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❥ I would never forget you — One-shot Julerose ⸙͎۪۫ | #CLTMPO participando

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➥ 𝑰𝒏𝒕𝒓𝒐𝒅𝒖𝒄𝒕𝒊𝒐𝒏 `` :bouquet:

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彡 Oiii, tudo bem com vocês? Espero que sim.

No blog de hoje eu vim trazer uma One-shot

de Julerose chamada “I would never forget

you”, traduzindo: “eu nunca esqueceria você”.

Também estou participando com ela do de-

safio incrível do Team MPO. Bom, vamos lá!

(perdão pela qualidade das imagens)

Desafio: :dizzy:

#CLTMPO

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➥ 𝑾𝒉𝒂𝒕'𝒔 𝑶𝒏𝒆-𝒔𝒉𝒐𝒕? `` :bouquet:

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彡 Wikipedia : One-shot (ou “um-tiro” - por ser

uma leitura rápida) é um termo utilizado para

mangás (quadrinhos, comics, banda dese-

nhada, etc)   que contenham   somente um

capítulo não fazendo   parte de uma série,

seja ele curto e postado de uma só vez ou

longo e postado em partes.

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➥ 𝑰𝒏𝒇𝒐𝒓𝒎𝒂𝒕𝒊𝒐𝒏 `` :bouquet:

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彡 𝗧í𝘁𝘂𝗹𝗼: I would never forget you

彡 𝗧𝗿𝗮𝗱𝘂çã𝗼: Eu nunca esqueceria você

彡 𝗚ê𝗻𝗲𝗿𝗼: Romance • Drama • LGBT

彡 𝗖𝗹𝗮𝘀𝘀𝗶𝗳𝗶𝗰𝗮çã𝗼: Livre

彡 𝗧𝗮𝗺𝗮𝗻𝗵𝗼: 3666 palavras

彡 𝗦𝗵𝗶𝗽𝗽: Julerose

彡 𝗡𝗮𝗿𝗿𝗮𝗱𝗼𝗿: Rose Lavillant

彡 𝗔𝘂𝘁𝗼𝗿𝗮: Phoenix (Giih)

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➥ 𝑰𝒏𝒔𝒑𝒊𝒓𝒂𝒕𝒊𝒐𝒏 + 𝑪𝒉𝒂𝒍𝒍𝒆𝒏𝒈𝒆 `` :bouquet:

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彡 Essa one-shot foi uma adaptação de uma

antiga   minha   que   eu havia   postado em

outras comunidades, a reescrevi mudando

algumas partes e adicionando outras (mui-

tas outras kkkk).   Eu mudei um pouco a

personalidade das   personagens para   se

encaixar na história original da one-shot.

Amo   demais esse   shipp, gente.   Queria

muito ver mais   interações das duas na

série! #Julerose :yellow_heart:

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➥ 𝑶𝒏𝒆-𝒔𝒉𝒐𝒕 `` :bouquet:

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𝕀 𝕨𝕠𝕦𝕝𝕕 𝕟𝕖𝕧𝕖𝕣 𝕗𝕠𝕣𝕘𝕖𝕥 𝕪𝕠𝕦

O dia havia amanhecido como todos os outros e eu, novamente, esperava que ela voltasse. Esperava que pudesse sentir o seu perfume ou o cheiro do chocolate quente pela manhã que apenas ela sabia fazer. Há três dias foi o aniversário da minha mãe e amanhã faria três anos que ela nos deixou.

Na escola, eu era bem “popular”, quer dizer, eu tinha certa influência na classe, possuía amigos e era ouvida em debates. As pessoas sabiam quem eu era mesmo que não me conhecessem. A maioria não me conhecia.

Alix e Mylène conversavam sobre algo que eu nem lembrava direito, estava perdida em pensamentos, o que era comum para mim. Apesar do fato das duas serem o mais próximo que eu pudesse chamar de “melhores amigas”, elas não sabiam sobre o que eu havia denominado A Semana da Melancolia, que mais tarde mudei para Metamorfose (Sra. Haprèle adorava borboletas).

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Como minha mãe havia falecido na mesma semana de seu aniversário, eu fazia uma comemoração durante a semana inteira em homenagem a ela. Frequentava lugares que ela gostava, usava coisas dela e fazia coisas que nós fazíamos juntas. Era algo que eu não mencionava mas gostaria que alguém me entendesse e entendesse minha dor.

Durante meu devaneio, me peguei olhando para uma garota: Juleka Couffaine. Ela fazia parte da banda da escola e andava com artistas da nossa turma como Marinette Dupain-Cheng e Nathaniel Kurtzberg, fora os integrantes da banda. Nunca havia falado com ela mas ela tinha uma energia muito familiar, seus cabelos com mechas roxas me lembravam histórias da juventude de minha mãe, e aqueles olhos tão misteriosos e envolventes pareciam como um delírio para mim.

Meus sentimentos eram, muitas vezes, confusos. Eu me sentia presa muitas vezes, mesmo tendo tudo sob controle e aquela garota emanava paz, mas a forma como meu coração falhava quando ela sorria, mesmo que de longe, trazia a tona sentimentos e situações que eu preferia evitar.

Tentei evitar olhá-la por tanto tempo e voltar minha atenção para a conversa das garotas.

— O Ivan e eu estamos planejando um encontro de casais para a turma quando ele voltar da Itália, será incrível. – Mylène quase dava pulinhos na cadeira – Seu primeiro encontro em público!

Alix e Max, apesar das personalidades diferentes, começaram a namorar havia pouco tempo e não tinham ainda assumido sua relação, Mylène achava que essa seria a oportunidade perfeita para tal feito.

— Acho que vamos sair antes do fim do ano mas maneiro, vou falar com o Max, ele vai gostar. – a garota desviou o olhar para mim – E você, Rose, quem vai levar? Nunca vi você com nenhum garoto, não tem problema nenhum ir sozinha.

— Eu estou bem, acho que vou adiantar os trabalhos da escola do ano que vem. – respondi antes do sinal tocar indicando o fim da penúltima aula

Guardei minhas coisas pois a última aula seria de educação física. Enquanto todos saíam, fiquei por último e a minha rival de debate veio me importunar.

— Juleka Couffaine, really? – perguntou a garota com deboche

Lila Rossi quando mudou para nossa escola era um amor de pessoa com todo mundo, ela e a Marinette tiveram umas desavenças mas, para mim, era apenas uma competição pelo coração do Adrian. Então, eu entrei para o clube de debate da escola no qual ela era líder e foi aí que toda aquela máscara de boa moça começou a cair. Com o decorrer do tempo, os professores começaram a elogiar o meu discurso dizendo que eu era uma pessoa muito eloquente e comunicativa, Lila não gostou desse desvio de atenção e chegou a me ameaçar para sair do clube. Felizmente (ou infelizmente), eu não desisti do posto e desde então estamos em guerra constante, não apenas no debate mas na classe também. Chega a ser cansativo lidar com todas as provocações.

— Será que pode me deixar em paz, please? – disse zombando da sua mania de usar palavras em inglês no meio de todas as suas frases

Acabei de guardar meu celular e saí depressa na intensão de ignorá-la mas, obviamente, em vão. Alcançou-me com uma feição irritada, Lila não gostava de ser ignorada, e me disse que eu nunca seria namorada de ninguém muito menos de alguém como a Juleka e muitas outras baboseiras.

— Pelo menos, eu não sou o tipo de pessoa que se importa com a solidão, diferente de você que está a todo momento implorando por atenção. – e ei por ela rumo a quadra

A aula demorou a ar, jogávamos queimada e aquele não era meu esporte favorito. Eu sempre fui muito avoada e o jogo exigia atenção, no começo eu até me concentrei o suficiente para não ser atingida porém as palavras de Lila ecoavam na minha cabeça. Sabia que aquela implicância toda era exclusivamente por conta do debate do fim das aulas, faltavam seis meses. Seu plano era me atordoar o semestre inteiro pra eu não ter sanidade mental pra enfrentá-la. Mesmo assim eu fiquei um pouco chateada.

Tudo aconteceu muito rápido: a bola me atingiu com força na cabeça e eu caí no chão da quadra uns segundos antes do Diretor, o Sr. Damocles, me chamar com uma cara nada simpática para a diretoria. Vi de canto de olho minhas amigas confusas com sua atitude e minha rival com um sorriso diabólico nos lábios. Engoli em seco, estava agora entrando em uma zona desconhecida.

Me levantei ainda meio zonza da bolada e subi até a sala do Diretor, ele me esperou entrar e então fechou a porta atrás de mim.

— O que você fez não tem cabimento, Srta. Lavillant. – cuspiu as palavras dirigindo-se a sua mesa – Não posso tolerar esse comportamento na minha escola! O que pensariam do Colégio Françoise Dupont?

Conhecendo a Lila, eu sabia que ela havia armado para mim. Provocá-la de volta não era a melhor escolha a se fazer mas eu estava de saco cheio da garota e infelizmente havia aberto uma ferida. A confusão tomava conta de mim, nunca vira Sr. Damocles daquele jeito e isso não era um bom sinal.

— Senhor, não sei do que estou sendo acusada. – respondi tentando entender a situação para então usar meus artifícios comunicativos adquiridos nos debates

— Não se faça de desentendida, Lila disse que viu você empurrando Marc da escada! – sua negação com a cabeça era constante

Marc era um garoto que também frequentava o clube de Arte, namorava Nathaniel e há uns dias ele havia caído da escada e quebrado o tornozelo. Não havia ninguém na escola no momento pois ele havia se voluntariado para arrumar a sala após a aula extra, enquanto todos já tinham ido embora. Ele foi levado ao hospital e não podia receber visitas pois seu estado era grave. Então, só havia a palavra da Lila naquilo tudo. E parecia que Sr. Damocles não precisava de uma declaração de Marc.

— Lila está mentindo, ela me odeia e só quer me prejudicar. – os primeiros sinais de desespero começaram a aparecer – Ela manipula todo mundo.

— Então, onde estava há três dias?

E chegamos em um beco sem saída. Há três dias eu estava sozinha no Parque das Cerejeiras comemorando o aniversário da minha mãe. Mas o foco não era aonde eu estava e sim quem estava comigo: ninguém, e esse era o problema.

— Eu estava no parque, fiquei lá o dia todo. – respondi começando a suar

— Que desculpa mais esfarrapada, Srta. Lavillant. Esperava mais de você, levando em conta seu prestígio nessa escola. – ele tirou um papel de sua gaveta e o arrastou até mim – Não terei outra alternativa senão expulsá-la.

— O quê? –estava quase gritando de raiva, de angústia, de medo – Não pode fazer isso, é uma injustiça! Eu já disse onde estava.

— E eu disse para contar outra. – sua expressão ficava mais ríspida a cada momento – Pode itir e sairá com punições menores.

Naquele momento eu explodi. Algo que eu valorizava muito era a honestidade e o diretor queria que eu mentisse para facilitar o seu trabalho, eu não toleraria isso.

— Não vou itir algo que eu não fiz! – senti as lágrimas quentes descendo lentamente pelo meu rosto que devia estar totalmente vermelho no momento

Sr. Damocles se levantou com uma expressão cem vezes pior do que quando eu havia entrado na sala, esperava que ele me expulsasse de lá aos gritos. Em vez disso, ele foi surpreendido pela porta aberta e o surgimento de alguém que interrompeu o seu possível discurso.

— Eu acredito na Rose. – senti então uma mão feminina em meu ombro, olhei de leve para o lado e fiquei chocada com as mechas roxas: era Juleka!

— Isso aqui é uma reunião particular e não pedi sua opinião. – respondeu grosseiro – Além disso Lila é testemunha...

— E eu sou o álibi. – interrompeu ela novamente, naquele momento eu estava completamente em choque para dizer qualquer coisa – Ela estava no Parque das Cerejeiras assim como disse.

— Isso é...

— Uma dúvida, certo? É a minha palavra contra a da Lila. – questionou ela

O diretor perdeu a fala. Eu não sabia o porquê de ela estar fazendo aquilo, mal nos conhecíamos. Será que ela havia mesmo me visto ou estava apenas me encobrindo? Não tinha feito nada de errado mas precisava que alguém acreditasse em mim. E Juleka Couffaine era esse alguém.

Depois de todo o ocorrido eu fui liberada por falta de provas e necessidade de uma investigação completa, além da declaração de Marc. Minha cabeça pesava e a aula já havia acabado quando chegamos ao pátio, todos tinham ido embora. Juleka então se ofereceu para me acompanhar até em casa e eu, rapidamente, aceitei.

Conversamos sobre várias coisas durante o trajeto e foi muito bom. Era muito fácil conversar com a garota, era como se já fôssemos amigas há anos. Algo nela me lembrava da minha mãe, sua energia era contagiante e divertida, o que me fez sorrir apesar de todos os recentes acontecimentos.

— Você me viu mesmo no parque? – perguntei após um breve silêncio, aquilo estava me angustiando – Por que fez isso por mim?

— Não importa. Eu acredito em você. – respondeu ela - Há um tempo que venho te observando de longe e sinto que você não seria capaz de algo assim. – ela fez uma pausa – E se isso te tranquiliza, eu realmente te vi no parque... Você estava jogando flores no lago.

Corei com aquela revelação. Então, ela também prestava atenção em mim, mesmo que tivéssemos muitas diferenças. Ela me vira no lago, não tinha decidido se aquilo era bom ou ruim mas, consequentemente, lembrara da minha mãe de novo. Muitas coisas em Juleka me lembravam dela, principalmente a maneira como ela me fazia rir sem esforço algum. Sorri comigo mesma.

— Preciso te recompensar de alguma maneira. – disse

— Ah, qual é? Claro que não. – respondeu ela

— Vou ter que insistir, por favor.

Ela pensou um pouco e então perguntou:

— Por que estava no lago despedaçando flores. – perguntou ela receosa com a minha reação – Se for muito pessoal, me desculpe, não precisa responder.

Ela era muito educada e simpática, como nunca havíamos conversado antes? O jeito louco como tudo aconteceu ainda me deixava surpresa. Apesar de Lila ter mencionado nossos nomes e namorada na mesma frase, não via aquilo como algo assim. Era tão caloroso o que eu sentia mas sem segundas intenções ou qualquer coisa do tipo, apesar de concordar que me apaixonava aos poucos por ela.

Voltei a pergunta feita e respirei o ar fresco de Paris antes de responder.

— Minha mãe morreu há três anos, aquele era o lugar preferido dela. – contei remexendo nas lembranças – E ela amava como as flores ficavam bonitas refletidas na água do lago.

Ela ficou em silêncio enquanto eu contava sobre minha mãe, sorria comigo em alguns momentos e chegou a gargalhar com uma história antiga da minha infância.

— Eu sinto muito por ela, era uma mulher incrível. – disse sorrindo solidária – Teria orgulho de você, Srta. Debate. – ela me empurrou de leve com o ombro e eu sorri com o gesto.

— Sabe... Parece que eu te conheço há tempos. – revelei próximo a entrada de casa – Como se você fosse alguém do meu ado, que por algum motivo, eu esqueci.

Ela riu dando de ombros e colocando suas mãos nos bolsos de seu moletom.

— Não posso dizer o mesmo. – disse ela

— Ah... Eu... Não... – achei que tinha estragado tudo, o que ela ía pensar?

— Relaxa, não é algo ruim. – justificou-se logo – Mas se quiser saber o motivo terá que se meter em confusão de novo pra eu te salvar, de novo.

— Vou pensar em alguma coisa. – respondi entrando na brincadeira

Ela sorriu uma última vez, me deu um beijo na bochecha e foi embora. Eu fiquei ali, parada, sem acreditar que tudo aquilo não era um sonho. Repousei a mão onde ela havia beijado e pensei: nós tínhamos conversado sobre tudo, eu contei sobre a minha família, havia acontecido algo que parecera um flerte intencional e ela havia me dado um beijo. Ok, estava tudo normal... Tirando o fato de que eu parecia estar vivendo um clichê romântico da Netflix. Muitas coisas em pouco tempo.

A noite demorou a ar, talvez porque meu coração não parava quieto me deixando ativa quase a noite inteira. Sentimentos novos, paixão nova, então é assim a vida de um adolescente comum? Eu só sabia que queria que o sol nascesse logo para poder encontrá-la de novo. Dessa vez eu teria coragem.

No dia seguinte, eu encontrei Juleka na sala e ela convidou Alix, Mylène e eu para nos sentarmos perto. Cada mesa possuía duas cadeiras, por fim ficaram as duplas: Marinette e Alya, Alix e Mylène, Juleka e eu, e Nathaniel e Marc. A propósito, ele havia voltado pra escola com muletas por conta do gesso.

— Soube que se meteu em confusão por minha causa. – disse ele enquanto estávamos no intervalo da aula – Meu estado nem era tão grave assim mas meus pais são super protetores, eu podia ter ajudado.

— Relaxa, Marc, se não fosse por você não teríamos feito um eio divertido. – Juleka riu e piscou para mim, sorri em resposta

— Vocês não fazem ideia das acusações que o Sr. Damocles fez. – disse eu

Todos, exceto Marc, se entreolharam e riram. Me senti completamente por fora até me explicarem que todos estavam ouvindo atrás da porta do diretor. Minha nova amiga relembrou que não teria como ela entrar no momento exato sem ouvir o que estava sendo dito. Eu estava tão estressada naquele momento que nem havia reparado nesse pequeno detalhe.

Ficamos todos muito próximos no decorrer das semanas e dos meses. Os amigos da Juleka eram incríveis, o que me fez questionar o motivo de sermos “separados” e padronizados em grupos específicos, por que não podíamos ser assim? Livres, diferentes, únicos. Amigos.

Eu e Juleka também nos aproximamos muito, chegávamos a ser melhores amigas, tirando o pequeno fato de eu ter uma quedinha por ela e flertarmos na brincadeira de vez em quando.

Quando o fim das aulas chegaram, eu tive um pressentimento ruim sobre o debate e, infelizmente, eu tinha razão. Após Marc voltar pra escola, a mentira de Lila fez com que ela fosse suspensa por um tempo relativamente grande, porém ela, com toda certeza, se vingaria. Escolheu sumir com todas as apostilas do clube no dia em que enfrentaríamos o colégio rival ao vivo na TV.

Nessas apostilas constavam as regras, um pequeno texto de apoio e todos os tópicos e argumentos que o clube havia criado para usar nesse dia. Com o debate se aproximando e sem poder revisar os conteúdos, eu queria desistir.

— Meninas, eu sinto muito. Não consigo fazer isso. – retirei meu crachá da competição e coloquei em cima da mesa do camarim

— Rose, não pode desistir. Você é a nossa melhor chance de ganhar. – disse Sabrina tentando me animar

— Eu sei que Lila está com raiva de você e por isso fez o que fez, mas imagina a cara que ela vai ficar quando ganharmos. – Alya colocou a mão sobre meu ombro – Vamos mostrar que não precisamos dela, muito menos do nosso roteiro.

A proposta delas era muito tentadora mas eu estava morrendo de medo de gaguejar ou ser humilhada publicamente. Estava a ponto de sair correndo quando Juleka apareceu na porta do camarim com seu violão nas costas.

— Atrapalho? – perguntou

— Não, só estávamos tentando convencer a Rose a dar a volta por cima. – respondeu Alya, puxando Sabrina pelo braço e andando em direção a porta – Vamos ver se tem muita gente na platéia.

Juleka observou as duas saírem e se sentou junto a mim tirando seu violão das costas. Parecia empolgada com alguma coisa mas mantinha uma expressão serena em apoio.

— Alix me contou o que aconteceu, eu acho que você não deveria se preocupar com o desempenho do grupo. – dizia enquanto afinava o violão – Vocês se dedicaram muito ao projeto, tudo que precisa está aí dentro. – ela apontou para minha cabeça

Eu sorri, me sentia um pouco mais calma. É louco como pessoas com energias positivas podem te somar, não é? Juleka era esse tipo de pessoa, apesar do nervosismo cada palavra sua, me motivava a esquecer todo esse medo e me jogar de cabeça no que vim fazer. Dei, então, uma atenção especial ao violão que ela trouxera consigo.

— Não sabia que tocava violão também. – quis mencioná-lo – Por que trouxe-o?

Ela acabou de afiná-lo e olhou pra mim sorrindo de canto.

— Eu ía tocar pra você assim que ganhasse como uma comemoração mas acho que você vai querer ouvir agora, escrevi essa pra te motivar depois de descobrir sobre a situação. – ela começou a canção

Renato Russo/ Legião Urbana - Mais Uma Vez (Anny Dias Cover) #bonusanny

Era uma música tranquila mas com um toque animado, a motivação que eu precisava. A letra, a voz, a melodia, tudo era perfeito. Ela era perfeita.

Quando ela acabou, eu bati palmas e me levantei. Acho que nunca ninguém fizera algo assim pra mim e era tão sincero que pensei que ía chorar de emoção.

— Eu amei demais. Muito obrigada! – abracei ela e coloquei novamente o meu crachá – Ai, eu estou muito nervosa ainda, socorro. – dizia mexendo as mãos em pânico

Não sei com exatidão o que aconteceu, mas eu lembro de ver Juleka repousar o violão sobre o banco onde estávamos, se levantar e me beijar. Quase todos os meus sentidos pararam de funcionar com aquela surpresa, eu só pude perceber novamente quando ela se afastou. O beijo não durou muito tempo mas durou o suficiente pra eu andar nas nuvens. Estava quase em um transe.

— Eu li em algum lugar que beijos acalmam as pessoas. – ela disse ainda me segurando pelos braços, eu ri desajeitadamente – Sabe o que eu percebi?

— O que? – perguntei curiosa, o sorriso não me saía do rosto

— Eu te salvei de novo, – respondeu ela – mas acho que você está meio ocupada para continuarmos aquela conversa.

— Talvez um pouquinho. – Sabrina e Alya abriram a porta do camarim enquanto eu acabava de me arrumar no espelho

— E aí, você vem? – perguntaram em uníssono

Olhei para Juleka que me fez um sinal positivo e para as meninas na porta. Sorri confiante e respondi:

— Eu vou!

No debate ocorreu tudo muito bem, o nosso colégio foi campeão. Fizemos uma festa para comemorar na escola e todos estavam lá, incluindo Juleka. Após todo o prestígio destinado ao trio do debate consegui sair um pouco dos holofotes e ir falar com ela. Nossa conversa foi toda sobre o debate e sobre o que aconteceu no camarim.

Ela me disse que todos os flertes no decorrer desses seis meses eram reais e que tinha medo da minha reação se descobrisse a verdade, já que eu também entrava na “brincadeira”. Revelei meus sentimentos sobre ela desde o dia da minha quase expulsão, nós rimos bastante relembrando o tanto de coisas óbvias que nos aram despercebidas.

— Meninas, o Ivan voltou do intercâmbio. Estava pensando em sairmos naquele prometido encontro de casais. O que vocês acham? – Mylène parecia animada

— Depende, quer ir comigo Juleka? – perguntei estendendo a mão imitando uma dama

— Pensei que nunca me convidaria. – disse rindo calmamente, aceitando minha mão

— Perfeito.

Chegou o dia tão esperado. Alguns dias após o término das aulas, todos nos reunimos na borda do rio Senna. Convenientemente, André o sorveteiro ava por ali quando estávamos chegando, todos os casais pegaram seu sorvete. Quando me sentei com Juleka, pensei em como minha vida tinha mudado em tão pouco tempo. Eu não me sentia mais solitária, tinha amigos incríveis (novos e antigos) e uma paixão devastadora.

— Você não vai escapar agora. – disse sorrindo de orelha a orelha – Esperei seis meses para saber o resto da charada, senhorita.

A garota sorriu e eu tive a certeza de que aquilo era pra sempre, vê-la sorrir era tão bom pra mim, ela era boa pra mim. Eu era boa pra ela também, palavras de Juleka. Ela revirou os olhos de maneira divertida e então respondeu:

— Ok, vou dizer. – pausa dramática – Quando conversamos pela primeira vez, você me disse que eu parecia ser alguém do seu ado que você havia esquecido e eu disse que não podia dizer o mesmo.

— Sim, eu me lembro. – estava ficando ansiosa, ou impaciente mesmo.

— Porque eu nunca esqueceria você, nunca esqueceria alguém como você. – ela disse pegando um pouco do sorvete com sua colher – Mudou minha vida de várias formas, Rose. É uma garota inteligente, simpática e super talentosa. Cedo demais pra um “eu te amo”?

Eu nem esperei o término da frase e a abracei. Aquilo era real, não era? Eu não estava sonhando.

— Eu também te amo. – respondi com o rosto em seu peito

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E foi assim que meu dia terminou: tomando sorvete com minha •namorada• e vendo o sol se pôr. Não precisava de mais nada.

Louco, né? Um acontecimento simples ocasionou tantas coisas tão complexas. Se minha mãe estivesse viva, provavelmente diria algo relacionado ao efeito borboleta. Ela amava essa filosofia.

Olha, eu não sei se foi o destino ou coincidência, nem mesmo sei se almas gêmeas existem. Não importa qual alternativa esteja correta ou no que eu ou você acredite, eu só amo e sou muito grata por tudo isso.

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➥ 𝑭𝒊𝒏𝒂𝒍𝒊𝒛𝒂𝒕𝒊𝒐𝒏 `` :bouquet:

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彡 E chegamos ao final. Muito obrigada por

terem lido até aqui, deixem o :heart: pra eu sa-

ber se gostaram. Foi muito divertido escre-

ver e participar do desafio (me desejem

sorte rs :sparkles: ). Até a próxima e au-revoir! :telescope:

₊·꒰Capa - :love_letter:

₊·꒰Selo - :love_letter:

₊·꒰Estética - :love_letter: ]꒱

₊·꒰#DestaqueMLB - :love_letter: ꒱

:copyright: Miraculous Ladybug Amino

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