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Chegará o dia

Em que ele perderá a noção do ado e presente,

Sem ter nenhuma margem de futuro.

Em um pobre olhar, ele contemplará o céu noturno

Uma última vez, sem que nenhuma estrela esteja lá,

Sem que nenhuma luz brilhe o bastante

Para alcançar sua alma.

E aquele horizonte, tão citado e tão visitado,

Irá desaparecer em uma miragem

Que fará do anoitecer púrpura a escuridão eterna.

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