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ᵉʸʷᵃ

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٬   ❝ Eᥙ 𝗀𝗈𝗌𝗍𝖺𝗋𝗂𝖺 𝖽𝖾 𝖿𝖺𝗓𝖾𝗋 𝗎𝗆 𝖿𝗂𝗅𝗆𝖾 𝗉𝖺𝗋𝖺 𝖽𝗂𝗓𝖾𝗋 𝖺̀𝗌 𝖼𝗋𝗂𝖺𝗇𝖼̧𝖺𝗌 "𝖾́ 𝖻𝗈𝗆 𝖾𝗌𝗍𝖺𝗋 𝗏𝗂𝗏𝗈". ❞   ꀬ   ٫

                                                                   -ᴴᵃʸᵃᵒ ᴹᶤʸᵃᶻᵃᵏᶤ

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⠀⠀⠀⠀⣶⣄⠀⠀⠀⠀⠀⠀⢀⣶⡆⠀⠀⠀

⠀⠀⠀⢸⣿⣿⡆⠀⠀⠀⠀⢀⣾⣿⡇⠀⠀⠀

⠀⠀⠀⠘⣿⣿⣿⠀⠀⠀⠀⢸⣿⣿⡇⠀⠀⠀

⠀ ⠀⠀⠀⢿⣿⣿⣤⣤⣤⣤⣼⣿⡿⠃⠀⠀⠀

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⠠⠬⣿⣿⣷⣶⣿⣿⣿⣿⣿⣿⣷⣾⣿⣿⡭⠤

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⢰⣿⣿⣿⠋⠀⠀⠀⢀⣀⠀⠀⠀⠉⢿⣿⣿⣧

⢸⣿⣿⠃⠜⠛⠂⠀⠋⠉⠃⠐⠛⠻⠄⢿⣿⣿

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⠘⣿⣿⡄⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⣾⣿⡏      - :leaves:

⠀⠈⠻⠿⣤⣀⡀⠀⠀⠀⠀⠀⣀⣠⠾⠟⠋⠀

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!    𓄼    .   𝐈ᥒtr᥆dᥙᥴ̧ᥲ̃᥆     𓄹     ᥀    :heart:

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┊ Há    estúdios    que    produzem   animações.

E há estúdios que tocam a alma. O Studio Ghibli

pertence a essa   segunda categoria. Não se trata

apenas de desenhos bem-feitos, mas de mundos

onde a magia se confunde com a realidade , e onde

personagens — mesmo os mais silenciosos — falam

diretamente ao coração. Ao falar de Ghibli, falamos

de sonhos, de arte e de uma filosofia que valoriza a

beleza da simplicidade, a força dos sentimentos e a

esperança até   nas histórias    mais    melancólicas.

:leaves:

𓈒ㅤ O Studio Ghibli é um estúdio de animação japonês,   sediado    em    Koganei,   Tóquio. Fundado em 1985, o estúdio já produziu 24 longas de animação, sendo o primeiro “O Castelo no Céu” (1986) e o mais recente “As   Memórias   de   Marnie” (2014).

𓈒ㅤ O Studio Ghibli foi fundado em 1985 por Hayao Miyazaki, Isao Takahata, Toshio Suzuki e Yasuyoshi Tokuma, logo após o sucesso de Nausicaä do Vale do Vento, no ano anterior. O estúdio lançou seu primeiro filme, “O Castelo no Céu”, no ano seguinte. O logotipo da empresa é o Totoro, o personagem do filme “Meu Amigo Totoro”, lançado em 1988. Com exceção de sete produções, todos os filmes do estúdio foram dirigidos por Hayao Miyazaki e Isao Takahata. Toshio Suzuki, por sua vez, é o produtor da maioria deles. Em 2001, o Museu Ghibli, um museu dedicado as obras do estúdio, foi inaugurado.

𓈒ㅤ Cinco dos filmes do estúdio estão entre os dez longas-metragens de anime de maior bilheteria feitos no Japão. “Sen to Chihiro no Kamikakushi” está em segundo lugar, arrecadando 31,68 bilhões de ienes, e “Mononoke Hime” está em quarto lugar, arrecadando 20,18 bilhões de ienes. Três de seus filmes ganharam o prêmio Animage Grand Prix, quatro ganharam o Prêmio da Academia Japonesa de Animação do Ano e cinco receberam indicações ao Oscar. “Sen to Chihiro no Kamikakushi” ganhou o Urso de Ouro de 2002 e o Oscar de Melhor Filme de Animação de 2003.

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𓈒ㅤ Graças ao sucesso alcançado por “Nausicaä do Vale do Vento” em 1984, no ano seguinte, em 1985, nascia o Studio Ghibli. Sua história, porém, começa 30 anos antes com o encontro de Hayao Miyazaki e Isao Takahata, futuros pais do estúdio.

𓈒ㅤ Em 1974 os dois se encontravam durante a produção de um anime de grande sucesso no mundo inteiro – inclusive no Brasil – “Heidi”. Enquanto Isao Takahata dirigia as séries, Hayao Miyazaki fazia um trabalho sobre-humano para conseguir desenhar o layout de cada episódio detalhadamente.

𓈒ㅤ Isso fez com que os dois percebessem que para fazer as animações de alta qualidade, como desejavam, precisariam de um tipo de mídia onde os prazos não fossem tão apertados como são nas séries de televisão. Foi assim que surgiu a ideia da criação de um estúdio para produzir filmes cuidadosamente desenhados, com enredo e qualidade impecáveis, e o mais importante, de seu próprio jeito.

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𓈒ㅤ Hayao Miyazaki, Isao Takahata e Toshio Suzuki uniram-se para fazer filmes animados do jeito que quisessem fazer. Assim, o primeiro filme do Studio Ghibli, que estreou em 1986, foi “O Castelo no Céu” levando 775 mil pessoas aos cinemas – um sucesso de bilheteria e de crítica.

𓈒ㅤ Sempre inovando, 2 anos depois, o Studio Ghibli surpreendeu mais uma vez lançando dois filmes ao mesmo tempo. Para muitos estúdios esse desafio seria impossível de se cumprir sem comprometer a qualidade da animação ou a gestão dos recursos, mas “Meu Amigo Totoro”, dirigido por Hayao Miyazaki, e “Túmulo dos Vagalumes” de Isao Takahata, se tornaram obras primas consideradas por muitos os melhores filmes do Studio Ghibli até hoje.

𓈒ㅤ Atualmente o logo do Studio Ghibli é o perfil de Totoro, personagem principal do filme.

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𓈒ㅤ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤO reconhecimento que esses filmes trouxeram ao Studio Ghibli foi um dos fatores que contribuiu para que o próximo filme atingisse um número surpreendente de expectadores.

𓈒ㅤ Aproximadamente 2,64 milhões de pessoas foram ao cinema em 1989 para assistir “O Serviço de Entregas da Kiki”, fazendo com que esse fosse o filme mais visto no Japão durante aquele ano.

𓈒ㅤ Diante desse grande sucesso, aquele pequeno e idealizado estúdio de animação ficou muito limitado, então algumas mudanças operacionais no estúdio mostraram-se necessárias, fazendo com que houvesse uma grande reforma.

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𓈒ㅤ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤAté 1989 o Studio Ghibli não mantinha funcionários fixos e eles eram pagos por cada célula desenhada. Apesar de isso ser o normal na indústria da animação, fazia com que o salário do pessoal do estúdio fosse abaixo do merecido.

𓈒ㅤ Assim, depois do lucro gerado por Kiki, a direção do Studio Ghibli decidiu regularizar os funcionários que aram a trabalhar em período integral e ter um salário fixo. Além disso, foi decidido que seriam contratados novos animadores regularmente.

𓈒ㅤ O presidente do Studio Ghibli foi muito importante para que essas mudanças pudessem ocorrer. Yasuyoshi Tokuma, um grande empresário japonês acreditava no estúdio e por isso deu e ainda da total liberdade a Miyazaki e Takahata, raramente influenciando nas decisões. Mesmo assim, nos momentos cruciais de dificuldade, Tokuma sempre aparece para tomar conta da situação e garantir o futuro do Studio Ghibli.

𓈒ㅤ O alto custo dessas mudanças que dobraram o valor pago pelo estúdio aos seus funcionários foi compensado pelo próximo filme de Isao Takahata.

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𓈒ㅤ “ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤMemórias de Ontem” foi muito bem recebido pelo púbico, fazendo também com que fosse o filme mais visto no Japão em 1991. O diretor executivo da época, Toru Hara, definiu a política do Studio Ghibli como “3As”: Alto Custo, Alto Risco e Alto Retorno.

𓈒ㅤ Baseado nisso, após “Memórias de Ontem”, o estúdio começou a investir mais em marketing. Esse investimento, porém, não foi visando altos lucros para abastecer o bolso de ambiciosos executivos e sim pagar o salário dos animadores responsáveis por tão belos trabalhos e garantir um financiamento para o próximo longa do estúdio.

𓈒ㅤ Com funcionários trabalhando em tempo integral, não havia tempo a perder. Por isso, antes mesmo que “Memórias de Ontem” fosse concretizado, o estúdio já havia iniciado a produção de “Porco Rosso”. Isso logo fez com que o espaço físico do estúdio ficasse muito apertado. Eram aproximadamente 90 pessoas em um espaço de 300m². Por isso, apesar de não haver recursos suficientes, Hayao Miyazaki sugeriu que uma nova sede fosse construída.

𓈒ㅤ Toru Hara era contra a ideia e por isso acabou se afastando do Studio Ghibli, mas o presidente Tokuma encorajou a decisão dizendo que ele havia dinheiro suficiente no banco e poderia bancar a obra. Assim, durante um bom tempo Hayao Miyazaki ficou trabalhando sozinho na produção de “Porco Rosso” e na planta do novo estúdio. Ele foi o responsável pela arquitetura do prédio e por organizar a construção de modo que ela ficasse o mais parecida possível com o que ele planejava.

𓈒ㅤ Em 1992 ficaram prontos o novo filme e a nova sede. O novo prédio, de 1100m² foi construído na cidade de Koganei, no distrito de Tóquio. Com “Porco Rosso”, o Studio Ghibli mais uma vez teve a maior bilheteria do ano superando clássicos como “A Bela e a Fera”, da Disney que estreou no mesmo período.

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𓈒ㅤ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤEm 1993, o Studio Ghibli comprou 2 câmeras computadorizadas fazendo assim com que o departamento de fotografia do estúdio pudesse ser enfim concretizado. O novo prédio tinha espaço e recursos para todos os departamentos de um estúdio de animação completo, isso permitiu que o Studio Ghibli pudesse se tornar ‘autossuficiente’, deixando de depender de outras empresas para a fotografia. Ao contrário da tendência da indústria de animação, o Studio Ghibli queria que todos os os dos longas fossem feitos lá.

𓈒ㅤ Nesse mesmo ano, pela primeira vez um diretor que não fosse Hayao Miyazaki ou Isao Takahata dirigiu um filme. Trata-se de “Eu Posso Ouvir o Oceano”, de Tomomi Mochizuki. O filme de 70 minutos foi um especial elaborado para a televisão principalmente por animadores recém contratados que haviam feito carreira no estúdio.

𓈒ㅤ Em 1994, foi lançado “Pom Poko: A Grande Batalha dos Guaxinins”, que, ‘para variar’, também foi o mais visto no ano. Esse filme foi o primeiro do estúdio ao utilizar CG (ou computação gráfica). Nesse ano, o Studio Ghibli contava com 99 funcionários. 46 animando, 8 pintando, 12 desenhando, 4 fotografando, 12 dirigindo e produzindo, 5 divulgando e 12 istrando.

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𓈒ㅤ “ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤSussurros do Coração” de 1995 também trazia inovações. Dessa vez, Hayao Miyazaki cuidou da produção e do roteiro, deixando a direção para o Yoshifumi Kondo.

𓈒ㅤ Com isso, Miyazaki visava treinar seus animadores para que eles pudessem um dia assumir as rédeas do estúdio. Yoshifumi Kondo já havia sido diretor de animação em “Túmulo dos Vagalumes”, “Kiki” e “Memórias de Ontem”, sendo inclusive muito disputado entre Miyazaki e Takahata. Com “Sussurros do Coração”, Kondo se mostrou um habilidoso e experiente diretor pronto para encarar os desafios típicos do Studio Ghibli.

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𓈒ㅤ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤDois anos depois, em 1997, Hayao Miyazaki concluiu o filme que lhe deu a maior projeção internacional até então. “Princesa Mononoke” surpreendeu o mundo todo com um filme muito maduro e sincero. Tratando de um assunto que a cada dia que a fica mais atual, Mononoke mostrou na época a capacidade do diretor de atingir qualquer público com suas animações.

𓈒ㅤ Esse trabalho também contou com uma grande parcela de CG (computação gráfica), a partir de modernos equipamentos adquiridos pelo Studio Ghibli. Com o advento da tecnologia naqueles dias, o estúdio utilizava esse recurso para cobrir cenas simples, porém trabalhosas de serem feitas à mão. Como ficou evidente até aqui, um dia de trabalho no Studio Ghibli é sempre um desafio a ser vencido, o que faz com que haja um esgotamento muito grande por parte dos animadores. Por causa disso, depois de Mononoke, Hayao Miyazaki anunciou que se aposentaria da escrivaninha, trabalhando apenas ocasionalmente fazendo roteiros e dando assistência.

𓈒ㅤ Com isso, o diretor desejava também dar um espaço maior para os jovens animadores. No ano seguinte, porém, a trágica morte de Yoshifumi Kondo abalou fortemente o Studio Ghibli. Vítima de um aneurisma, Kondo mobilizou seus vários fãs e colegas de trabalho com a perda de um dos melhores animadores de Studio Ghibli.

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𓈒ㅤ Nesse mesmo mês, Hayao Miyazaki perdeu o rumo dos acontecimentos se afastou oficialmente do estúdio fundando uma nova empresa chamada Buta-ya. No ano seguinte, porém, Miyazaki volta ao Studio Ghibli, com novos planos.

𓈒ㅤ Em 1999, Isao Takahaka termina “Meus Vizinhos os Yamadas”, filme totalmente computadorizado feito a partir de sketches aquarelados. Esse foi o último filme de Takahata até o anúncio de que ele estaria planejando outra longa, em 2008.

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𓈒ㅤ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤEm 2001, é lançado “A Viagem de Chihiro”, de Hayao Miyazaki.

𓈒ㅤ O filme, que estreou também nos cinemas brasileiros, garantiu seu sucesso no mundo todo conquistando além de vários outros prêmios importantes, o Urso de Ouro em Berlim e o Oscar de melhor animação. Apesar disso, Miyazaki mais uma vez anunciou o fim da sua carreira como diretor, porém voltando atrás novamente alguns anos depois.

𓈒ㅤ O ano de 2002 é de “O Reino dos Gatos”, filme que, traçando um paralelo com “Sussurros do Coração”, utiliza alguns dos personagens como o gato Muta, e o Barão em um enredo totalmente independente. Foi nessa ocasião que Hayao Miyazaki mais uma vez assegurou a seus fãs que não pretendia fazer uma continuação para nenhum de seus filmes.

𓈒ㅤ Em 2004, Miyazaki conclui outro filme de grande projeção internacional, “O Castelo Animado”. A animação chegou a receber uma indicação ao Oscar em sua categoria. O filme que conta com alguns trechos de CG traz um extra que mostra pela primeira vez detalhes das técnicas de computação utilizadas no Studio Ghibli.

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𓈒ㅤ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤDois anos depois, Goro Miyazaki, o filho do diretor Hayao, dirige seu próprio filme. “Contos de Terramar” de 2006 foi uma produção muito polêmica, pois apesar de ter a qualidade dos filmes do Studio Ghibli, causou estranheza a muitos fãs e inclusive ao próprio pai do diretor, Hayao Miyazaki. Isso garantiu ao longa diversos prêmios – tanto positivos quanto negativos – por todo o mundo.

𓈒ㅤ Em 2008, Toshio Suzuki, o presidente executivo do estúdio que havia assumido em 2005 se demitiu do cargo. Apesar disso, ele continuou trabalhando no Studio Ghibli como produtor. O ex-presidente afirmou que ao invés de exigir que os animadores fizessem um bom trabalho, ele queria fazer isso com as próprias mãos. Assim, a presidência executiva do estúdio ou para as mãos de Koji Hoshino. Nesse mesmo ano, foi lançado o mais novo filme do Studio Ghibli sob a direção de Hayao Miyazaki.

𓈒ㅤ “Ponyo – Uma Amizade que Veio do Mar” é o resultado de anos de trabalho. O filme foi totalmente desenhado a mão sem nenhum tipo de computação gráfica e foi um enorme sucesso no Japão e no mundo. Aqui no Brasil, o filme chegou em 30 de Julho de 2010.

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!    𓄼    .   𝐔꧑ᥲ fᥲ᥉ᥱ dᥱ ᥒ᥆᥎᥆᥉ ρr᥆jᥱt᥆᥉     𓄹     ᥀    :heart:

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𓈒ㅤ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤEm 2008, uma nova parceria envolvendo o Studio Ghibli incluindo a gigante dos games Level-5 foi anunciada: um novo jogo seria desenvolvido com animação do famoso estúdio japonês. Joe Hisaishi se encarregaria da trilha sonora de “Ni no Kuni The Another World”, que seria lançado no Japão em 2010 para Nintendo DS.

𓈒ㅤ Em 2010, o Studio Ghibli lança no Japão o filme “O Mundo dos Pequeninos” do diretor Hiromasa Yonebayashi, onde 7.5 milhões de pessoas viram o filme nos cinemas, um recorde para um longa-metragem japonês dirigido por um diretor estreante.Já o ano de 2011 marcou o retorno de Goro Miyazaki que dessa vez acerta a mão na direção de um novo filme do Studio, o carismático Da Colina Kokuriko, sendo este mais bem recebido que seu filme de estreia.

𓈒ㅤ O jogo “Ni no Kuni”, originalmente lançado para Nintendo DS, recebe melhorias nos gráficos e na história, e em 2011 sai no Japão agora para Playstation 3 com um novo título: “Ni no Kuni: Wrath of the White Witch”. Em 2013, o game ganha distribuição no Ocidente pela Bandai Namco.

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!    𓄼    .   𝐌ιᥡᥲzᥲkι ᥱ 𝐓ᥲkᥲhᥲtᥲ ᥱ꧑ trᥲbᥲᥣh᥆᥉ ᥉ι꧑ᥙᥣtᥲ̂ᥒᥱ᥆᥉ ꧑ᥲι᥉ ᥙ꧑ᥲ ᥎ᥱz     𓄹     ᥀    :heart:

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𓈒ㅤ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤChegando em 2012, o Studio Ghibli anuncia 2 filmes que chegariam aos cinemas do Japão no ano seguinte: “Vidas ao Vento” – última obra de Hayao Miyazaki que anunciaria posteriormente sua aposentadoria definitiva dos cinemas – e “O Conto da Princesa Kaguya”, de Isao Takahata, que rompeu um hiatus após 14 anos sem lançar longa-metragens.

𓈒ㅤ Tanto “Vidas ao Vento” quanto “Princesa Kaguya” tiveram excelente recepção da crítica, aparecendo em diversos festivais de cinema pelo mundo, sendo indicados ao Oscar de Melhor Animação nos anos de 2013 e 2014. Apesar de não terem levado a estatueta, tal reconhecimento fez com que as obras ganhassem visibilidade e fossem lançados nos cinemas do país.

𓈒ㅤ Durante este período intenso de produção no Studio Ghibli, um documentário com roteiro e direção de Mami Sunada foi desenvolvido. O Reino dos Sonhos e da Loucura acompanha a rotina árdua de trabalho dos animadores, assim como de seus fundadores: Isao Takahata durante a produção de “O Conto da Princesa Kaguya”; Hayao Miyazaki na produção de Vidas ao Vento e Toshio Suzuki na supervisão de ambos.

𓈒ㅤ Lançado em 2013 no Japão, “O Reino dos Sonhos e da Loucura” aborda opiniões de Hayao Miyazaki sobre o desastre nuclear de Fukushima, assim como o anúncio de sua aposentadoria. O documentário foi exibido em 2014 no Hawaii International Film Festival sendo posteriormente disponibilizado em alguns países pela Netflix.

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𓈒ㅤ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤQuando mergulhamos na trajetória do Studio Ghibli, percebemos que sua grandeza não se construiu apenas por seu talento interno, mas também por um vasto leque de influências culturais, literárias, cinematográficas e colaborações enriquecedoras. O estúdio, embora profundamente original, sempre esteve em diálogo com o mundo — seja reinterpretando contos europeus ou se inspirando em questões ambientais e filosóficas que ultraam fronteiras geográficas.

٬   :hearts: !    A᥉ Iᥒ᥉ριrᥲᥴ̧᥆̃ᥱ᥉ Lιtᥱrᥲ́rιᥲ᥉ ᥱ Cᥙᥣtᥙrᥲι᥉   ⳹     ٫

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٫ Hayao Miyazaki, conhecido por seu amor à literatura infantil, inspirou-se em diversas obras para construir mundos encantadores e cheios de significados. “O Castelo Animado” (Howl’s Moving Castle, 2004), por exemplo, foi adaptado do livro homônimo da autora britânica Diana Wynne Jones. Essa história, reimaginada por Miyazaki, é apenas um dos exemplos do quanto a literatura internacional dialoga com o universo Ghibli.

٫ Já “Kiki’s Delivery Service” (1989) tem como base o livro de mesmo nome da escritora japonesa Eiko Kadono, mostrando que o estúdio também valoriza as raízes literárias do próprio Japão. A produção mistura elementos do cotidiano com o fantástico, evidenciando como Ghibli mescla o tradicional e o moderno com uma sensibilidade ímpar.

٫ Além disso, a influência da mitologia japonesa é latente em obras como “A Viagem de Chihiro”, onde criaturas do folclore nipônico e referências ao shintoísmo são fundamentais na construção do universo do filme.

٬   :hearts: !    A Iᥒfᥣᥙᥱ̂ᥒᥴιᥲ dᥱ Dιrᥱt᥆rᥱ᥉ ᥱ E᥉tιᥣ᥆᥉   ⳹     ٫

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٫ O estilo artístico de Miyazaki foi também moldado por mestres do cinema. É possível notar a influência de Akira Kurosawa na maneira como o estúdio trata a honra, a moralidade e os dilemas humanos. Já a crítica à guerra e ao militarismo — constante nas obras de Ghibli — se alinha com a visão pacifista que permeia parte do cinema japonês pós-Segunda Guerra Mundial.

٫ Outro nome relevante para Miyazaki foi Osamu Tezuka, considerado o “pai do mangá”. A abordagem de Tezuka em relação à animação como forma de expressão séria e profunda pavimentou o caminho para que estúdios como o Ghibli fossem levados a sério dentro e fora do Japão.

٬   :hearts: !    A Pᥲrᥴᥱrιᥲ ᥴ᥆꧑ I᥉ᥲ᥆ Tᥲkᥲhᥲtᥲ   ⳹     ٫

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٫ Takahata, cofundador do estúdio, foi muito mais do que um colega de Miyazaki — ele foi um contraponto artístico. Enquanto Miyazaki mergulhava no fantástico, Takahata se voltava para o realismo, a introspecção e a arte tradicional japonesa. Seu filme “O Conto da Princesa Kaguya” (2013) é uma obra-prima de sensibilidade estética, com traços que remetem às pinturas em aquarela e à arte do período Heian.

٫ Essa dualidade entre Miyazaki e Takahata criou uma simbiose artística no Ghibli — como luz e sombra, sonho e realidade —, permitindo que o estúdio transitasse por diferentes atmosferas sem perder a identidade.

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٫ Ghibli também contou com a colaboração de talentos que ajudaram a moldar a alma de suas obras. Um dos nomes mais lembrados é Joe Hisaishi, compositor responsável pelas trilhas sonoras inesquecíveis de filmes como “Meu Amigo Totoro”, “Princesa Mononoke” e “A Viagem de Chihiro”. As músicas de Hisaishi não são apenas trilhas de fundo — são personagens por si só, traduzindo emoções que muitas vezes as palavras não conseguem expressar.

٫ Além de Hisaishi, artistas como Yoshifumi Kondō, diretor de Sussurros do Coração, e Hiromasa Yonebayashi, diretor de “O Mundo dos Pequeninos”, foram fundamentais para expandir a visão criativa do estúdio, mesmo após o afastamento temporário de Miyazaki.

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!    𓄼    .   𝐀 𝐌ᥲgιᥲ dᥲ᥉ 𝐓rιᥣhᥲ᥉ 𝐒᥆ᥒ᥆rᥲ᥉ ᥱ dᥲ 𝐀ᥒι꧑ᥲᥴ̧ᥲ̃᥆     𓄹     ᥀    :heart:

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𓈒ㅤ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤNo coração de cada filme do Studio Ghibli pulsa uma combinação perfeita entre som e imagem — um casamento harmônico entre a trilha sonora e a animação que transforma cada cena em poesia visual. Essa é uma das grandes forças do estúdio: sua capacidade de emocionar não apenas pela narrativa, mas por meio da forma como ela é conduzida artisticamente.

٬   :hearts: !    A Trιᥣhᥲ S᥆ᥒ᥆rᥲ   ⳹     ٫

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٫ Joe Hisaishi é o nome que ressoa quando se fala em música no universo Ghibli. Desde os primeiros acordes de Nausicaä do Vale do Vento (1984), Hisaishi se tornou o arquiteto sonoro dos sentimentos ghiblianos. Sua música é um espelho da alma dos personagens e dos mundos que habitam.

٫ Temas como “One Summer’s Day” de A Viagem de Chihiro, ou “The Legend of Ashitaka” de Princesa Mononoke, capturam a grandiosidade dos cenários, a delicadeza dos dilemas humanos e a imensidão das emoções — tudo com uma orquestração que vai do etéreo ao épico.

٫ As trilhas de Hisaishi muitas vezes se destacam por não apenas acompanharem a cena, mas por criarem um espaço de contemplação, permitindo que o espectador respire, sinta e reflita. O silêncio, inclusive, também é usado como recurso — momentos de pausa e de quietude são tão poderosos quanto os de música grandiosa.

٬   :hearts: !    A Tᥱ́ᥴᥒιᥴᥲ dᥱ Aᥒι꧑ᥲᥴ̧ᥲ̃᥆   ⳹     ٫

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٫ Ghibli é conhecido por seu compromisso quase obsessivo com a animação feita à mão. Cada frame é cuidadosamente desenhado, pintado e animado com o máximo de atenção aos detalhes. Isso não apenas confere uma textura visual inconfundível, mas também cria uma conexão mais íntima com o espectador. O movimento dos cabelos ao vento, o balançar das folhas, o vapor saindo de uma chaleira — tudo é tratado com o mesmo carinho que uma cena de ação ou emoção intensa.

٫ Essa atenção ao cotidiano — chamada por muitos fãs de “Ghibli Moments” — dá vida aos filmes de uma maneira quase espiritual. São momentos simples que transmitem a beleza do viver: preparar uma refeição, abrir uma janela, deitar na grama… Em Ghibli, o tempo desacelera, e o mundo se revela.

٫ Além disso, a escolha por cores suaves, paisagens amplas e arquitetura detalhada contribui para a criação de cenários que parecem tirados de sonhos. É impossível não se perder nas vilas flutuantes, nos castelos em movimento, nos banhos espirituais ou nas florestas densas — tudo em Ghibli carrega um senso de maravilhamento.

٬   :hearts: !    O Eᥒᥴᥲᥒtᥲ꧑ᥱᥒt᥆ d᥆ C᥆tιdιᥲᥒ᥆   ⳹     ٫

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٫ Ao contrário de muitas animações que se apoiam em efeitos grandiosos e ritmo acelerado, Ghibli aposta no poder do ordinário. É um estúdio que entende que a magia não precisa de pirotecnia — ela pode estar numa xícara de chá, numa brisa suave ou na travessia silenciosa de uma ponte.

٫ Essa abordagem ressignifica o ato de assistir a um filme: mais do que ver uma história, somos convidados a sentir a vida em sua forma mais pura, mais sensível, mais tocante.

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!    𓄼    .   𝐎 𝐂᥆꧑ρr᥆꧑ι᥉᥉᥆ 𝐀꧑bιᥱᥒtᥲᥣ ᥱ 𝐒᥆ᥴιᥲᥣ ᥒᥲ᥉ 𝐎brᥲ᥉ 𝐆hιbᥣι     𓄹     ᥀    :heart:

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𓈒ㅤ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤPor trás das paisagens encantadoras e das narrativas comoventes, os filmes do Studio Ghibli carregam mensagens profundas e urgentes sobre o mundo em que vivemos. O estúdio, especialmente por meio da visão de Hayao Miyazaki, sempre utilizou a animação como ferramenta de reflexão — abordando temas ambientais, sociais, políticos e existenciais com sutileza, lirismo e impacto.

٬   :hearts: !    A Nᥲtᥙrᥱzᥲ ᥴ᥆꧑᥆ Pᥱr᥉᥆ᥒᥲgᥱ꧑ Cᥱᥒtrᥲᥣ   ⳹     ٫

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٫ Em diversas produções do estúdio, a natureza não é apenas o pano de fundo das histórias, mas sim uma entidade viva, com alma, voz e vontades. Filmes como Princesa Mononoke elevam essa temática ao centro do enredo, expondo o conflito entre o avanço humano e os espíritos da floresta de forma intensa e simbólica.

٫ Nessa obra, vemos o embate entre a ganância industrial e o equilíbrio natural, retratado com complexidade — sem vilões absolutos, mas com humanos falhos e deuses enfraquecidos, numa batalha onde ninguém sai ileso. É um alerta poético sobre os limites da exploração ambiental e a importância do respeito à Terra.

٫ “O Castelo Animado”, por sua vez, insere a crítica ambiental em meio a uma narrativa de fantasia e guerra, apontando os efeitos devastadores do conflito armado sobre o mundo natural. Já “Nausicaä do Vale do Vento”, uma das obras mais visionárias de Miyazaki, retrata um planeta pós-apocalíptico onde a natureza tenta se regenerar enquanto a humanidade insiste em repetir os erros que a destruíram.

٫ Essas histórias não apenas ilustram a importância da ecologia, mas a inserem em um plano espiritual e filosófico, sugerindo que há uma sabedoria na natureza que precisa ser ouvida e respeitada.

٬   :hearts: !    Crίtιᥴᥲ᥉ S᥆ᥴιᥲι᥉ ᥱ Hᥙ꧑ᥲᥒᥲ᥉   ⳹     ٫

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٫ Ghibli também não se furta de abordar temas mais densos e sociais. O “Túmulo dos Vagalumes”, dirigido por Isao Takahata, é um grito silencioso sobre os horrores da guerra e a negligência do sistema diante dos mais vulneráveis. É uma obra que arranca lágrimas não pela fantasia, mas pela crueza de uma realidade onde duas crianças tentam sobreviver ao colapso do mundo ao seu redor.

٫ “Vidas ao Vento”, embora controverso, discute o peso dos sonhos em meio à responsabilidade moral — ao retratar a vida de um engenheiro de aviões que, apesar de amar o voo, acaba contribuindo para a criação de instrumentos de guerra. A dicotomia entre a beleza e a destruição é constante nas obras Ghibli, mostrando como as escolhas humanas são frequentemente ambíguas.

٫ Além disso, o estúdio toca em temas como machismo, capitalismo, colonialismo e até a burocratização da vida moderna, sempre com camadas de significados que se revelam com o tempo e a sensibilidade de quem assiste.

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٫ Embora Ghibli ainda enfrente críticas quanto à diversidade de gênero e orientação sexual, é inegável que suas personagens femininas rompem com padrões estabelecidos. Meninas corajosas, independentes e cheias de nuances — como Chihiro, San, Sophie e Kiki — conduzem suas histórias com autenticidade e força interior. Elas não estão ali para serem salvas, mas para salvar a si mesmas e aos que amam, enfrentando desafios com empatia, coragem e crescimento pessoal.

٫ Esse protagonismo feminino não é gratuito. Ele nasce da convicção de que as crianças, especialmente as meninas, merecem ver a si mesmas como protagonistas de suas jornadas — algo que Miyazaki defendeu em inúmeras entrevistas ao longo de sua carreira.

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!    𓄼    .   𝐆hιbᥣι 𝐇᥆jᥱ: 𝐌ᥙdᥲᥒᥴ̧ᥲ᥉, 𝐃ᥱ᥉ρᥱdιdᥲ᥉ ᥱ 𝐍᥆᥎᥆᥉ 𝐑ᥙ꧑᥆᥉     𓄹     ᥀    :heart:

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𓈒ㅤ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤCom o ar dos anos, o Studio Ghibli ou por transformações significativas. Aposentadorias, retornos, despedidas e novos começos marcaram a trajetória de um estúdio que, apesar dos desafios, mantém vivo o encanto que o consagrou mundialmente.

٬   :hearts: !   O I꧑ρᥲᥴt᥆: Aρ᥆᥉ᥱᥒtᥲd᥆rιᥲ dᥱ Mιᥡᥲzᥲkι   ⳹     ٫

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٫ Em 2013, após o lançamento de “Vidas ao Vento”, Hayao Miyazaki anunciou sua aposentadoria da direção de longas-metragens, o que foi recebido com pesar por fãs e especialistas. Muitos enxergaram esse momento como o possível fim de uma era — afinal, Miyazaki era, para muitos, a alma criativa do estúdio.

٫ Contudo, a aposentadoria foi breve. O diretor voltou à ativa com o desejo de criar uma última obra que marcasse seu legado: “O Menino e a Garça” (Kimitachi wa Dō Ikiru ka), lançado em 2023. O filme — complexo, surrealista e profundamente simbólico — reflete sobre morte, luto, criação e reconciliação, sendo considerado por muitos como sua carta de despedida à arte e à vida.

٬   :hearts: !    Eᥒᥴᥱrrᥲ꧑ᥱᥒt᥆ dᥱ ᥙ꧑ Cιᥴᥣ᥆   ⳹     ٫

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٫ O cofundador do estúdio, Isao Takahata, também teve um papel fundamental na construção da identidade Ghibli. Suas obras, mais realistas e experimentais, ofereciam um contraponto importante à fantasia encantadora de Miyazaki. “O Conto da Princesa Kaguya”, seu último trabalho antes de falecer em 2018, é uma joia poética que demonstra como o estúdio também podia transitar entre o sublime e o trágico com maestria.

٫ Com sua partida, Ghibli perdeu não apenas um diretor, mas um dos pilares de sua essência artística. Ainda assim, o estúdio continua a reverenciar sua memória, mantendo viva sua sensibilidade nos detalhes de suas produções.

٬   :hearts: !    O Fᥙtᥙr᥆ ᥒᥲ᥉ Mᥲ̃᥆᥉ dᥱ N᥆᥎ᥲ᥉ Gᥱrᥲᥴ̧᥆̃ᥱ᥉   ⳹     ٫

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٫ Enquanto Miyazaki se encaminha para seu adeus definitivo, o estúdio busca renovar sua linguagem através de novos nomes. Goro Miyazaki, filho de Hayao, é um dos principais candidatos a dar continuidade ao legado Ghibli. Ainda que suas obras tenham dividido opiniões (Contos de Terramar, Da Colina Kokuriko), é notável sua tentativa de encontrar um caminho próprio — algo que carrega tanto o peso quanto a honra de seu sobrenome.

٫ Além disso, Ghibli tem explorado parcerias, reexibições de clássicos e até incursões no universo digital, como a abertura do Ghibli Park, um espaço que permite aos fãs vivenciarem as obras do estúdio em um ambiente físico e imersivo.

٬   :hearts: !    U꧑ᥲ Artᥱ qᥙᥱ Nᥲ̃᥆ Eᥒ᥎ᥱᥣhᥱᥴᥱ   ⳹     ٫

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٫ Mesmo diante das incertezas, uma coisa permanece clara: o Studio Ghibli já ultraou os limites do tempo. Suas animações seguem emocionando novas gerações, provando que a beleza, a sensibilidade e o respeito pelo espectador não têm prazo de validade. Assistir a um filme Ghibli é sempre uma experiência transformadora — uma jornada que começa com olhos curiosos e termina com o coração tocado.

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!    𓄼    .   𝐔́ᥣtι꧑᥆᥉ ρr᥆jᥱt᥆᥉ ᥱ fι꧑ d᥆ 𝐒tᥙdι᥆ 𝐆hιbᥣι     𓄹     ᥀    :heart:

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𓈒ㅤ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤEm 2014, dois projetos distintos chegam ao público. O primeiro deles é vem como uma grande novidade: a primeira série de TV animada do Studio Ghibli dirigida por Goro Miyazaki.

𓈒ㅤ Intitulada “Ronja, a Filha do Ladrão”, foi uma adaptação do livro de Astrid Lindgreen contada em 26 episódios. A série foi vencedora do Emmy o que lhe rendeu uma projeção internacional, ganhando dublagem em inglês e sendo posteriormente disponibilizada no serviço de streaming da Amazon.

𓈒ㅤ No mesmo ano, Hiromasa Yonebayashi mais uma vez se lança a frente de um filme Ghibli, desta vez As Memórias de Marnie que se deu como último filme do Studio Ghibli até então. Após este filme, Yonebayashi se desligou da empresa dado o fechamento do departamento de produção do estúdio.

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𓈒ㅤ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤApesar da pausa no setor de animação, o Studio Ghibli não encerra definitivamente as suas atividades. Em 2015 Hayao Miyazaki anuncia que estaria trabalhando em um novo projeto: o curta metragem “Boro, a Lagarta”. Concebida originalmente durante a produção de “Princesa Mononoke”, a história havia sido desenvolvida por Miyazaki em 1997, que retomou o tema 18 anos depois. Seria este o primeiro curta metragem do Studio Ghibli desenvolvido totalmente em CG (computação gráfica) produzido para exibição exclusiva do Museu Ghibli.

𓈒ㅤ Ao mesmo tempo que Hayao Miyazaki trabalhava com uma equipe contratada para desenvolver o seu curta, iniciou o storyboards de um novo longa. Apesar de ter anunciado a sua aposentadoria 3 anos antes em uma coletiva de imprensa, em agosto de 2016 apresenta uma nova proposta de um filme que levaria cerca de cinco anos para ser produzido.

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!    𓄼    .   𝐀 ρᥱrdᥲ dᥱ 𝐈᥉ᥲ᥆ 𝐓ᥲkᥲhᥲtᥲ ᥱ ᥙ꧑ᥲ ᥒ᥆᥎ᥲ ᥱrᥲ ghιbᥣι     𓄹     ᥀    :heart:

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𓈒ㅤ O ano de 2018 foi de grande perda para o Studio Ghibli. Isao Takahata, membro fundador, premiado diretor, produtor e roteirista de animação do estúdio, faleceu em um hospital em Tóquio no dia 5 de maio, devido à um câncer de pulmão aos 82 anos. No dia 15 de maio de 2018, foi realizada uma cerimônia de despedida no Museu Ghibli, em Tóquio.

𓈒ㅤ Apesar da imensa perda, o estúdio recobra suas forças e o ano de 2020 representa uma nova era para o estúdio, que anuncia em sua tradicional mensagem de ano novo a produção de 2 novos longas metragens. Um deles, o já anunciado “Como Vocês Vivem?” de Hayao Miyazaki, e a segunda produção que se tornou um mistério para boa parte do público.

𓈒ㅤ O Studio Ghibli amplia seus horizontes adentrando a era digital. Em fevereiro seu catálogo quase completo de filmes começa a ser disponibilizado globalmente na plataforma de streaming da Netflix. Em março é a vez das trilhas sonoras, com o anúncio de que a maior parte dos álbuns de músicas dos filmes Ghibli se tornariam íveis via Spotify. No mesmo ano o estúdio mantém suas produções e lança ainda seu primeiro trabalho do ano: um comercial para Lawson.

𓈒ㅤ Com a pandemia do novo coronavírus, o Museu Ghibli anuncia a pausa no seu funcionamento e o estúdio revela finalmente novas informações sobre a segunda produção em desenvolvimento: se trata de “Aya to majo (Aya e a Bruxa)”, um longa-metragem dirigido por Goro Miyazaki criado totalmente em computação gráfica, foi lançado em 2020 como forma de angariar recursos financeiros para bancar o filme de seu pai. Devido ao surto de COVID-19, o filme “Aya e a Bruxa” não chegou aos cinemas, tendo sua estreia no canal NHK.

𓈒ㅤ Então, finalmente em 2023, a misteriosa animação de Hayao Miyazaki, O Menino e a Garça, é lançada primeiramente no Japão, sem trailer quaisquer materiais promocionais. Em uma ação ousada até para o próprio Studio Ghibli. Ainda no mesmo ano, uma notícia deixou todos em choque: o Studio Ghibli foi vendido para a Nippon TV, se tornando uma subsidiária, em uma manobra de manter o legado do estúdio japonês nas próximas décadas.

𓈒ㅤ Em 2024, “O Menino e a Garça” foi um sucesso no mundo todo, levando o Oscar de Melhor Animação e mostrando a soberania de Miyazaki, que até o momento é o único animador japonês vencedor do Oscar. Esse sucesso culminou numa ampliação relevante do catálogo Ghibli na plataforma de streaming da Netflix, que incluiu “O Menino e a Garça”, “Túmulo dos Vagalumes” e o documentário “Hayao Miyazaki e a Garça”, como forma de manter e levar o legado do Studio Ghibli para todas as gerações.

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!    𓄼    .   𝐎 𝐋ᥱgᥲd᥆ ᥱ ᥲ 𝐈ᥒfᥣᥙᥱ̂ᥒᥴιᥲ 𝐂ᥙᥣtᥙrᥲᥣ d᥆ 𝐒tᥙdι᥆ 𝐆hιbᥣι     𓄹     ᥀    :heart:

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𓈒ㅤ O impacto do Studio Ghibli vai muito além da bilheteria ou da estética visual. Ele moldou gerações de animadores, artistas e sonhadores, deixando uma marca indelével na cultura pop, na arte e na forma como vemos o mundo ao nosso redor.

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٫ Ghibli não é apenas um estúdio de animação — é uma filosofia de criação. Em suas obras, a narrativa nunca subestima o público, independentemente da idade. Não há medo de explorar temas como morte, perda, guerra, trauma, amadurecimento e reconciliação. Os filmes se desenrolam como poesia visual, desafiando convenções e rejeitando o ritmo acelerado típico da indústria. Cada quadro é uma pintura, cada diálogo é carregado de significado e cada silêncio fala tanto quanto as palavras.

٫ Essa profundidade fez com que o estúdio fosse reconhecido não apenas como um gigante da animação japonesa, mas como uma entidade artística comparável aos maiores nomes da história do cinema.

٬   :hearts: !    A Prᥱ᥉ᥱᥒᥴ̧ᥲ Gᥣ᥆bᥲᥣ   ⳹     ٫

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٫ Ghibli ultraou fronteiras culturais com facilidade. Seja no Japão, no Brasil ou na França, os filmes falam uma linguagem universal — a linguagem da emoção. Suas mensagens ressoam em todas as partes do mundo, conquistando públicos de todas as idades.

٫ Além disso, obras como A Viagem de Chihiro e O Castelo Animado pavimentaram o caminho para que a animação japonesa fosse finalmente reconhecida pela crítica ocidental, com prêmios como o Oscar e o Urso de Ouro. O nome “Ghibli” se tornou sinônimo de excelência e sensibilidade — uma referência para qualquer pessoa que trabalhe com arte, cinema ou animação.

٬   :hearts: !    Iᥒ᥉ριrᥲᥴ̧ᥲ̃᥆ qᥙᥱ Trᥲᥒ᥉ᥴᥱᥒdᥱ Gᥱrᥲᥴ̧᥆̃ᥱ᥉   ⳹     ٫

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٫ A influência do estúdio é visível em diversas obras contemporâneas. Animações modernas — tanto orientais quanto ocidentais — absorvem a estética Ghibli em suas paisagens detalhadas, em seus personagens femininos complexos e em suas histórias que valorizam a simplicidade do cotidiano.

٫ Criadores como Rebecca Sugar (Steven Universe), Domee Shi (Red: Crescer é uma Fera) e até jogos como The Legend of Zelda: Breath of the Wild reconhecem abertamente a influência do estúdio. Ghibli moldou um novo modo de contar histórias: mais contemplativo, humano e emocionalmente honesto.

٬   :hearts: !    O Lᥱgᥲd᥆ ᥱ́ ᥲ E꧑᥆ᥴ̧ᥲ̃᥆   ⳹     ٫

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٫ No fim, o verdadeiro legado do Studio Ghibli está no que ele desperta em nós. A melancolia de Chihiro, a liberdade de Kiki, o silêncio de Totoro, a dor de Seita e Setsuko, o amor incondicional de Howl — tudo isso permanece conosco, como cicatrizes bonitas que nos lembram da nossa própria jornada.

٫ Mais do que filmes, Ghibli nos deu uma forma de ver o mundo com mais ternura. Nos ensinou que crescer não precisa significar esquecer a magia. E que, mesmo nos dias mais difíceis, ainda há algo de encantador esperando para ser descoberto — seja num espírito da floresta, num castelo ambulante ou numa garça falante.

٫ Porque, no fim das contas, como disse Hayao Miyazaki:

❛𝗢 𝗺𝘂𝗻𝗱𝗼 𝗮𝗶𝗻𝗱𝗮 𝗲́ 𝘂𝗺 𝗹𝘂𝗴𝗮𝗿 𝗯𝗼𝗻𝗶𝘁𝗼.

𝗕𝗮𝘀𝘁𝗮 𝘀𝗮𝗯𝗲𝗿 𝗰𝗼𝗺𝗼 𝗼𝗹𝗵𝗮𝗿. ❜

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𓈒ㅤ Falar sobre o Studio Ghibli é como tentar descrever um sonho que marcou a alma — é delicado, intenso e, ao mesmo tempo, difícil de colocar em palavras. Mas é justamente esse o poder do estúdio: ele toca o que há de mais sensível em nós, nos levando por caminhos onde a imaginação encontra a realidade, e o impossível se torna íntimo.

𓈒ㅤ Cada filme é como uma janela aberta para dentro de nós mesmos. Seja através da doçura de Totoro, do caos mágico de Howl, da jornada de amadurecimento de Chihiro ou da dor silenciosa de O Túmulo dos Vagalumes, Ghibli nos transforma. Nos humaniza. Nos lembra de que ainda é possível sentir com profundidade, ver beleza nos detalhes e preservar a pureza de um coração que acredita.

𓈒ㅤ Mais do que grandes histórias, o estúdio nos presenteou com memórias que levamos para a vida inteira. Nos ensinou que crescer não significa abandonar a criança que fomos, mas dar a ela um novo lugar dentro de nós. E que a magia — aquela que pulsa na natureza, nos pequenos gestos e nos sentimentos sinceros — ainda está por aí, esperando por quem se permita acreditar. Ghibli é mais que um estúdio. É um lar para todos que sonham acordados. Um refúgio para os que choram com desenhos e sorriem com silêncios. Um lembrete de que a arte pode ser, sim, um sopro de esperança num mundo que muitas vezes tenta nos endurecer.

𓈒ㅤ Então, que a gente continue voando com Kiki, nadando com Ponyo, amando com San e acreditando com X e Yubaba que, mesmo quando tudo parece desmoronar, ainda há magia — dentro de nós e ao nosso redor. E enquanto houver uma estrela no céu, um espírito na floresta ou uma garça à espreita… 𝗼 𝗲𝗻𝗰𝗮𝗻𝘁𝗼 𝗱𝗼 𝗦𝘁𝘂𝗱𝗶𝗼 𝗚𝗵𝗶𝗯𝗹𝗶 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗶𝗻𝘂𝗮𝗿𝗮́ 𝗮 𝗻𝗼𝘀 𝗴𝘂𝗶𝗮𝗿.