Eu empilho meus pedaços com arte.
E crio um refugio no meu crânio.
Pra que a realidade não se acorrente ao meu pescoço.
Daqui os prédios não parecem tão sólidos.
E o sódio não tem um gosto tão salgado.
Mas naquele lugar.
Com um conglomerado de peças e imperfeições.
Não se parece haver paz quando o tempo a.
O ado das vozes deixa de existir.
E o que permanece é o desejo de poder.
Lá se torna normal não ouvir a dor dos pássaros.
Lá se torna normal a baixa auto estima do nosso dia a dia.
E se torna normal um diário sem nossos dias felizes.
Aqui tudo se recicla.
Até nossos medos e frustrações.
Isso sempre volta.
Aqui você não se esquece de um sentimento ruim.
Você ainda parece bem quando aparece sorrindo.
Mas as vozes sabem que você tá mal.
E tudo continua mesmo que eu me gaste a escrever.
Autoral
Imagem: Pinterest

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