A Boneca Chamava Meu Nome

A Boneca Chamava Meu Nome

Introdução:

Você já ouviu falar que algumas bonecas podem guardar fragmentos de alma? Que algumas são mais do que brinquedos antigos? Eu não acreditava… até herdar uma. Essa história não é pra quem dorme com o quarto escuro. E principalmente, não é pra quem ainda tem bonecas em casa.

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A História:

Minha avó morreu no dia 13 de outubro. Durante o velório, ninguém comentou sobre a caixa que ela deixou pra mim. “É só uma lembrança da infância dela”, disse minha tia.

Dentro, havia uma boneca de porcelana, vestida como uma dama vitoriana. Ela tinha os olhos azuis vívidos, as bochechas rosadas… e um sorriso ligeiramente torto.

Na base da caixa, uma anotação à mão:

“Nunca chame o nome dela. Nunca responda se ela chamar o seu.”

Achei que fosse brincadeira. Arte de algum familiar supersticioso. Coloquei a boneca na estante do meu quarto e esqueci dela… até a primeira noite.

Por volta das 2h da manhã, acordei com um som que parecia… alguém riscando madeira. Era baixo, arrastado.

Acendi a luz. A boneca estava no mesmo lugar. Mas agora… ela olhava diretamente pra minha cama.

Eu a tinha deixado virada para a parede.

Na noite seguinte, o som veio de novo, mas com algo a mais.

“Isabel…”

Era a minha voz. Mas distorcida. Como se estivesse sendo imitada por alguém que nunca tinha falado antes.

(Isabel é meu nome.)

Eu fingi que não ouvi. Mas a voz insistia.

“Isaaaa-bel…”

Eu gritei, joguei a boneca no lixo do quintal e voltei a dormir. Achei que tinha acabado.

Dois dias depois, ela estava de volta. Sentada no meio da minha cama. Com as mãos sujas… de terra.

Essa noite foi a pior. Eu sonhei com minha avó — ou algo que se parecia com ela — dizendo:

“Ela não quer ser jogada fora. Ela quer ser ouvida.”

Acordei com arranhões no braço. Não sangravam, mas ardiam. E estavam em forma de letras.

"Diga meu nome."

Eu ainda não disse. E se você tem uma boneca em casa, esconda ela hoje.

Porque à meia-noite… ela pode querer que você fale com ela também.

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Conclusão:

Tem gente que acredita. Tem gente que ri. Mas histórias como essa não nascem do nada.

Comente se você já viveu algo parecido… ou se ainda guarda uma boneca do ado.

E lembre-se: nunca diga o nome dela.