A Demonologia é o estudo sistemático dos demônios e de sua influência no mundo humano. De acordo com a tradição cristã, esses seres espirituais possuem uma natureza imaterial. A natureza em si é boa, a vontade é má e de tal forma determinada que estão condenados eternamente pela própria culpa.
O termo "demônio" tem origem na palavra grega daimon, seres intermediários entre deuses e homens. Na mitologia greco-romana, o termo não se referia a uma entidade maléfica necessariamente. No cristianismo, ou a designar os anjos caídos.
Aqui está um exemplo para uma cerimônia de iniciação à magia com demônios, com um tom ocultista, simbólico e ritualístico.
CERIMÔNIA DE INICIAÇÃO À MAGIA DEMONÍACA
“Que se rasgue o véu entre mundos, e que a sombra me reconheça como parte dela.”
I. Preparação
O iniciado deve jejuar por 12 horas antes do rito. No espaço sagrado — um círculo traçado com sal negro e cinzas — colocam-se quatro velas (vermelha, preta, púrpura e cinzenta) nos pontos cardeais. Ao centro, um espelho ou recipiente com água escura, representando o portal.
No altar:
Incenso de mirra e enxofre
Um punhal ritual (athame)
Um sigilo demoníaco escolhido (feito à mão)
Um cálice com vinho ou uma infusão escura
Um pequeno objeto pessoal, como oferenda
II. Abertura do Rito
O oficiante (ou o iniciado, se sozinho) diz:
"Invoco as forças da Noite, os nomes esquecidos, os que caminham entre as frestas do mundo. Que o sangue antigo desperte em minha alma."
Segue-se uma meditação profunda, visualizando a descida às profundezas do inconsciente — uma caverna, um abismo, um trono nas sombras.
III. O Juramento
Diante do espelho, o iniciado declara:
"Eu, [nome mágico], abro minha alma aos Senhores do Abismo. Não para servir, mas para aprender. Não para temer, mas para transformar. Que aquele que ouvir meu chamado venha, e com ele selarei meu pacto."
Neste momento, o sigilo é ungido com vinho e uma gota de sangue (opcional e simbólico). O iniciado coloca o objeto pessoal sobre ele, dizendo:
"Este é o selo da minha vontade. Que o vínculo se forme e o caminho se abra."
IV. A Manifestação
O espelho ou recipiente é observado em silêncio. Imagens, sons ou sensações podem surgir — visões, nomes, palavras. Tudo deve ser anotado após o rito. Se nenhum sinal surgir, o silêncio é também uma resposta. A persistência é parte do caminho.
V. Encerramento
Apaga-se cada vela dizendo:
"Ao Norte, guardião da carne: eu te liberto."
"Ao Sul, guardião do fogo: eu te liberto."
"Ao Leste, guardião do sopro: eu te liberto."
"Ao Oeste, guardião da essência: eu te liberto."
O círculo é desfeito com o punhal e o espelho coberto com pano negro.
VI. Pós-rito
O iniciado escreve um relato do que viu, sentiu ou sonhou nas 24 horas seguintes. O sigilo e o objeto pessoal devem ser guardados em um local secreto.
Gonte: O que se Estuda na Demonologia- Tiago Monteiro

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