Konoha News | A Influência das Mitologias Japonesas e dos Samurais em Naruto

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Ohayou, otakus! Tudo bem com vocês hoje? Se a resposta for não, desejamos melhoras. Alguém aí sabia que o universo de Naruto é enraizado com elementos culturais do Japão, especialmente nas várias mitologias locais e nos códigos de conduta dos samurais. Masashi Kishimoto, criador da obra, resgata símbolos ancestrais, figuras lendárias e princípios morais de séculos da história japonesa, mostrando assim que sua obra vai além de uma simples narrativa shounen de batalhas. O universo de Naruto combina tradições mitológicas e o espírito guerreiro dos samurais com elementos modernos de fantasia e aventura, mostrando que esse mundo é cheio de simbolismo, onde técnicas e personagens carregam ecos de um ado marcante, sagrado e filosófico. Isto mostra a fusão entre tradições e ficção, o que torna a obra um reflexo da identidade cultural do Japão, reimaginada para novas gerações futuras. Sem mais enrolação, sigam para o próximo tópico.

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O universo de Naruto é recheado de conteúdo, um deles é a referência às mitologias do Japão, como deuses (tipo os gregos, exemplo: Zeus) ou criaturas (minotauros, centauros, gárgulas etc.). O Kishimoto soube encaixar muitos contos em sua história, mas deixando do jeito dele e sem perder a essência do anime, que é o Mundo Ninja. Iremos deixar exemplos mais específicos de algumas referências que foram utilizadas e falar um pouco sobre cada uma delas:

Amaterasu: no anime é retratado como um dos poderes oculares dos Uchiha, mas na mitologia japonesa se trata de uma deusa do xintoísmo, que podemos dizer ser uma religião muito popular no Japão, como a cristã é para os brasileiros. Além disso, Amaterasu é a fonte de calor e luz (parecida com o Abel da mitologia grega), e filha de dois deuses, que também fazem parte do universo de Naruto e da mitologia japonesa, que seriam: Izanagi e Izanami, os pais de todos os deuses japoneses (assim como Cronos e Reia, na Grécia).

Tsukuyomi: mais uma referência vinda do poder ocular dos Uchiha, trata-se de um Genjutsu muito poderoso e tendo uma versão ainda mais poderosa (Tsukuyomi Infinito), com o qual Madara tinha planos para aprisionar o mundo e se tornar uma divindade, praticamente. Na mitologia japonesa Tsukuyomi é o deus da Lua, então é muito popular no Japão, já que é responsável pelos ciclos lunares e pela escuridão da noite. Como contamos acima, os deuses têm parentesco com outros que também fazem referência a mitologia japonesa, no caso do Tsukuyomi não é diferente, já que ele é irmão de Susano'o e Amaterasu, técnicas Uchiha e que também fazem parte dos contos japoneses.

Oni: ao contrário das referências acima, essa não é direta, pelo menos o nome que foi dado é diferente, mas segue a aparência e demais características do que iremos contar adiante. No anime, tem vários demônios, mas um deles faz alusão aos Onis, criaturas japonesas responsáveis por manter a ordem no Inferno, mas a quem diga que tem dedo deles quando doenças e desastres naturais atingem o Japão. No anime, existe uma técnica chamada "Selo Consumidor do Demônio Morto", criada pelo clã Uzumaki, e usada pelo Quarto Hokage para selar a Raposa de Nove Caudas em Naruto. Também não podemos deixar de falar que a técnica foi utilizada pelo Terceiro Hokage nos Exames Chuunin, na tentativa de selar Orochimaru. O demônio responsável por fazer o processo do selo é o Shinigami, esse que faz referência aos Onis, e uma prova disso é sua aparência horripilante e imponente. Também podemos dizer que selar a alma do ninja é outra comprovação, pois as criaturas demoníacas também fazem algo parecido no Inferno com os espíritos humanos.

Essas são algumas referências muito bem feitas no anime, mas se vocês apenas pesquisarem sobre a vasta mitologia japonesa, vão notar muitas e muitas outras alusões em Naruto, pois para aqueles que viram a obra do Kishimoto já conseguem assimilar bem todas as referências em questão e as que não estão também.

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A figura do samurai, com sua armadura imponente e espada afiada, carrega muito mais do que apenas habilidades de combate. Por trás da lâmina, existia um conjunto de valores conhecido como Bushidou, o “caminho do guerreiro”. Coragem, honra, lealdade, autodisciplina e um profundo senso de dever eram pilares desse código. Esses mesmos princípios ecoam fortemente na filosofia dos ninjas de Naruto.

O protagonista Naruto Uzumaki, por exemplo, vive em busca de reconhecimento e deseja proteger os outros a qualquer custo — mesmo aqueles que já o machucaram. Isso reflete o espírito do giri, uma obrigação moral fortemente presente na ética samurai. A lealdade de personagens como Kakashi, a honra de Itachi e o autocontrole de personagens como Neji demonstram como os ninjas de Konoha são, muitas vezes, mais próximos dos samurais do que dos ninjas estereotipados da ficção ocidental.

Apesar de ninjas e samurais historicamente ocuparem papéis diferentes — os primeiros mais voltados à espionagem e subterfúgios —, Naruto funde esses mundos em uma narrativa rica em valores humanos. O “caminho ninja”, como os personagens frequentemente chamam sua filosofia de vida, é uma versão moderna do Bushidou, adaptada ao universo de Masashi Kishimoto.

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Um dos aspectos mais fascinantes de Naruto é como os clãs ninjas são organizados — cada um com suas técnicas únicas, tradições próprias e heranças ancestrais. Essa estrutura é um espelho direto da organização social do Japão feudal, com a qual famílias influentes controlavam territórios e protegiam suas linhagens com rigor.

Clãs como os Uchiha, com seu poderoso Sharingan e um forte senso de orgulho, lembram os grandes clãs guerreiros do ado, como os Taira ou Minamoto, cuja rivalidade moldou a história japonesa. Já os Hyuuga, com sua rígida hierarquia interna e tradições antigas, evocam a importância da hereditariedade e do dever familiar no contexto feudal.

Essas dinâmicas não servem apenas como pano de fundo — elas impactam diretamente os conflitos internos dos personagens. Sasuke Uchiha carrega o peso de um legado destruído e vive em busca de redenção e justiça. Hinata Hyuuga luta contra as expectativas de uma família conservadora para afirmar sua própria identidade. São dilemas profundamente humanos, mas moldados por estruturas que lembram as da sociedade japonesa de séculos atrás.

Através dos clãs, Naruto nos mostra como o ado vive no presente — tanto como uma âncora quanto como uma fonte de força. Tradição e renovação caminham lado a lado, e os personagens são, ao mesmo tempo, herdeiros e reformadores de suas linhagens. Uma bela analogia à própria cultura japonesa, que equilibra com maestria o antigo e o novo.

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𝗠𝗶𝗌𝗍𝗂𝖼𝗈 /)／)

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As várias técnicas ninjas, que são conhecidas como jutsus, em Naruto, vão além de habilidades de combate, são manifestadas através de um sistema simbólico profundo, que tem correlação com esoterismo oriental, o misticismo budista e as práticas do taoismo. Muitas técnicas dessas têm base nas mudras (selos de mãos), que têm como origem de rituais budistas usados para canalizar energias espirituais, que são chamadas de kuji-in. Cada um dos selos é representado por uma energia ou até mesmo por uma divindade específica, conectando seus personagens às forças místicas superiores.

O uso do chakra, energia vital que flui pelo corpo, também se remete aos conceitos hindus e budistas sobre os centros de energia que existem no corpo humano. Manipular o chakra, realiza feitos sobre-humanos, que muitos dizem ser uma alegoria do autodomínio e da iluminação espiritual.

Em Naruto, os clãs e suas múltiplas técnicas exclusivas são todas carregadas de simbolismo. Um exemplo disso é o clã Uchiha, que possui o Sharingan, olho que concede habilidades visuais fora do comum e extraordinárias, que se ativava devido a dor ou perda do seu usuário, esse fator tem referência direta com o conceito de sofrimento como catalisador para o despertar espiritual. Já em outro clã, como os Hyuugas, com o seu Byakugan, o que significa visão interior e discernimento espiritual, que é associada à pureza e à clareza da mente do usuário.

Elementos como este, combinados com os vários cenários narrativos e as suas várias lutas dramáticas, demonstram que o misticismo no universo de Naruto mostra que não é um conceito estético, mas serve para transmitir conceitos e valores profundos sobre o poder, sacrifício, equilíbrio e o seu autoconhecimento.

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Encerramos assim mais um conteúdo do jornal Konoha News, que explorou esse tema com o qual podemos perceber como isso influenciou na obra de Masashi Kishimoto. Naruto vai muito além do que simples histórias ninjas, a obra é um verdadeiro tributo para a cultura do Japão, trazendo eventos mitológicos, filosóficos e histórias que enriqueceram sua narrativa, que dá profundidade para cada história dos personagens. Que esse tema sirva para ampliar nossa visão sobre Naruto, reforçando a tradição que pode dialogar com a modernidade de uma forma criativa e inspiradora. Até a próxima, otakus!

ㅤㅤ ⏜ㅤ⸜ㅤㅤꥒㅤ⿺ㅤ◌ㅤ𝗘ϙᴜɪᴘᴇㅤ⎯⎯⎯⎯

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ㅤㅤ◌ㅤ◌ㅤ⸝𝗟ɪ́ᴅᴇʀㅤ⎯ ㅤPedro

ㅤㅤ◌ㅤ◌ㅤ⸝𝗩ɪᴄᴇ-ʟɪ́ᴅᴇʀㅤ⎯ ㅤ

ㅤㅤ⾠ㅤ⟋ㅤ◌𝗝ᴏʀɴᴀʟɪsᴛᴀs:

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