Sou apenas poesia

Que tipo de pessoa eu sou?

Me pergunto sobre isso, bastante

Que tipo de amiga eu sou?

Que tipo de namorada eu sou?

Será que eu sou o suficiente?

Será que não tem melhor?

E na realidade, é muito simples

Eu não sei quem sou ou quem posso ser

Vivo na constância de um momento nada menos que intolerante

Não dá para entender

E quando dá, sou apenas poesia

Algo lindo e uma mente vazia

Difícil entender quem sou, num mundo tão complexo, cheio de vaidade

Então na verdade, não sei quem sou, e tudo bem em não saber

É complexo tentar voltar ao ado e consertar

Não é fácil saber onde começar

O que gosto, as pessoas que posso conhecer

As pessoas que conheci

E cada parte de mim

Sou mais inteira do que antes, sei disso apenas neste momento

Uma verdade que dura pouco

Sou tudo e nada, sou algo incessante

Nunca basta algo para chamar de lar

Não basta eu me encontrar em apenas metade

Eu sou o que amo e o que não amo, na verdade

Sou quem fui ontem e quem serei amanhã

Sabemos disso, apenas no que é o agora, no que não é solidão

Talvez depois, ela venha isolar o nosso coração

Só que não existe isso de ser “suficiente” ou “bastante”

Nunca seremos imbatíveis ou inesquecíveis

A única coisa que podemos fazer de memorável, é gostar e amar

Não é sobre as vezes que deixamos a vida nos jogar

Ou quando dói tanto que demora para respirar

É sobre acreditar

Acreditar que algo pode curar, que algo pode durar

Ou que podemos amar

Mesmo depois de doer

Ou talvez de não sabermos quem podemos ser