Ruína dos Céus

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ

Entre lamentos e disparos,

Acendo mais um cigarro,

Ouço o silêncio enquanto trago,

Impregnando este gosto amargo.

Observo o céu noturno esperançoso,

Algo distindo me deixando ansioso,

Sinto falta de algo me observando,

A chuva cai anunciando, que você nos abandonou.

Abro as janelas da sua alma,

Desaguadas em uma visão caótica,

Realista demais para ser hipnótica,

Engraçada ótica humana, o que pode enxergar?

Vejo os céus divinos chorando,

Alguns dizem ouvir eles cantando,

Qual som você está comunicando?

Apenas ruídos fora de frequência escuto.

Um gentil e triste sussurro indescritível,

Crível demais para ser verdade,

Os céus nunca demonstraram humanidade,

Apenas deixam tudo nas mãos da causalidade.

Escute o último badalar,

O caos vem os humanos macular,

Sangue pinta um grande quadro de horror,

Banhando teus filhos com sua cor.

Até o último segundo pude crer,

Mas, sabia que lá você já não estava,

Os anjos mantras espalhavam,

Enquanto o maldito homem se exterminava.

Se você ainda mora dentro de mim,

Por que sinto um grande vazio existêncial?

L. Maiho

Maravilhoso Mundo