O Guardião do Sopro Cósmico

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────╯𝐓𝐇𝐄 𝐕𝐄𝐈𝐋 𝐈𝐒 𝐓𝐇𝐈𝐍𓂅𓆑

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Bom dia, boa tarde, boa noite, andarilho das constelações…

Hoje, escancaro as portas do vazio antigo, onde ecoa o sopro da criação.

Que tu possas escutar, entre as fendas do tempo, o sussurro do Dragão Eterno.

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✦ O Guardião do Sopro Cósmico ✦

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Muito antes do tempo tomar forma, antes que as estrelas tivessem nome, quando o céu ainda era silêncio, existia apenas o Sopro — um pulso sagrado que atravessava o vazio, sonhando os mundos em existência.

Daquele Sopro nasceu o Templo do Cosmo, não esculpido por mãos, mas moldado por luz estelar e gravidade, dobrado nas encostas do início de tudo.

No coração deste templo repousava um ser mais antigo que qualquer linguagem: Orravalon, o Dragão Eterno.

Não nasceu de ovo nem de fogo, mas do primeiro alinhamento entre tempo e vontade.

Suas escamas reluziam como obsidiana banhada por auroras.

Seus olhos carregavam o peso de todas as escolhas já feitas… e das que ainda seriam.

Ele não falava. Ele ressonava.

Quando Orravalon se movia, os planetas oscilavam.

Quando sonhava, as galáxias floresciam.

O Templo não era um lugar de adoração, e sim de lembrança.

Peregrinos vinham de todos os cantos — conhecidos e esquecidos — escalando os penhascos dobrados do tempo para se sentarem diante do arco onde Orravalon vigiava.

Eles não pediam respostas.

Eles vinham ouvir.

Vinham sentir a memória do universo pressionar suas almas.

Pois dentro do silêncio da respiração daquele dragão, cada ser ouvia sua essência mais pura — despida do medo, intacta ao ruído.

As lendas dizem que ele rugiu uma única vez.

Foi quando as estrelas começaram a morrer.

Quando o caos ameaçou desfazer o que a harmonia semeara.

Seu rugido rompeu mil véus entre os mundos — e nas fendas, nasceram os Primeiros Profetas, portadores de fragmentos sonoros do dragão em seus corações.

Desde então, o templo permanece.

Intocado pelo tempo.

Inível pela força.

Só aqueles que não buscam poder, mas clareza, recebem agem.

E mesmo entre esses, poucos am o olhar do dragão — um olhar que dissolve todas as ilusões até restar apenas a essência.

Dizem que Orravalon ainda espera.

Não para ser adorado.

Não para governar.

Mas para testemunhar.

Para manter o sopro do cosmo fluindo.

Para garantir que o padrão da criação permaneça em equilíbrio.

E se um dia as estrelas voltarem a se esquecer de si,