.°• 𝚃𝚑𝚎 “𝐏𝐫𝐢𝐜𝐞” 𝚘𝚏 𝚠𝚊𝚛 ⸽⸽⸽ ⸽ [...] (O.T.)

𝙍𝙚𝙘𝙚𝙗𝙚𝙣𝙙𝙤 𝙩𝙧𝙖𝙣𝙨𝙢𝙞𝙨𝙨𝙖̃𝙤...

                                    𝚂𝙰𝚂 𝙱𝚛𝚒𝚝𝚊̂𝚗𝚒𝚌𝚊

                                               𝙱𝚛𝚊𝚟𝚘 0-6

                                  𝙲𝚙𝚝. 𝙹𝚘𝚑𝚗 𝙿𝚛𝚒𝚌𝚎

𝘉𝘳𝘢𝘷𝘰 0-6 𝘦́ 𝘤𝘢𝘤̧𝘢𝘥𝘰 𝘱𝘰𝘳 𝘤𝘳𝘪𝘮𝘦 𝘥𝘦 𝘨𝘶𝘦𝘳𝘳𝘢, 𝘮𝘦𝘮𝘣𝘳𝘰 𝘥𝘢 𝘛𝘢𝘴𝘬 𝘍𝘰𝘳𝘤𝘦 141, 𝘥𝘦𝘴𝘦𝘫𝘢 𝘥𝘦𝘤𝘰𝘥𝘪𝘧𝘪𝘤𝘢𝘳 𝘢 𝘮𝘦𝘯𝘴𝘢𝘨𝘦𝘮 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘴𝘱𝘢𝘮?

『Sim』

•『Não』

𝗥𝗲𝗰𝗲𝗯𝗲𝗻𝗱𝗼...

Vamos começar do início.

Aqui é Price, bravo seis.

Isso é só pra lembrar, só pra marcar na memória de quem ouvir.

Começando do início, explicando a situação toda.

𝐶𝑜𝑚𝑒𝑐̧𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑑𝑜...

𝐈𝐧𝐢𝐜𝐢𝐨

Meu avô, Price, era um capitão durante a segunda guerra. Durante em uma missão em um navio cargueiro, ele foi morto e deixado pra trás pra que o resto dos seus aliados sobrevivessem.

Nunca conheci ele, e desde criança meus pais sempre contaram histórias sobre os feitos dele.

Tudo isso fez com que eu me apaixonasse por guerras e assuntos bélicos.

Mas o início de verdade, dessa história toda foi em Pripyat, na Ucrânia, em 1996.

Quanto a quem estava lá?

Eu e meu capitão, MacMillan.

A missão era executar Imran Zakhaev, ele estava usando Chernobyl para contrabandear materiais nucleares, e então fomos mandados pelo governo pra acabar com o pilantra.

Desde a segunda guerra o governo não dava autorização pra que alguém fosse assassinado.

Era eu e MacMillan contra o exército de Zakhaev e um monte de mato radioativo pra ferrar ainda mais a situação.

Chegamos em um ponto de observação, avaliamos o vento, calculamos a distância e esperamos Zakhaev aparecer no lugar.

A distância entre eu e uma bala na testa de Zakhaev era de um gatilho, e eu atirei.

Na hora eu achei que tinha acabado com ele, mas vi ele correndo na direção de um carro cinza, sem o braço.

Não tínhamos matado o alvo e agora todos os soldadinhos dele estavam atrás de nós dois, o que tivemos que fazer foi fugir até uma zona de extração, porém MacMillan acabou se ferindo no caminho, e não conseguia se mover.

Eu não iria deixar ele lá, mesmo ele dizendo que era pra eu largar ele.

Não queria que o neto de MacMillan no futuro asse pelo que eu ei, não ter um avô presente, ele ia comigo, querendo ou não.

Até que chegamos, tivemos que esperar os helicópteros de extração chegarem enquanto enfrentávamos tropas gigantes sozinhos, cansados e feridos.

Foi aí que começou tudo, Imran Zakhaev, 15 anos antes de tudo realmente começar a deslizar ladeira abaixo.

𝑄𝑢𝑒 𝑟𝑎𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑛𝑜𝑚𝑒 𝑒́...

𝐒𝐨𝐚𝐩?

15 anos depois de Pripyat, em 2011, ouvimos novamente o nome de Zakhaev, e teríamos que ar por vários Estados ao longo do Estreito de Bering pra chegar no destino final, a Rússia.

Agora, eu como capitão do time Bravo, composto por Gaz, um amigo de confiança, os sargentos Mac, Arem, Barton, Wallcroft e Griffen, e antes de nossa missão, me apresentaram John MacTavish, conhecido pelo apelido de "Soap".

“𝑪𝒆𝒓𝒕𝒐... 𝒒𝒖𝒆 𝒓𝒂𝒊𝒐 𝒅𝒆 𝒏𝒐𝒎𝒆 𝒆́ 𝑺𝒐𝒂𝒑, 𝒉𝒆𝒊𝒏? 𝑪𝒐𝒎𝒐 𝒖𝒎 𝒎𝒖𝒑𝒑𝒆𝒕 𝒄𝒐𝒎𝒐 𝒗𝒐𝒄𝒆̂ 𝒑𝒂𝒔𝒔𝒐𝒖 𝒑𝒆𝒍𝒂 𝒔𝒆𝒍𝒆𝒄̧𝒂̃𝒐?”

Nunca entendi bem o porquê do apelido do garoto ser "Sabão", mas logo depois ele provaria que minhas palavras estavam completamente erradas e que eu acabei me precipitando demais quando chamei ele de "muppet".

Formamos uma equipe muito boa, invadimos um navio cargueiro pra evitar uma catástrofe nuclear, resgatamos um velho amigo russo ajudante do exército, Nikolai, e com muito esforço pra escapar, procuramos por Al-Asad, um seguidor de Zakhaev, com ajuda de informações de Nikolai, perseguimos Viktor Zakhaev, filho de Imran Zakhaev, que acabou se suicidando ao ficar sem saída, invadimos as instalações de Zakhaev quando ele ameaçou os Estados Unidos com mísseis após seu filho ser morto e chegamos ao momento em que Soap me provou ser um ótimo soldado, mais do que antes.

Após escaparmos do covil de Zakhaev, a fim de evitar que ele soltasse diversos mísseis nos Estados Unidos, fomos perseguidos por uma tropa do tamanho de um exército, e, chegando em uma ponte, acabamos encurralados, já que os minions do miserável explodiram-a, impedindo a gente de ar.

Lutamos ao máximo, mas éramos poucos e os reforços não chegariam tão cedo.

Várias explosões aconteceram, Gaz e Griggs acabaram morrendo na batalha, eu estava completamente desnorteado, e Soap caíra ao meu lado.

Minhas últimas forças naquele momento permitiram que eu jogasse minha arma pra Soap.

De todos os soldadinhos de Zakhaev, apenas ele e mais 2 guarda-costas estavam vivos, na nossa frente, e Soap matou eles mais rápido que pudessem reagir, também em suas últimas forças.

Felizmente fomos resgatados, apesar de ter perdido meu melhor amigo, ganhamos a batalha.

Quem me dera aquilo tivesse acabado ali.

Quem me dera Zakhaev ser finalmente visto como o mostro que ele era.

Ao invés disso, apareceu uma outra pedra dentro dos nossos sapatos...

𝑁𝑢𝑛𝑐𝑎 𝑓𝑢𝑖 𝑐𝑜𝑚 𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑎 𝑑𝑒𝑠𝑠𝑒 𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒...

𝐒𝐡𝐞𝐩𝐡𝐞𝐫𝐝

Após tudo aquilo fomos realocados para uma divisão de soldados de elite formada por um tal de General Shepherd, a Task Force 141.

Aquele bigodudo nunca me foi de confiança.

A principal missão que Shepherd nos designou foi na operação Kingfish, onde teríamos que invadir uma base ultranacionalista na Ucrânia, com ajuda da Delta Force, uma das divisões do exército, a fim de encontrar Vladimir Makarov, um fanático de Zakhaev e líder de uma célula terrorista que ganhou poder após a morte do sem braço.

A missão nós concedeu informações valiosas sobre Makarov, mas ele não estava lá, e eu pude ver talento em vários membros da Task Force, como o novato Gary Sanderson, chamado de Roach (qual o problema com os apelidos dos novatos, que droga de nome é Barata?) e Simon Riley, chamado pelo codinome de Ghost. De início não gostei muito do sujeito com aquela máscara dele pra não revelar seu rosto, me parecia metido demais, porém ele se mostrou um homem educado e dedicado em batalha.

Apesar de tudo, ao final da missão, os reforços de Makarov chegaram, e ficamos encurralados.

Os outros conseguiram chegar a tempo no helicóptero de resgate, porém eu acabei ficando pra trás por vontade própria, pra que eles conseguissem fugir sem atrasos ou riscos.

Fui capturado e levado para o Gulag, uma prisão de segurança alta ao leste de Petrovpavlosk, na Rússia, sendo identificado como o prisioneiro 627.

Após três anos preso, eu senti tremores no lugar, e percebi que era uma rebelião ou coisa assim. Era minha chance de fugir, consegui sair da cela, pois algumas portas se abriram sozinhas (descobri depois que foi trabalho de Ghost tentando abrir outra cela. O garoto acertou até mesmo no erro), e comecei a fugir, nocauteando alguns guardinhas pé rapados no caminho.

Um deles me deu mais trabalho, e eu usei o que tinha ali pra acabar com a raça do miserável, e com isso quero dizer que sufoquei ele com as correntes das minhas algemas. Enquanto eu sufocava o cara, uma parede simplesmente explodiu do meu lado, e no mais puro reflexo, derrubei um cara que simplesmente apareceu da explosão, peguei a arma do guarda e apontei pra cara dele. Eu só ouvi uma voz do meu lado me mandando largar a arma.

Era Soap, agora sendo chamado de capitão MacTavish, pedindo pra que eu abaixasse a guarda sobre o sargento Gary Sanderson, ou Roach, chama do que quiser apesar de eu achar esse codinome uma porcaria. Aparentemente todo codinome de sargento é uma porcaria.

Reconheci a voz dele na hora, e quando ele percebeu que era eu, me entregou uma pistola M1911, mesma pistola que era minha, mesma pistola que deixei pra ele usar, mesma pistola que ele acabou com Zakhaev naquela ponte.

Descobri depois que aquelas explosões eram, justamente, resultado de uma invasão da Task Force 141 pra resgatar o prisioneiro 627, justamente eu. Depois disso a gente correu, se prendeu numa corda num helicóptero e saímos do meio daquele caos de explosões, no maior estilo filme de ação clichê dos anos 80, voando numa corda, pendurados num helicóptero.

Confesso que foi muito maneiro e emocionante.

Após isso eu estava de volta em campo, no comando de campo da 141 de novo. Tava sentindo falta daquilo tudo.

Assim que eu voltei, aquele velhote já me incomodava. A única coisa que preocupava ele era ver Makarov morto, e eu tinha meus planos pra ajudar os soldados que estavam nos Estados Unidos, lutando contra os invasores russos. Ele ficou com aquele blablabla no meu ouvido, então eu desliguei a chamada na cara dele e fui realizar meu plano.

O objetivo era atacar uma base naval russa, a fim de invadir um submarino. Todos pensaram que eu iria destruir o mesmo, porém, chegando no local, eu ativei um míssil nuclear em direção aos Estados Unidos, e isso obviamente ajudaria muito os soldados estadunidenses em relação aos russos.

Talvez a pessoa que esteja ouvindo isso me ache louco, porém existe uma coisa que não sabem.

Quando um míssil nuclear é detonado no ar, ele cria uma onda eletromagnética que desativa qualquer coisa que seja movida a energia, baterias, até mesmo pilhas, sendo mais conhecido como míssil PEM (ou EMP). Assim, o míssil foi detonado no meio do ar, e os soldados russos perderam todo seu armamento. Helicópteros, miras refletoras, veículos blindados, rádios e muito mais coisas xvpararam de funcionar por completo.

Agora era hora de focar em Makarov...

𝑂 𝑖𝑛𝑖𝑚𝑖𝑔𝑜 𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑢...

𝐢𝐧𝐢𝐦𝐢𝐠𝐨

Após a invasão a base russa, a 141 foi dividida em duas equipes e as equipes foram mandadas para dois lugares diferentes a fim de pegar Makarov e informações sobre ele. Enquanto eu e Soap fomos para um cemitério de aviões, no sudoeste do Afeganistão, pra investigar um negócio de armas envolvendo Makarov, Ghost e Roach foram para um local seguro nas montanhas do Cáucaso, na fronteira russo-georgiana, para coletar informações e talvez achar Makarov. Ao final da missão, Shepherd parou de nos responder pelo rádio, e seus soldados começaram a atacar a mim e Soap, além dos soldados de Makarov que estavam no lugar. Nesse momento percebi que estávamos por nossa própria conta, e pra nossa sorte, tínhamos Nikolai pra nos ajudar.

Tentei avisar Ghost e Roach pelo rádio, mas nenhum dos dois respondia. Foi tudo minha culpa, eu devia ter ido com os dois... espero que Roach descanse em paz, e que Wallcroft consiga retornar sua vida ao que era antes.

Enquanto eu esperava por Soap em nosso carro de fulga, eu consegui contatar Makarov pelo rádio.

Soap chegou no carro, e conseguimos fugir do lugar entrando em um avião de carga de Nikolai.

Alguns diriam que fomos traídos, e eu digo que não. Para ser traído, você precisa ter confiado na pessoa, e eu nunca confiei nesse tal de Shepherd.

𝐸 𝑑𝑒𝑠𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑒𝑙𝑒 𝑙𝑖𝑔𝑎 𝑝𝑟𝑎...

𝐟𝐨𝐠𝐨 𝐚𝐦𝐢𝐠𝐨?

Era hora de vingar toda a 141. Nikolai nos deixou perto do local Hotel Bravo, furtivamente, e era hora de fazer a limpeza. Conseguimos nos infiltrar na base sorrateiramente, porém após um certo tempo, descobriram nossa posição e tivemos que lutar contra os soldados de Shepherd, agora chamados de Shadow Company.

“𝐀 𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐡𝐮𝐦𝐚𝐧𝐚 𝐬𝐚𝐮𝐝𝐚́𝐯𝐞𝐥 𝐧𝐚̃𝐨 𝐚𝐜𝐨𝐫𝐝𝐚 𝐝𝐞 𝐦𝐚𝐧𝐡𝐚̃ 𝐩𝐞𝐧𝐬𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐬𝐭𝐞 𝐞́ 𝐬𝐞𝐮 𝐮́𝐥𝐭𝐢𝐦𝐨 𝐝𝐢𝐚 𝐧𝐚 𝐭𝐞𝐫𝐫𝐚. 𝐌𝐚𝐬 𝐞𝐮 𝐚𝐜𝐡𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐢𝐬𝐬𝐨 𝐞́ 𝐮𝐦 𝐥𝐮𝐱𝐨, 𝐧𝐚̃𝐨 𝐮𝐦𝐚 𝐦𝐚𝐥𝐝𝐢𝐜̧𝐚̃𝐨. 𝐏𝐚𝐫𝐚 𝐬𝐚𝐛𝐞𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐯𝐨𝐜𝐞̂ 𝐞𝐬𝐭𝐚́ 𝐩𝐞𝐫𝐭𝐨 𝐝𝐨 𝐟𝐢𝐦 𝐞́ 𝐮𝐦𝐚 𝐞𝐬𝐩𝐞́𝐜𝐢𝐞 𝐝𝐞 𝐥𝐢𝐛𝐞𝐫𝐝𝐚𝐝𝐞.”

Após isso, estávamos perto de pegar o covarde, quando ele manda reforços, e logo em seguida, bombardeia o lugar. O babaca matou seus próprios soldados na tentativa de me matar, porém nós não fomos nem sequer afetados. Soap ficou chocado, mas desde quando Shepherd liga pra fogo amigo?

Shepherd agora estava indo para um helicóptero, e para chegar nele, teria que cruzar um rio num barco. Achamos um barco também, e a perseguição começou. Eram muitas tropas e também muitas tripas de soldados da Shadow Company no caminho, já que eu estava encarregado de limpar o caminho pra Soap avançar com o barco.

Ao chegar no fim do rio, Shepherd entra no helicóptero e começa a alçar vôo, e eu só peço uma coisa pra Soap: Estabilização.

Com alguns tiros e uma granada lançada, consigo derrubar o helicóptero, que cai cachoeira abaixo. Soap não conseguia mais segurar o navio no lugar, a correnteza estava fortíssima, então acabamos caindo também. Shepherd estava escapando, e eu acordo Soap, pedindo pra me ajudar a encontrar o panaca.

Estava tudo difícil de ver, uma tempestade de areia muito forte estava em torno do local. De repente vejo Soap no chão, com uma faca na barriga, e Shepherd, com uma Magnum .44 apontada pra cara dele, fazendo um discursinho fajuto de vilão meia boca.

Meu pensamento foi só um, me joguei em cima de Shepherd, e comecei a atacá-lo. Eu estava debilitado demais, e Shepherd estava me atordoando, dando coronhadas e socos. E foi aí que o garoto me surpreendeu de novo.

Soap tirou a faca que estava encravada em sua barriga e a jogou, bem no olho de Shepherd.

Quando consegui me levantar, vi Soap no chão, e logo decidi ajudar ele. Nikolai chegou em um helicóptero, pra nos buscar, e salvou nossa pele de novo. Precisávamos resgatar Soap.

𝑁𝑎̃𝑜 𝑣𝑎́ 𝑚𝑜𝑟𝑟𝑒𝑟 𝑑𝑒 𝑛𝑜𝑣𝑜...

𝐠𝐚𝐫𝐨𝐭𝐨

Nikolai nos levou pra um esconderijo na Índia, e lá ajudou Soap a sobreviver ao ferimento. Tínhamos ali um novo aliado da 141, Yuri, que também ajudou Soap a ficar vivo defendendo o lugar. Os soldados de Makarov estavam lá, na tentativa de nos matar. Conseguimos fugir com o helicóptero de Nikolai novamente.

Ficamos por 2 meses planejando e esperando uma recuperação de Soap. Eu, Soap e Yuri, Serra Leoa e Somália, eram todos os soldados que tínhamos, eram nossos objetivos.

Ao chegar em Serra Leoa, seguimos as suspeitas de Yuri em relação aos embarques de armas de Makarov. Ao apreendermos os embarques, pudemos ver que eram armas químicas, e Makarov já havia enviado várias pra várias capitais europeias, a fim de realizar ataques em todo o continente, e com isso, enfraquecer as forças pra que o exército russo invadisse o lugar.

Eu consegui enviar uma mensagem secreta pra Londres, pro meu antigo capitão, MacMillan, avisando sobre as armas químicas, porém a mensagem chegou tarde demais. Mas consegui algo com isso. MacMillan nos deu a localização de um líder local da Somália, chamado de Waraabe, então fomos até lá pra interrogar o desgraçado. Ele nos deu informações importantes sobre onde estavam as bombas de Makarov, tínhamos tudo em mãos, e era só executar um plano perfeito.

𝐸𝑙𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑓𝑖𝑜𝑢 𝑒𝑚...

𝐯𝐨𝐜𝐞̂!

As informações que conseguimos nos levaram até a República Tcheca, em um local chamado Hotel Lustig. Eu iria me infiltrar no hotel, e Kamarov, um companheiro de uma força rebelde local, iria atrair Makarov e seus soldados para um ataque de uma força rebelde tcheca a fim de distraí-los. Enquanto eu me infiltrava, Soap e Yuri ficariam numa torre do outro lado da rua, como franco-atiradores, pra me dar e de longe. Ao elevador do hotel se abrir, esperávamos ver Makarov, porém o que vimos foi Kamarov, amarrado em uma cadeira cheia de bombas remotas.

O desgraçado sabia que estávamos ali, então nos fez uma armadilha. Haviam bombas na torre também, e eu não pude fazer nada. Soap e Yuri foram arremessados pra longe. Yuri conseguiu se recuperar rapidamente, porém Soap caiu feio, e seus ferimentos se abriram na queda.

Eu não pensei em mais nada além de levar Soap pra um lugar seguro, ele vivia me dizendo pra deixar ele pra trás, mas eu nunca pensaria em isso ser uma possibilidade.

Yuri nos dava cobertura, enquanto eu levava Soap nas costas, o mais rápido que conseguia. Chegando num local seguro, coloquei Soap numa mesa e pedi assistência médica, mas não havia ninguém lá que pudesse me ajudar. Soap me agarrou pelos braços e disse suas últimas palavras...

“Makarov... conhece... o Yuri...”

Eu perdi Soap, tudo por minha culpa, de novo. Se eu tivesse esperado mais tempo, o ferimento dele teria se fechado por completo. Se eu tivesse um plano melhor, Makarov não saberia que estávamos ali. Eu simplesmente devolvi a M1911 pra Soap. Era ele quem realmente merecia.

Eu não pensei em mais nada... chamei Yuri pra um local afastado comigo e acabei socando ele, apontei uma arma na cabeça dele e perguntei o porquê de Makarov conhecer ele.

Yuri me explicou que o antigo papel dele com os ultranacionalistas, e como ele tentou parar o ataque terrorista no aeroporto dois meses antes. Eu dei mais uma chance pro moleque, mas ainda sim desconfiava dele. Yuri também me deu uma localização de uma fortaleza que provavelmente teria uma sede ultranacionalista, em Praga.

Chegando lá não achamos o que queríamos, mas achamos a localização da filha do presidente russo, que havia sido sequestrada. Seu nome era Alena Vorshevsky. amos a informação de onde a garota estava pra Delta Force, uma força especial do exército estadunidense, da qual tínhamos velhos amigos, como Sandman, e então, destruímos a base.

Tivemos que ajudar a Delta Force a resgatar a garota e o presidente, que estavam em uma mina de diamantes na Sibéria. Conseguimos tirar os dois de lá, porém a Delta Force teve que ficar pra trás pra nos ajudar a sair de lá, e fazer o nosso helicóptero alçar vôo. Yuri estava gravemente ferido, e tivemos que deixar Sandman pra trás...

Sandman trabalhou com a Task Force na operação Kingfish, e era um bom amigo meu. Eu devia ter tirado ele de lá, mas a mina desabou rápido demais.

Conversamos com o presidente Vorshevsky, e explicamos tudo sobre Shepherd e o plano de Makarov com o atentado do aeroporto. Ele nos prometeu ajudar com tudo, dando um fim na guerra e limpando o nome de todos da Task Force, já que Shepherd nos declarou criminosos de guerra pra que a gente não conseguisse fugir pra lugar algum.

Vorshevsky ordenou toda a ação ofensiva contra a Europa ser interrompida e reavivou as conversações de paz entre os Estados Unidos, a Rússia e a NATO. As nossas ações salvaram o processo de paz, o que marcou o fim da terceira guerra mundial. Como recompensa para salvar os Vorshevskys, a Task Force 141 deixou de ser negada, o que nos permitiu perseguir abertamente Makarov mais uma vez. Consegui recuperar minha confiança com Yuri após tudo.

Ficamos um ano inteiro procurando por informações do paradeiro de Makarov, e descobrimos que ele estava escondido no Hotel Oasis, na península Arábica. Com a ajuda de Nikolai, invadimos o lugar com roupas blindadas e metralhadoras pesadas. Tivemos que tirar elas mais tarde, já que um incêndio acabou destruindo elas, deixando elas inúteis. Chegamos no último andar do hotel, porém, um helicóptero acabou caindo e destruindo boa parte do andar, me deixando ferido e deixando Yuri fora de condição pra combate após ter sua barriga empalada por uma haste de ferro.

Era eu e Makarov agora.

Makarov estava correndo rumo a um helicóptero, ele chega a entrar e o mesmo começa a voar, porém eu consigo pular e agarrar os pilotos, jogando eles pra fora, e direcionando o helicóptero rumo ao telhado do hotel. Tanto eu como Makarov estávamos feridos, porém eu estava numa situação pior, já que Makarov estava com uma arma apontada pra minha cabeça, e no último instante, Yuri acerta alguns tiros nele. Yuri apareceu do nada pra tentar me ajudar, porém Makarov revida e Yuri acaba morrendo. Tive um leve déjà vu nesse momento.

Eu vejo um reflexo de mim mesmo em um pedaço de vidro no chão, e possesso pela raiva e por ver a minha situação, eu ataco Makarov a socos, deixo ele no chão, pego um cabo que achei no local e enrolo em volta do pescoço de Makarov. Estávamos em cima de um vidro, que ficava sobre todos os andares do hotel, então fiz força e acabei quebrando-o, fazendo Makarov ficar no ar e se enforcar.

Agora estou aqui, sentado no chão, lembrando de todos os membros da 141. Todos se foram, por minha culpa. Eu não queria isso. Queria ser a pessoa que morria pra que todos ficassem bem, queria ser o homem que salvaria a vida de futuros avós pra que nenhum neto ficasse sem conhecer seus avós como eu fiquei sem conhecer o meu. Perdi meus melhores amigos, meus companheiros, e todos morreram tentando me ajudar.

Agora estou aqui...

E permaneço aqui, sentado no chão...

Observando o corpo da pessoa que eu mais queria ver morta se balançando, de um lado pro outro...

E não sinto nada por isso, somente um vazio...

Tudo o que me resta é acender um charuto e me lembrar do tempo em que eu ainda achava que poderia fazer de tudo, que poderia salvar todos...

Do tempo que eu ainda me achava ser um capitão.