Descobrindo quem sou em mundos que não me entendem

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𖠇   ٬٬ 𝗕𝗂𝗲𝗻𝗏𝖾𝗻𝘂𝖾, 𝗠𝖾𝗺𝗯𝖾𝗿.

#BlogueiroLGBT

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ᵈᵉⁱˣᵉ ˢᵘᵃ ˢᵘᵍᵉˢᵗᵃ̂ᵒ’ ᵈᵘ̀ᵛⁱᵈᵃ ᵉ ᵈᵉⁿᵘ̀ⁿᶜⁱᵃ’ ᵃᵠᵘⁱ!

. ᵒᵘᵛⁱᵈᵒʳⁱᵃ ˢᵗᵃᶠᶠ ˡᵍᵇᵗ

. ⁱⁿˢᵗᵃᵍʳᵃᵐ

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ᴾʳᵉᶜᶦˢᵃ ᵈᵉ ᵇᵒᵃ ᵐᵘ́ˢᶦᶜᵃ?

. ᵒᵘᵛⁱᵈᵒʳⁱᵃ ˢᵘᵖᵒʳᵗᵉ

. ʳᵃᵈⁱᵒ ˡᵍᵇᵗ

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⤹

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𝐈.   𝗣𝗋𝗲𝗳𝖺́𝖼𝗶𝗼.

⠀── ⠀ Olá, leitores incríveis da nossa comunidade! Espero que estejam bem — e, se não estiverem, receba um abraço apertado e cheio de carinho, porque aqui é espaço seguro, viu? Esse blog nasceu de mais uma daquelas madrugadas caóticas onde a cabeça e o coração não se entendem direito (sim, o caos interno sempre rende bons textos… ou pelo menos tentativas, né? ‘🤚🏻’). Aqui, eu quis falar sobre ser LGBTQ+ em um mundo que, muitas vezes, insiste em não nos enxergar. Sobre os espelhos que nos distorcem, as lutas silenciosas, os vínculos que nos constroem e, principalmente, sobre a liberdade de sermos quem somos, com orgulho e sem meias palavras. Então respira fundo, pega teu chá, teu café, ou o que trouxer aconchego… e vem comigo nessa travessia em palavras. Ou, se quiser só sentir, já tá valendo também.

⠀ ⠀ Há momentos na vida em que nos vemos refletidos em espelhos que não nos reconhecem, nem nos refletem como realmente somos. O mundo, com as suas regras e padrões, tenta nos encaixar em formas que nunca foram feitas para nós. Entre a busca pela identidade e a necessidade de aceitação, muitos de nós, atravessamos um caminho tortuoso de autodescoberta e transformação. O arco-íris, que surge como um símbolo de resistência, esperança e diversidade, também é um reflexo dessa jornada. Uma jornada que, muitas vezes, nos obriga a olhar para dentro de nós mesmos, confrontar o que a sociedade diz que devemos ser e afirmar com coragem quem realmente somos.

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𝐈𝐈.   𝗧𝗈́𝗽𝗶𝖼𝗼.

⠀── ⠀ O Espelho da Sociedade

⠀ ⠀ Desde muito cedo, nos colocam diante de um espelho que não foi feito pra gente. Um espelho que distorce, que exige moldes, que impõe padrões. A sociedade entrega esse reflexo como se fosse uma verdade absoluta, e a gente — no susto — tenta caber nele. Tentamos sorrir pra esse reflexo, fingir que está tudo certo, mesmo quando tudo grita o contrário por dentro.

⠀ ⠀ Ser LGBTQ+ nesse cenário é como caminhar entre cacos de vidro tentando não se ferir. A imagem que devolvem pra gente raramente é nossa de verdade. Muitas vezes, é só um borrão da expectativa alheia, do que esperam que sejamos. E aí vêm as dúvidas, as cobranças, as tentativas frustradas de se encaixar. Porque, no fundo, a gente sabe: aquelas caixas que tentam nos empurrar… não são nossas. Nunca foram.

⠀ ⠀ Mas chega um momento — às vezes doloroso, às vezes libertador — em que percebemos que esse espelho não precisa ditar quem somos. Ele é só uma construção. E nós somos muito mais do que isso. Somos camadas, somos nuances, somos contradições lindas e complexas. Somos inteiros, mesmo quando o mundo insiste em nos fragmentar.

⠀── ⠀ A Jornada de Descoberta e Resistência

⠀ ⠀ Descobrir quem se é num mundo que grita o tempo todo quem você deveria ser… é um ato de coragem. Crescer ouvindo que só há um jeito certo de amar, de existir, de ser — e ainda assim ousar ser diferente — é, sem dúvida, resistência. Tudo começa com pequenas perguntas: “E se eu for diferente?”, “E se eu não me encaixar?” — e essas perguntas crescem, tomam espaço, até virarem verdades. Verdades que, no início, assustam. Porque elas desmontam tudo que nos ensinaram. Mas, ao mesmo tempo, elas libertam. É ali que mora a chave: entender que ser diferente não é um erro, é um caminho. E que ouvir a própria voz, mesmo quando ela treme, é um o enorme.

⠀ ⠀ Resistir, às vezes, é se acolher no espelho, mesmo quando ele ainda parece embaçado. É lutar contra as vozes que moram dentro da gente — aquelas que diziam que não seríamos suficientes. É entender que sentir medo faz parte, mas que a coragem está justamente em continuar, mesmo com medo. E quando a gente começa a se encontrar — mesmo que aos poucos, mesmo que tropeçando — percebe que não está sozinho. Que há outras mãos estendidas, outras vozes que ecoam as mesmas dores e conquistas. E é nesse encontro, nessa coletividade, que a resistência se fortalece. Porque, juntos, somos abrigo. Somos força.

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𝐈𝐈𝐈.   𝗧𝗈́𝗽𝗶𝖼𝗼.

⠀── ⠀ Reflexos da Jornada nos Relacionamentos

⠀ ⠀ Conforme vamos nos entendendo melhor, também começamos a enxergar com mais clareza os laços que formamos. O modo como nos conectamos muda. amos a desejar relações mais sinceras, mais respeitosas, mais humanas.

⠀ ⠀ No começo, a sensação pode ser de solidão. Como se ninguém pudesse compreender o que se a aqui dentro. Mas com o tempo, a gente aprende a se cercar de quem soma, de quem entende, de quem respeita. Relações verdadeiras florescem quando há espaço pra sermos quem somos, sem máscaras, sem filtros. E nem tudo são flores — ainda existe quem nos rejeita, quem fecha portas, quem não quer enxergar nossa verdade. E dói. Mas aprendemos, também, que o amor-próprio precisa vir primeiro. Que é preciso saber se afastar do que machuca. Que não precisamos nos diminuir pra caber em lugar nenhum.

⠀ ⠀ Nas amizades, nos amores, nos vínculos familiares — a verdade é que, quando nos aceitamos, exigimos o mesmo do outro. Não mais migalhas, não mais metades. E quando encontramos quem nos vê por inteiro, esses encontros se tornam sagrados. Porque são feitos de aceitação, de reciprocidade, de presença. E sim, amar sendo LGBTQ+ ainda carrega peso. Carrega o medo de não ser aceito, de não poder viver esse amor em paz. Mas, ao mesmo tempo, é um amor que se constrói com coragem, com entrega, com verdade. E quando a gente se ama, o amor do outro chega diferente: mais leve, mais livre, mais bonito.

⠀── ⠀ A Celebração do Ser — Aceitar e Amar Quem Somos

⠀ ⠀ Viver a própria verdade é revolucionário. Porque a sociedade insiste em nos fazer duvidar de nós. Em apontar o que devemos ser, vestir, amar, sentir. Mas chega uma hora em que isso já não serve mais. Em que a gente diz “basta” e começa a escrever a própria história. Aceitar-se não é um ponto final. É um processo. Um movimento constante de autoconhecimento, de cuidado, de perdão e de orgulho. É entender que a gente não precisa ser perfeito, só precisa ser verdadeiro. Que nossas falhas fazem parte, e que há beleza na imperfeição.

⠀ ⠀ Ser LGBTQ+ é resistência, sim. Mas também é festa, é cor, é liberdade. É ter orgulho do que nos torna únicos. É poder olhar no espelho, finalmente, e dizer: “Eu gosto de quem eu vejo”. E isso… isso é gigante. Quando nos aceitamos, criamos um lar dentro de nós. Um lugar seguro, onde podemos descansar, recomeçar e florescer. Um espaço onde não há medo de amar, de ser vulnerável, de sonhar. Porque o amor próprio não é vaidade — é base. E sem ele, nada sustenta. Cada o nessa direção é uma conquista. Cada vez que escolhemos ser autênticos, mesmo quando é difícil, estamos celebrando quem somos. E isso merece ser lembrado, vivido, compartilhado.

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𝐈𝐕.   𝗣𝗈𝘀𝗳𝖺́𝖼𝗶𝗼.

⠀── ⠀ No mais, novamente, é isso. Se você chegou até aqui, obrigada. De verdade. Espero que essas palavras tenham feito morada em algum cantinho seu, mesmo que pequeno. Escrever esse blog foi como me olhar no espelho com mais calma, com mais honestidade — e, pela primeira vez em muito tempo, sem desviar o olhar. Porque falar sobre ser LGBTQ+ não é só sobre siglas e lutas… é sobre existir apesar de tudo. É sobre todas as vezes que tentamos caber em moldes que não foram feitos pra gente, e mesmo assim seguimos, nos refazendo, nos reinventando, até que finalmente nos reconhecemos.

⠀ ⠀ E não, não foi um processo fácil. Ainda não é. Mas tem sido mais leve quando deixo de tentar me encaixar e começo, de fato, a me acolher e me escolher. Quando entendo que resistir não é só lutar contra o mundo — é, muitas vezes, lutar pra não deixar de ser quem sou no meio do caos. E isso já é imenso. Já é bonito demais.

⠀── ⠀ Se eu pudesse te deixar só uma coisa, seria o desejo de que você também se veja com mais carinho. Que perceba que esse corpo, essa identidade, esse jeito de sentir e amar… tudo isso faz parte da sua história. E ela merece ser vivida com orgulho. Com verdade. Sem máscaras. Seja nas relações, nos espelhos, nas palavras que escrevemos ou nas que ainda temos medo de dizer… que a gente se permita. Porque a liberdade não está em ser perfeito — está em ser inteiro.

⠀ ⠀ E se tudo isso ainda parecer demais, respira. Vai no teu tempo. Porque ser quem se é… já é coragem suficiente. A gente se vê no próximo blog. Até lá, se cuida, se acolhe e, se puder (VOCÊ PODE)… se ama. ‘ :wave: 🏻’ ⠀

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