomou coragem. Convidou Margaret para sair. Caminharam pela praça, jantaram em um pequeno restaurante e, por fim, chegaram à praia.

A brisa era suave e o som das ondas criava uma melodia calma. Margaret sorriu olhando o mar, os olhos brilhando sob a luz da lua.

— Margaret... — Jhon chamou, envergonhado.

Ela virou-se para ele. Seus olhares se encontraram mais uma vez — como da primeira vez.

Sem dizer mais nada, Jhon segurou suas mãos com força e carinho. Os dois se aproximaram lentamente até que seus lábios se encontraram em um beijo intenso e cheio de sentimento.

Ao se afastar, Jhon falou com a voz embargada:

— Eu te amo.

Margaret ficou paralisada por alguns segundos. Virou-se de costas, segurando as lágrimas, e respondeu:

— Eu te amo ao ponto do meu coração pertencer somente a você...

Virou-se de volta para ele, encarando-o.

— Eu te amo ao ponto de...

— De...? — perguntou ela, com um leve sorriso.

— Te pedir em namoro!

Margaret não hesitou nem por um segundo.

— E eu aceito ser sua namorada!

Aquela noite foi mágica. As estrelas pareciam brilhar mais forte para eles. O Eclipse estava completo — Sol e Lua haviam finalmente se encontrado.

Mas mal sabiam eles que aquela era apenas a calmaria... antes da tempestade.

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٬   Todos estavam sorrindo com o início do namoro entre John e Margaret. Todos... exceto um.

Alex observava à distância, quieto. Por dentro, um fogo corrosivo se espalhava. Ele não conseguia celebrar aquilo — como poderia? Margaret estava arrancando seu irmão de seus braços, levando o único elo que o mantinha são.

John tentava entender o porquê do irmão parecer sempre distante, sempre frio. Mag — como gostava de ser chamada — dizia a Alex, vez após vez, que jamais separaria os dois. Mas as palavras dela evaporavam como fumaça. Na mente de Alex, a perda já estava selada.

E, noite após noite, algo crescia dentro dele. Um rancor vivo. Uma raiva podre.

Naquela noite de lua cheia, ele vagava pela floresta como uma sombra, os olhos secos e a respiração pesada. Quando já não aguentava mais... caiu de joelhos na terra úmida.

Com os punhos cerrados, socou o chão, gritando para as árvores, para a escuridão, para o céu indiferente:

— NADA! NINGUÉM NUNCA ME DEU NADA! — sua voz era um trovão desesperado. — AGORA VÃO TIRAR ELE DE MIM? MERDA! DEUS, VOCÊ TÁ BRINCANDO COMIGO, NÉ?!

Chorava, não de tristeza, mas de ódio. De impotência. Enfiou os dedos no cabelo, puxando como se quisesse arrancar a própria cabeça.

— TIRA TUDO DE MIM! MAS NÃO ELE! QUALQUER UM, MENOS ELE! — soluçava, cuspindo as palavras com nojo. — SEJA DEUS, OU QUALQUER FILHO DA PUTA QUE TIVER NO MEU CAMINHO... EU MATAREI TODO MUNDO!!!

A floresta ficou silenciosa. Mortal. A lua banhava o chão com sua luz fria... até que algo mudou.

Uma pressão invisível o esmagou contra o solo. Seus ossos quase rangiam. E então, uma voz... ela não parecia vir de lugar algum, e ao mesmo tempo, de todos os cantos da floresta.

— Que cena patética... sob a luz da Lua que um dia amou, o filho ingrato lamenta por perder seu Sol...

Alex ofegava, mas se forçou a levantar, cambaleando, os olhos vasculhando a escuridão.

— MOSTRA ESSA CARA, DESGRAÇADO! QUEM É VOCÊ?!

A voz respondeu com um tom zombeteiro, arrastado como um sussurro envenenado.

— Engraçado... procuram por mim, mas temem me ver. Querem meu nome, mas não ariam pronunciá-lo quando a Lua estiver afogada em sangue... Seu pai tentou. Ah, ele tentou. Mas nunca entendeu... que eu sou o que fermenta a ira dele... e a sua.

Alex arregalou os olhos, tomado por um ódio primitivo.

— FOI VOCÊ?! FOI VOCÊ QUE MACHUCOU A MINHA MÃE, SEU MALDITO?!

Então ele viu. Ali, entre as árvores retorcidas e a neblina pulsante, algo surgiu.

O demônio não caminhava, não flutuava... ele simplesmente estava ali, como se sempre tivesse estado. Seu rosto era uma massa grotesca e disforme, os dentes afiados formavam um sorriso que parecia rasgar o próprio universo. Os olhos... duas fossas negras, vazias de alma, mas transbordando ódio e fome.

— Meu nome é Roxy. Um prazer, criança da Lua.

Alex se virou, tremendo, mas sem correr. Não mais.

— Vá pro inferno...

— Já estou lá, Alex... e logo, você também estará.

Alex parou. O sangue fervia em suas veias.

— O QUE VOCÊ QUER DE MIM?!

Roxy estendeu a mão, os dedos ossudos e alongados tremiam levemente, como galhos mortos.

— Só quero... um amigo. Alguém que compartilhe da minha dor. Me dê sua mão, e eu devolvo seu irmão. Inteiro... ou do jeito que você quiser.

Silêncio. Somente o farfalhar do vento cortante e o bater de um coração despedaçado.

Alex hesitou. Mas seu olhar já estava perdido, sem brilho. Ele não era mais o mesmo.

E então, ele segurou a mão da criatura.

— Eu aceito. Que se foda tudo.

O riso que ecoou parecia partir a própria floresta. Ventos violentos explodiram entre as árvores, e a voz de Roxy se fez ouvir uma última vez:

— BEM-VINDO À ÓPERA DA MORTE!

Alex tentou se soltar, mas era tarde demais. O pacto estava selado. Roxy entrou em seu corpo como uma praga viva. Ele gritava, se debatia, mas sua mente afundava num mar de trevas.

Naquela noite, a Lua perdeu sua cor — foi engolida pela escuridão.

E quando o sol nasceu, Alex voltou. Mas não era mais Alex.

Seus olhos queimavam com um ódio ancestral. Sua presença arrastava um frio que ninguém conseguia explicar. Aquilo que crescia dentro dele agora estava à solta.

O que ninguém sabia...

...é que o verdadeiro inferno só estava começando.

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٬   Após o pacto com Roxy, Alex começou a se perder. Não era mais um jovem sombrio — era uma sombra viva. Suas ações se tornaram frias, impiedosas. Ele começou a machucar pessoas... não por raiva, mas por prazer. Os olhos dele já não piscavam, apenas observavam. Seu riso era oco, e seus os pareciam ecoar de outro mundo.

Mas a maior escuridão viria quando ele ou a manipular Margaret. Com palavras frias e ameaças veladas, ele a prendeu num ciclo de medo. Margot não entendia — no início achava que era apenas trauma, uma fase. Mas logo sentiu que havia algo podre crescendo dentro dele. Algo que falava através dos olhos de Alex, algo que sorria em seu silêncio.

A notícia da gravidez veio como um lampejo de luz. John e Margaret choraram de alegria. Alice, emocionada, prometeu cuidar da neta com todo o amor do mundo. Mas Alex… Alex apenas se calou. E naquela noite, enquanto todos sorriam, ele foi até a cozinha. Cozinhou para a mãe. E, com as mãos trêmulas, dissolveu comprimidos no prato dela. Ela comeu, sorrindo. Horas depois, caiu no chão, sem entender o porquê.

Margaret começou a desconfiar. Os olhos de Alex — antes cheios de dor — agora transbordavam algo que ela só conseguia descrever como... ausência de alma.

No jantar seguinte, Alex insinuou o que havia feito. Margaret, tomada por raiva e medo, explodiu. Levantou-se e, num gesto desesperado, desferiu um soco no rosto dele.

— Eu não sei o que está te corroendo... mas isso... isso não é você, Alex! Me escuta, pelo amor de Deus!

Alex cambaleou, mas logo se ergueu com um sorriso torto e vazio.

— Um monstro...? Talvez. Mas monstros andam entre vocês há séculos. Eu só parei de fingir.

Margaret sentiu. Aquilo não era só raiva. Era uma presença. Um peso. Algo dentro dele estava vivo.

Apavorada, correu. Encontrou John e contou tudo. Cada detalhe. John, silencioso, ouviu com os punhos fechados. Pela primeira vez, a raiva dominou seu rosto calmo.

Ele foi até Alex. E o enfrentou. Soco após soco. Grito após grito. Mas cada golpe apenas alimentava Roxy, que sorria por trás dos olhos de Alex.

— Irmão... por que você me odeia? — John perguntava entre os socos, mas não havia mais resposta.

Dentro de Alex, uma guerra silenciosa acontecia. Ele via sua alma sendo arrastada por correntes, mergulhada em lama e sangue. Ele gritava, mas ninguém o ouvia. Nem mesmo ele próprio.

— Roxy - Lua Negra-[C]
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Semanas depois, Margaret, agora grávida, decidiu o nome da filha.

— Vai se chamar... Nicole.

Todos sorriram. Menos Alex. Seu olhar pairava sobre o vazio. Ele sabia que aquela alegria estava marcada para morrer.

Na noite de lua cheia, Margaret saiu de casa. Sentiu um arrepio. Quando se virou... Alex estava lá.

— Olá... bela dama.

Margaret gritava, mas ninguém podia ouvi-la. Arrastada à força para uma casa apodrecida pelo tempo e pelo mal, seus últimos momentos foram de puro desespero antes que Alex a silenciasse para sempre com uma violência fria e sem alma.

Enquanto isso, Jhon se preparava para tomar banho, perdido em seus próprios pensamentos. A água quente escorria pela banheira, abafando o som de os atrás dele. Quando se deu conta, já era tarde. Alex, com os olhos vazios, o afogou sem hesitação. Um gesto mecânico, sem remorso. Em seguida, caminhou pelos corredores escuros e, como se executasse uma rotina sem peso, puxou o gatilho contra Alice. Depois contra Bob.

O cheiro de sangue e morte encheu o ar.

— O que você fez, Roxy!? — gritou Alex, seus punhos tremendo, seus olhos ardendo de ódio. — Não era isso que eu queria!

— Não era? Opa... acho que me enganei — respondeu Roxy com um sorriso torto, enquanto uma gargalhada insana ecoava pelas paredes da casa. Seus olhos brilhavam com um prazer sádico.

Alex, tomado por uma fúria que mal compreendia, cambaleou até ver algo impossível: uma visão diante dele, quase como um rasgo na realidade. Um jovem de aparência frágil, talvez dezesseis anos, surgia na sua frente. Segurava uma espada com as mãos trêmulas, mas o olhar era firme. Determinado.

— Você? — murmurou Alex, confuso.

— Eu não sei se sou o escolhido, talvez nem meu irmão seja. Mas alguém vai pôr um fim nisso. E se eu fosse você... eu teria medo.

Alex sorriu. Pela primeira vez, não era um sorriso de loucura, mas de alívio. Aquele garoto... era a centelha que ele nunca teve.

Sem pensar, Alex tomou um galão de gasolina e começou a despejá-lo por toda a casa — e sobre si mesmo.

— Eu não vou ser seu escravo, Roxy! Prefiro arder!

Ele acendeu o isqueiro.

— PIRRALHO! EU NÃO CONHEÇO VOCÊ! MAS EU CONFIO EM VOCÊ!

As chamas consumiram tudo — a madeira, os móveis, os corpos. E a ele.

Mas Roxy não morreu com as chamas.

No último instante, enquanto Alex gritava, seu corpo tomado pelo fogo, Roxy sorriu mais uma vez. E estendeu a mão. Uma sombra se desprendeu das cinzas e puxou algo de dentro de Alex. Um grito de dor, um último olhar de horror... e sua alma foi arrastada direto para as trevas.

Enquanto a casa queimava até virar cinzas, as paredes pareciam sussurrar. A risada de Roxy ecoava ali, mesmo sem corpo. Mesmo sem vida.

— Hey! Nicolas! De novo, cara? Está viajando? — a voz de Clara o arrancou daquele abismo.

Ele abriu os olhos, ofegante, suando frio. Estava na sala de aula. Mas algo estava errado. Ele sentia que aquele “sonho” era mais real do que qualquer outra coisa. O cheiro de fumaça ainda parecia preso em suas narinas.

— O que foi, pirralha? — tentou disfarçar, mas sua voz saiu vacilante.

— Você de novo preso no seu mundinho. Estranho... parecia até que você ia chorar — disse Clara, com um olhar desconfiado.

— Não fode, garota...

Nicolas se levantou e saiu da sala, indo até o bebedouro. Lavou o rosto. Respirou fundo. Mas a pergunta não parava de ecoar em sua mente:

“Quem era aquele homem queimando... e por que ele gritava meu nome dizendo que acreditava em mim?”

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𝖤𝗎 𝗏𝗈𝗎 𝗺𝗼𝗿𝗿𝗲𝗿 de 𝗋𝗂𝗋 𝗊𝗎𝖺𝗇𝖽𝗈 𝗍𝗎𝖽𝗈 𝗌𝖾 𝗰𝘂𝗺𝗽𝗿𝗶𝗿.

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⚝ ⠀ ⠀⠀⠀☾ ⠀ 𝂅    𝗙𝗂𝗇𝖺𝗅𝗂𝗓𝖺𝖼̧𝖺̃𝗈    𝂅 ⠀ ☾ ⠀⠀⠀⠀ ⚝

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٬ Chegamos ao fim do blog. Foi um prazer compartilhar ideias, experiências e momentos com vocês ao longo desse tempo. Espero que tenham gostado do conteúdo!

Se você curtiu, deixe um comentário ou uma curtida — isso sempre faz a diferença e me deixa muito feliz.

Desejo a todos um bom dia, uma ótima tarde e uma excelente noite, onde quer que estejam.

Adeus, e obrigado por tudo!

──    ּ     ּ   𝗕𝗅𝗈𝗀   ּ   ✿

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𝗔𝖾𝗌𝗍 𝗉𝗈𝗋 𝗯𝗹𝘂𝗺𝗲𝗿.     ּ     𝗗𝗂𝗀𝖺 𝗇𝖺̃𝗈 𝖺𝗈 𝗉𝗅𝖺́𝗀𝗂𝗈!

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