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Deusa

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Já vimos, no texto sobre a história da Bruxaria, como surgiram as primeiras idéias sobre a existência de uma Deusa-Mãe. Por muito tempo, ela foi reprimida por uma sociedade extremamente patriarcalista. Mas atualmente vários fatores indicam o retorno da Deusa na consciência humana: o crescimento do movimento pacifista, o desenvolvimento de uma forte consciência ecológica, a maior aceitação dos diversos tipos de sexualidade, o reconhecimento das características femininas da psique nos homens, a sempre crescente participação das mulheres nos mais diversos campos do conhecimento humano e o próprio ressurgimento da Bruxaria. Mas quem é a Deusa para os modernos feiticeiros?

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│.   ˚♡   °.                    [  :cactus:  ] dez. 2018.
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Ela é a Senhora de Mil Nomes: onde quer que o ser humano tenha pisado, lá existe uma denominação para ela. Diana, Aradia, Morrígan, Ísis, Arianrhod, Bhríd, Afrodite, Ishtar, Yemanjá, Hera, Nyandesy. É um arquétipo universal. Na Wicca da Floresta, a chamamos de Diana, Senhora da Lua que Dança nos Céus. Seu símbolo é o triângulo invertido.

É a própria Terra, o planeta que é nossa Mãe e nosso lar, que nos permite a existência. É em seu corpo que nosso corpo é enterrado ao morrer, pois Dela viemos e a Ela devemos retornar. O céu, em toda a sua imensidão, é também parte do corpo da Grande Deusa. Ela não tem limites, e nem o tem seu Amor (nem sua Fúria).

A Deusa é tríplice: jovem e indomável na lua crescente, madura e mãe na lua cheia, sábia e anciã na lua minguante. Na lua nova, notadamente nos três dias que a antecedem, a Deusa mostra sua face escura e implacável.

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Em seu aspecto jovem, a Deusa é chamada de Donzela. Nesta face, ela possui a chama de todos os inícios. No período de seu domínio, a lua crescente, devem ser plantadas as sementes de todos os nossos projetos. A Donzela é virgem: possui a todos os homens, mas nenhum a possui. Representa o aspecto do Feminino que independe totalmente do Masculino. Ela é selvagem, caçadora e guerreira. Possui o vigor da juventude, e todo o poder de crescimento e mudança. Alguns exemplos de Donzelas mitológicas são Ártemis (grega), Macha (irlandesa), Iansã (afro-brasileira) e Epona (gaulesa).

Quando a lua atinge sua plenitude e torna-se cheia, é chegado o período dedicado à Mãe. Ela derrama suas bênçãos sobre seus filhos na forma da brilhante lua que reina nos céus. É ela quem permite que as sementes plantadas pela Donzela amadureçam e sejam colhidos na forma de frutos. É também aquela que nos dá a inspiração para sonhar com novas realizações. A grega Deméter, a irlandesa Dana, a nórdica Freya, a galesa Ceridwen, a egípcia Ísis e a afro-brasileira Yemanjá são reflexos desta mesma face da Grande Deusa.

A lua está diminuindo. É tempo de reflexão. Neste período, reina o aspecto da Deusa conhecido como a Anciã. Ela é a senhora da purificação e da destruição, e nos permite a introspecção e a análise de nossos erros. É um período de silêncio: a Anciã recolhe-se aos domínios da morte, onde permanecerá durante um curto período e ressurgirá na forma da Donzela. É a Mão que Fere e Acaricia: pode nos possibilitar o impulso que necessitamos para mudanças em nosso psiquismo ou oferecer uma arma para que nós próprios nos causemos ferimentos. A este aspecto podem ser relacionadas deusas como Nemaín (irlandesa) e Hécate (grega).

A Grande Deusa pode se apresentar ainda sob várias formas. Uma de suas características é a diversidade. O estudo de mitologias diversas mostrará ao estudante aplicado diversas outras manifestações do Feminino Sagrado.

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Para as mulheres, a Deusa representa sua totalidade enquanto pessoas. Permite a elas conhecerem tanto seu poder criador quanto seu poder destruidor. É através da Grande Mãe que as mulheres alcançam seu mais alto grau de compreensão de si mesmas, libertando-se de todos os bloqueios, sendo quem são: mães, amigas, virgens, amantes ou irmãs. Ou todas ao mesmo tempo.

Aos homens a Mãe possibilita o despertar de sentimentos e faculdades adormecidas ou reprimidas. Ela lhes permite reconhecer características de si mesmos que lhes foram negadas pela sociedade durante séculos, sem que isso lhes cause vergonha ou lhe torne menos homens. A Grande Mãe dá aos homens a possibilidade de realmente conhecerem a si mesmos.

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Quando os povos primitivos identificaram a mulher com a Terra e associaram a existência da Terra a poderes divinos, consideraram que o poder que conspirou para que o Universo fosse criado era feminino. Como só as mulheres têm o poder de dar a vida a outros seres, nossos ancestrais começaram a acreditar que tudo tinha sido gerado por uma Deusa.

Os povos de neolítico e do paleolítico não conheciam Deuses masculinos. O conceito do ato sexual como fator de fecundação inexistia, pois eles acreditavam que as mulheres engravidavam deitadas ao luar, através do poder da Grande Deusa manifestada como a Lua.

Em diversas partes do mundo a Grande Deusa Mãe é associada à Lua, já que existia um poder maior que agia entre a mulher e a Lua.

Todas as religiões primais viam no poder feminino a chave para o Mito da Criação e assim o Universo era identificado como uma Grande Deusa, criadora de tudo aquilo que existia e que existiu.

Com o avanço da agricultura, a importância do sólo ou a ser primordial e a Grande Mãe Terra(a Deusa) se tornou o centro de culto das tribos primitvas. As mulheres eram consideradas responsáveis pela fartura das colheitas, pois eram elas que conheciam os mistérios da criação.

As várias estatuetas femininas, como as Vênus de Willendorf, de Menton e Lespugne, representam a sacralidade feminina e os poderes mágicos e religiosos atribuídos à Deusa nas época do Paleolítico e Neolítico.

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O símboloda Grande Deusa é o caldeirão, que representa o mundo que ela criou e carrega em seu ventre. Este objeto é associado à Deusa porque a criação do mundo se parece com o que se pode realizar no interior do caldeirão. O mundo é uma maravilhosa obra alquímica que a Deusa criou e comanda através das manobras e poções realizadas em seu caldeirão, o lugar onde nasce a vida.

A Grande Deusa desempenha inúmeros papéis e funções e para isso usa nomes e atributos diferentes, o que os seres humanos para simplificar chamaram de Deusas. Para a Bruxaria todas as Deusas Antigos são a Grande Deusa Mãe multipersonificada. Quando você invoca o nome de uma determinada Deusa, libera um tipo de energia específica que não consegue ser liberada quando se invoca outra Divindade que desempenha papéis e funções diferentes.

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fonte: :tulip: & [ :seedling: |cabrapreta.org/nox/wgdeusa.html]

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