Vivemos com a ideia de que temos o tempo nas mãos. Fazemos planos, traçamos caminhos, criamos certezas, como se a vida nos devesse alguma garantia. Mas a verdade, dura e crua, é que o futuro é incerto. Sempre foi. Sempre será.
Há momentos em que sentimos que tudo faz sentido, que estamos exatamente onde devíamos estar. Temos aquela sensação de controlo, de estabilidade… até que, num segundo, tudo se vira do avesso. Uma notícia. Uma escolha. Uma ausência. E de repente, aquilo que parecia sólido desmorona-se sem aviso.
É assustador perceber o quão frágeis são as nossas certezas. Mas talvez também haja beleza nisso. Pk é essa incerteza que nos obriga a viver de verdade, a valorizar o agora, a abraçar o que temos antes que desapareça. A vida não espera por quem só vive do depois.
O controlo que achamos ter é só uma tentativa de nos sentirmos seguros. Mas a liberdade começa quando aceitamos que não controlamos tudo, e que, ainda assim, podemos escolher como viver, como amar.
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O tempo me assusta