Exercício de Insatisfação

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"Muitos não poderiam ar a verdade nua e crua."

Neste texto que é o primeiro da série "A luta sempre foi sua!" eu gostaria de propor um exercício de insatisfação, cuja a intenção é nos fazer abrir mão das conjecturas e criações que tanto possuem poder sobre nossa qualidade mental, afim de nos tornamos mais sinceros e humanos conosco e com as pessoas ao nosso redor.

Neste exercício toda e qualquer racionalização, ou seja todo processo que necessite ser pensado, concebido ou entendido de forma racional, a a ser aceito como "mentiroso" ou "virtual"(sem importância real).

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Procure por verdades inerentes a racionalização... o quê independentemente de processos racionais ainda existiria? A natureza... ainda estaria lá, certo?... o céu também, os oceanos, os animais... você também ainda estaria lá, todas essas coisas existem e são verdade, ou seja, existem sem a necessidade de racionalização por parte do indivíduo; porém, essas coisas não possuiriam nomes, tendo em vista que seus nomes são criações do intelecto humano, sendo assim são virtuais. Mas, isso em nenhum áspecto alteraria em essência aquilo que eles são, pois seus nomes são meros símbolos que só dizem respeito aos humanos que os conceberam.

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E o quê deixaria de existir? A matemática não mais existiria, a literatura, o capitalismo, a tecnologia, a política... e tantas outras coisas as quais damos importância em nosso dia-a-dia deixariam de ser. Isso teria um grande impacto; sem a racionalidade não seríamos capazes de compreender as justificativas que criamos para sermos preconceituosos, egoístas, arrogantes, individualistas... e ainda, tais palavras nem mesmo teriam sentido.

Neste ponto do exercício te convido a se olhar... Quem você é? O que restou de você, sem suas máscaras, criações meramente virtuais? O quê realmente é real na sua existência?

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Esse exercício nada mais é que um convite para que possamos repensar se algumas das coisas as damos tanta importância em nossas vidas são realmente reais, e assim tratar coisas que deixamos em segundo plano com mais carinho. Estamos em uma época onde coisas virtuais tem mais valor que coisas reais, acabamos por destruir coisas importantes, para manter coisas supérfluas. Nos apegamos a conceitos irreais, e vivemos vidas vazias tentando justificar isto ou aquilo com explicações sem sentido algum. Sua casa, seu carro, sua profissão, sua religião, o valor que você tem em sua conta... nada disso muda aquilo que você é. Somos todos seres humanos, pequenos e iguais perante a natureza e as forças que a regem, podemos começar a perceber isso, ou continuar a nos fragmentar, nos destruir e morrer por nossas criações.