Heartstopper: finalmente uma nova série boa na Netflix?

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•𓏲❀ 𝐖.ᥱᥣᥴomᥱ  ٫

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⠀⠀⠀⠀⠀⠀᥀           襼覊觀;觿     ٬ 𝕀.ɴᴛʀᴏᴅᴜᴄ̧ᴀ̃ᴏ｡

𑃰̸؛ Opa, rapaziada! Tudo tranquilo? Tudo na paz? Espero que sim. Sou eu, Flames, de novo!

Após um período relativamente longo de tempo (durante minha saída do Amino, que, sinceramente, achei que seria permanente, mas não foi), eu estou de volta com uma postagem sobre uma série que é, provavelmente, minha favorita no momento: Heartstopper.

Por isso, vim, também, viciar vocês e falar sobre como é extremamente importante para os jovens na atualidade.

Já aviso com antecedência que este blog contém spoilers da série Heartstopper.

Sem mais enrolação, arraste para baixo.

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⠀⠀⠀⠀⠀⠀᥀           襼覊觀;觿     ٬ Heartstopper｡

𑃰̸؛ Originalmente, Heartstopper é uma webcomic britânica escrita e ilustrada por Alice Oseman, mas, recentemente, a Netflix fez uma adaptação em série, protagonizada pelo ator Kit Connor (personagem: Nicholas Nelson) e Joe Locke (personagem: Charlie Spring). Neste blog, vou focar mais na adaptação, especificamente.

A série em questão conta a história de Charlie, um garoto gay que se apaixona por Nick Nelson, o jogador de rugby supostamente hétero de sua escola, que senta-se ao lado do garoto durante a aula. Embora a série foque mais em Charlie e Nick, seus amigos Tao (William Gao), Darcy (Kizzy Edgell), Tara (Corinna Brown) e Elle (Yasmin Finney) também possuem certo destaque.

Temas importantes abordados são o bullying/homofobia, saúde mental, sexualidade, relacionamentos tóxicos, amizade, aquele romance de dar inveja (candidatos a serem o Charlie Spring para meu Nick Nelson, eu aceito), entre outros.

Por ter sido lançada há pouco tempo (22 de abril de 2022), infelizmente, Heartstopper possui apenas uma temporada de oito episódios um tanto curtos (por volta de 20-30 minutos cada).

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⠀⠀⠀⠀⠀⠀᥀           襼覊觀;觿     ٬ Importância｡

𑃰̸؛ Quando assisti, imediatamente me identifiquei com a vivência de alguns personagens, especialmente Nick Nelson, porque, dentre outros motivos, temos a mesma sexualidade, o que faz com que nosso processo de "descobrimento" seja um bocado parecido. Particularmente, nunca pensei que eu me identificaria tanto com algo quanto me identifiquei com a série, principalmente quando Nicholas se assume para a mãe ao final e os momentos em que ele pesquisa sobre a possibilidade de não ser heterossexual. Eu me sentia exatamente da mesma maneira (e, honestamente, chorei litros KKKKK).

Novamente, acredito que as confusões e dificuldades de Nick possam ser relacionáveis para adolescentes hoje em dia. É normal ter esse tipo de confusão sobre quem você é em algum momento da vida e, pessoalmente, acho que esse era um dos propósitos de Alice enquanto produzia Heartstopper. Há sempre esse tipo de pressão para se envolver em um relacionamento heterossexual e você, digamos, só aceita isso, porque é isso que a sociedade quer que faça. Às vezes, você pode sentir que não se mistura bem no seu grupo de amigos e está fazendo de tudo para se encaixar, enquanto sua personalidade real está enterrada dentro de sua pessoa em algum lugar. Nelson se sente da mesma maneira! Essas são lutas normais para um adolescente e é por isso que o show é tão bom para as novas gerações, muito natural e tranquilo, de maneira que o tópico abordado não fica muito pesado ou sobrecarrega o espectador.

Não vamos descartar como muitos dos fãs também podem se ver em Charlie, um adolescente bastante introvertido que lida com bullying simplesmente por culpa de sua sexualidade, além dos conflitos para sair de seu relacionamento abusivo com Ben Hope, que queria manter o namoro em segredo, tratando-o mal em público. Tópicos sérios, como a ansiedade de Charlie Spring, TOC e transtorno alimentar, que são indiretamente citados, mas acredito que muitos tenham notado e se enxergado na mesma situação.

O desenvolvimento do relacionamento de Charlie e Nick é muito genuíno e doce. Não é sexual, tampouco adulto, porque ambos são adolescentes. Eu tenho que dizer que é definitivamente, absurdamente perturbador o quanto os casais LGBT+ são sexualizados/fetichizados simplesmente por existirem, então espero que Heartstopper ajude a quebrar um pouco esse estereótipo.

Li muitos relatos como o meu de adolescentes/adultos jovens que se identificaram com algum personagem, utilizaram alguma cena para se assumir ou que Heartstopper ajudou-os a descobrir a própria orientação sexual. Creio que esse seja justamente o objetivo que queremos atingir ao trazer mais representatividade a grandes mídias. O sentimento de pertencer a algo, se ver em algo é incrível, ainda mais para os jovens da atualidade, que, muitas vezes, questionam a própria sexualidade e não têm a que ou quem recorrer. Nesses casos, esse tipo de representação pode ser, ainda por cima, uma forma de conforto, de saber que você não está sozinho e normalizar a situação.

Obviamente, a inserção de personagens LGBTQ+ em séries, filmes e outros não vai acontecer repentinamente, mas é importante começar aos poucos, para que, em um futuro próximo, seja tão comum e razoável quanto assistir a uma série de romance heterossexual, por exemplo. Apesar disso, sempre haverão pessoas reclamando, e, infelizmente, é impossível mudar isso, por mais que diminua muito.

Não só para a geração atual, Heartstopper também afetou os mais velhos, que desejavam ter uma série como essa, que retrata relacionamentos LGBTQ+ com tanta naturalidade, enquanto cresciam em uma sociedade ainda mais preconceituosa e intolerante do que a atual.

Eu não vejo a obra como algo feito para héteros, o que não significa que eles não possam gostar, mas provavelmente é um sentimento drasticamente diferente e imagino que não seja uma experiência tão boa quanto.

Embora foque em um relacionamento fofo entre dois garotos, o bullying ainda é presente, mas não tão enfatizado quanto em outras séries. Muitas vezes, retratando casais LGBTQ+, os seriados mostram a vida do protagonista como um verdadeiro inferno, de modo demasiadamente deprimente, como se tal pessoa não fosse capaz de ser feliz por não ser heterossexual, mas, em minha visão, isso é, por vezes, exagerado e pode causar um impacto negativo em quem assiste. Todavia, Heartstopper mostra os dois lados. Sendo assim, ainda que apresentando a jornada de um lindo par amoroso e amigos solidários, podemos enxergar que "nem tudo são flores".

Eu absolutamente amo os quadrinhos, mas é importante itir que a série nos deu a oportunidade de ver um desenvolvimento maior de assuntos como lesbofobia e o relacionamento de Tara e Darcy foi lindamente mostrado.

Os personagens também são muito cativantes e carismáticos. Meus favoritos são Darcy e Nick, mas amo quase todos (Ben e Harry, vocês podem ir se foder). Duvido seriamente que você, leitor, não se identificará com nenhum personagem.

Para finalizar, a classificação indicativa de Heartstopper é de 12 anos e não há nada explícito. Portanto, você pode, sim, assistir com sua família!

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𑃰̸؛ Apesar de não ter sido um blog longo, gostei bastante de escrever e espero que você tenha achado interessante também! Minha intenção era, principalmente, mostrar pontos positivos da série Heartstopper e talvez compartilhar de uma boa discussão com outras pessoas que assistiram. Por isso, se já assistiu, diga-me sua opinião! Apenas peço que o faça de maneira civilizada.

No mais, esta postagem acaba por aqui. Obrigado por ler!

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𝐁ʟᴏɢ ]

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