— Me deixariam ser um cara normal?

Devaneios excessivos tendem a prender a nossa atenção no mundo imaterial de falsas esperanças, elas que são alimentadas pelo desejo incessante que o ser humano tem de existir acabam se tornando fracassos no mundo material, como uma jarra de vidro que quebra assim que põe água nela. Acima de tudo isso escrito pelos meus dedos pecadores e acima de tudo isso pensado pela minha mente adorável…

Eu amo existir.

Pensando nos devaneios impostos pelo meu grande egoísmo, se torna gratificante pensar que vivemos na melhor época que poderíamos viver, mas também se torna doloroso pensar que andamos sobre edifícios erguidos com força e sobre pedras linhadas com 4.5 bilhões de anos de morte, no qual acaba fazendo minha empatia restringir a minha sorte. Acima de tudo isso escrito pelas minhas mãos ingratas e acima de tudo isso pensado pela minha mente mentirosa…

Eu odeio existir como eu.

A eternidade me perpétua como ser humano, a mente dos outros me julgam como desumano, as minhas ações me fazem ser inumano, e o que eu quero me faz ser mais humano. É como uma bomba, quem a coloca para explodir tem o desejo que ela exploda, quem vai ser explodido não tem, e isso é intrigante. Analisando tal coisa, a conclusão mais lógica é que o destino é…

Inviável e incoerente.